Célia Iarosz Frez

EDITAL Nº. 01/2018 – PET – Programa de Educação Tutorial Seleção para estudantes bolsistas do Programa de Educação Tutorial PET/LETRAS

A tutora do PET-Letras no uso de suas atribuições e respaldada nas instruções para o funcionamento do Programa de Educação Tutorial – PET, conforme o disposto na Lei Federal nº. 11.180, de 23 de setembro de 2005, determina a abertura do processo seletivo de estudantes bolsistas para o Programa de Educação Tutorial – PET, do curso de Letras da UNICENTRO.

Edital completo no link: EDITAL-DO-PET-LETRAS-2018

Trabalho de conclusão de curso da PETiana Célia Iarosz Frez

ANÁLISE LINGUÍSTICA DISCURSIVA DE GÊNEROS TEXTUAIS JURÍDICOS: UM OLHAR SOBRE A LINGUAGEM E O DIREITO

 

Orientanda: Célia Iarosz Frez

Orientadora: Prof.ª Dra. Cláudia Maris Tullio

 

Resumo: Neste trabalho, propomos um estudo interdisciplinar dos Estudos da Linguagem e do Direito, com o intuito de elaborar um estudo linguístico dos gêneros textuais jurídicos Petição Inicial, Contestação e Sentença, com a finalidade de verificar a possibilidade de adaptação do texto jurídico aos interesses e urgências da sociedade contemporânea. Os métodos utilizados foram revisão de literatura, pesquisa de campo e documental. A pesquisa está fundamentada em autores como Bakthin (1997), Marcuschi (2010), Bronckart (2003) e Fairclough (2001) com relação aos gêneros textuais, e outros teóricos dos Estudos da Linguagem e Direito, além de autores de manuais de prática forense que se referem à elaboração de peças processuais.

Palavras Chaves: Petição Inicial; Contestação; Sentença; Gêneros Textuais; Direito

TCC – Célia Iarosz Frez

ANÁLISE DIALÓGICA DO FILME O GRANDE HOTEL BUDAPEST

Pesquisa apresentada ao PET/Letras

ANÁLISE DIALÓGICA DO FILME THE GRAND BUDAPEST HOTEL

Artigo completo: Relatório Final de pesquisa – artigo final.

Uma análise pluridisciplinar dos estrangeirismos dentro dos empréstimos linguísticos

RELATÓRIO DO PROJETO-pet (estrangeirismo)

GORDOFOBIA E A IDEALIZAÇÃO DO CORPO FEMININO

Elen Silva Souza 1 (PET/UNICENTRO), elensilvasouza@gmail.com, Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira, UNICENTRO/PET/LABECIR, Guarapuava, Paraná.
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Rosana Goes Silva 2 (PET/UNICENTRO), rosanasilva94@gmail.com, Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira, UNICENTRO/PET/LABECIR, Guarapuava, Paraná.

ÁREA DE SUBMISSÃO – PESQUISA.

Palavras-chave: Representação, Gordofobia, Mídia.
Resumo:
Este trabalho faz um estudo sobre idealização feminina e gordofobia, usando como objeto de estudo um vídeo do aplicativo Youtube, que faz uma discussão sobre gordofobia, e a idealização do corpo perfeito. Aliando esse assunto os estudos sobre mídia e os estudos culturais.
Introdução
Com a chegada do capitalismo muitas coisas começaram a ser idealizadas pelo mercado, como por exemplo, o uso de maquiagem, pintar o cabelo, e o uso de “roupas da moda”. Coisas que foram empregadas para a mulher, e com isso a sociedade criou um modelo de “mulher perfeita”, ou seja, essa mulher seria magra, loira, cabelo liso e de olhos azuis, como se vê em capas de revistas. A indústria dos cosméticos está sempre em busca de expandir seus horizontes, procurando bombardear cada vez mais características físicas como sinônimo de feiura. O veículo mais utilizado para modelar essa visão, são as mídias, que é constituída por Rádio, Televisão, CDs, DVDs, jornais, revistas e atualmente a mais utilizada Internet. Por meio desses que vem se modelando opiniões políticas e socias, Douglas Kellner (1943) discute isso na introdução de seu livro “ A Cultura da Mídia”.

A cultura da mídia é industrial; organiza-se com base no modelo de produção de massa e é produzida para a massa de acordo com tipos (gêneros), segundo fórmulas, códigos e normas convencionais. É, portanto, uma forma de cultura comercial, e seus produtos são mercadorias que tentam atrair o lucro privado produzido por empresas gigantescas que estão interessadas na acumulação de capital. (KELLNER, Douglas.2001.p.9)

Segundo Kellner (1943) a mídia empregou essa idealização e visando no crescimento do mercado e de venda de produtos para gerar lucro. Assim, foi investido nos produtos de beleza para aquelas mulheres que não se encaixavam no padrão imposto. Várias coisas foram idealizadas, não somente a estética do corpo, mas também opiniões políticas e socias, etc. Kellner discute isso em seu texto:

Há uma cultura pela mídia cujas imagens, sons e espetáculos ajudam a urdir o tecido da vida cotidiana, dominando o tempo de lazer, modelando opiniões políticas e comportamentos sociais, e fornecendo o material com que as pessoas forjam sua identidade. O rádio, a televisão, o cinema e os outros produtos da indústria cultural fornecem os modelos daquilo que significa ser homem ou mulher, bem-sucedido ou fracassado, poderoso ou impotente. (KELLNER, Douglas. 2001.p.9)

A mídia é a maior fonte de informação contemporânea, e é muitas vezes uma fonte profunda de pedagogia cultural: que nos ensina a se comportar, pensar e sentir. Então, cabe a nós leitores se informar sobre a verdade e adquirir mais poder sobre o meio cultural, e aprender a criticar e se posicionar contra a essas manipulações. Por isso que é chamado de cultura da mídia, tudo aquilo que modela o indivíduo, ajuda na capacidade de fala, ação e criatividade é cultura.

Então o objetivo desse trabalho é problematizar esse tema, aliando com os estudos de cultura de mídia e estudos culturais e analisando o depoimento de uma mulher fora desse padrão imposto pela sociedade. O objeto de estudo é um vídeo do aplicativo Youtube, se trata de uma entrevista com Mariana Xavier, que é uma atriz, e é vitima de gordofobia. (vídeo disponível no canal denominado Todas Junta).

O que é gordofobia?
Segundo o blog dietbox:
O termo gordofobia, como o próprio nome já indica, caracteriza uma situação de discriminação com um indivíduo que se apresenta acima do peso. É comum perceber, no nosso convívio social, várias pessoas usando o termo “gordo” com o sentido pejorativo, na intenção de criticar ou insultar alguém que apresenta alguns quilos a mais no corpo. Esse tipo de atitude, por mais ingênua que possa parecer, é classificada como um ato de gordofobia – e cada vez mais pessoas tem sentido os efeitos dessa discriminação. (DIETBOX blog, 2015)

Gordofobia é um preconceito seríssimo. Ainda mais quando vem de você mesmo, o preconceito com seu próprio corpo, não aceitar como ele é. Quantas mulheres que são “a cima do peso” que tentam regimes e tomar remédios para emagrecer que se torna ainda mais prejudicial á saúde. E isso ocorre pela pressão da mídia muitas vezes. A atriz Mariana Xavier fala sobre exatamente isso o quanto foi difícil conseguir aceitar seu próprio corpo. E antes de se aceitar quanto remédios tomou para emagrecer e quantos regimes loucos fez. A atriz fala também sobre preconceito, e como conseguiu construir seu espaço como atriz e modelo Plus Size. Na entrevista é discutido também o preconceito que existe em usar a palavra Gorda, que se refere uma característica como qualquer outra, mas que foi empregada como algo ruim pela mídia, que o gordo é feio e não tem uma saúde boa, a atriz até brinca no vídeo e fala que sua saúde está ótima.
O autor utiliza como exemplo cantora, compositora, atriz, dançarina e produtora musical norte-americana, Madona. Segundo Kellner, no início de sua carreira a cantora passa uma imagem de mulher decidida e livre, Madona foi ficando cada vez mais famosa e com toda essa celebridade começou a recorrer à moda e a sexualidade para produzir uma imagem que a marcaria.
Madona começou com transformações físicas no peso e no corpo, ela era viçosa e gordinha perdeu muito peso com ginastica e dietas rigorosas, mudou varias vezes de cor de cabelo e penteado, usando joias e roupas caras.

A turnê “Quem é essa garota” de 1987, gravada no vídeo cassete ciao italia, mostra-a com dez quilos a menos e um corpo atlético. Passará anos fazendo dieta, malhando várias horas por dia e até fazendo halterofilismo para modelar o corpo. (KELLNER, Douglas. 2001,p.351)

Madona com todo o seu auge passa a imagem para as adolescentes da época a moda tradicional da mulher bem- vestida, bonita e magra, fazendo com que as que a idolatravam fossem para a academia de ginástica e salões de beleza, levando-as até mesmo fazerem dietas malucas para conseguir o corpo perfeito das revistas da época.

Materiais e métodos

A Cultura da Mídia – Douglas Kellner

Nesse texto vemos o significado de cultura, e como tem nos afetado as informações midiáticas. A mídia é uma das maiores fontes de informação da atualidade. Mas segundo o autor, devemos nos informar sobre a verdade, e saber o que aproveitar dessas informações, para não sermos manipulados por essas mídias.

Resultados e Discussão

Através do depoimento da atriz Mariana Xavier pode-se considerar que a mídia está vincula no comportamento das pessoas, sugerindo o “corpo perfeito” que nem sempre é um sinal de saúde, sendo, que o importante é nós mulheres nos sentirmos bem e felizes com o corpo que temos. A palavra gordofobia está muito presente, um preconceito que afeta milhares de mulheres no qual precisa ser cada vez mais de batido, é através dos estudos culturais que podemos perceber como as mídia estão diretamente ligadas com a forma do comportamento das pessoas.

Considerações Finais

Este trabalho teve como objetivo fazer um estudo sobre a idealização feminina imposta pela sociedade, utilizando os estudos sobre cultura de mídia. Para entender como se dá essa imposição. E até em que momento a mídia influência capacidade de fala, ação e criatividade é cultura.

Agradecimentos

Referências

Blog Dietbox, Disponível em:< https://blog.dietbox.me/2015/10/01/gordofobia-o-que-e-isso/ > data 28/08/2017.

KELLNER, Douglas. A cultura da mídia: estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. In:¬__________. Introdução; O fenômeno Madonna.Tradutor: Ivone C. Benedetti. São Paulo: EDUSC, 2001. 452 p. (Coleção Verbum).

Criolo e as questões sociais trabalhadas no álbum ”Convoque seu buda”

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Palavras-chave:
Musica, Rap Nacional, Estudos culturais.

Resumo:
O trabalho faz uma análise de vários temas sociais abordados pelo músico
Criolo no álbum “Convoque seu buda”(2014), trabalhando principalmente em cima
das músicas: Convoque seu buda; Esquiva da esgrima; Cartão de visita e Fermento
pra massa. Essa análise mostra como a partir do surgimento dos estudos culturais
(em meados de 1964) a mensagens passadas através da música mudam a maneira
de como determinados grupos sociais começam a pensar, agir e até mesmo em sua
maneira de se comunicar. Por volta de 1964 os Estudos culturais surgiram, buscando entender
sobretudo o interior de cada cultura e suas ramificações e também a riqueza nas
relações interculturais. Com o propósito de buscar até mesmo os grupos sociais mais excluídos do
conhecimento, os Estudos culturais se articulam de acordo com diversas disciplinas,
como economia política, a comunicação, a sociologia, a teoria social, a teoria
literária, a teoria dos meios de comunicação, o cinema, a antropologia cultural, a
filosofia e a investigação das diferentes culturas que emergem dos mais diversos
corpos sociais.

 

Talita Gabriele da Cruz (PET LETRAS 2017- UNICENTRO)

 

As questões tratadas dentro da obra ‘’A cidade do sol’’, de Khaled Hosseini.

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Khaled Hosseini

Título: A Cidade do Sol// Autor: Khaled Hosseini// Páginas: 368// Editora Nova Fronteira// 

Resumo de pesquisa:

A obra intitulada Cidade do Sol, é um romance espetacular que trata de diversos assuntos. O objetivo dessa pesquisa é analisar cada tópico dentro da obra. Hosseini além de trazer a realidade de mulheres afegãs, trata de outros assuntos, como: Política nos períodos de guerra, o feminismo, a vida de mulheres no Oriente Médio. Analisaremos também outros aspectos, como as mulheres são tratadas não só antigamente, como nos dias atuais, ao redor de todo mundo; a importância de se ter mulheres como protagonistas de livros, filmes, etc.

Sobre a obra: Mariam e Laila são duas mulheres afegãs, e tem uma coisa em comum: o marido. Ambas se encontram em um momento sem saída, sendo assim obrigadas a se casar com o mesmo homem. A vida das duas vai ser marcada por sofrimento e violência, diante de uma sociedade machista e que sofre constantemente com a guerra. A narrativa é contada em primeira pessoa, nos permitindo vivenciar a vida das duas mais de perto. Mas, mesmo com toda essa realidade, a esperança delas nunca morre e a força que elas tem é o que faz elas resistirem a tudo isso bravamente.

Pet Letras 2017/ Unicentro

Orientadora: Profa. Dra. Nincia Cecilia Ribas Borges Teixeira

Talita Gabriele da Cruz

 

RESUMO DA OBRA LUZIA-HOMEM, DOMINGOS OLÍMPIO

Contexto histórico:

“Luzia-Homem” é uma obra publicada em 1903, que é considerada um clássico, enquadrada no gênero “Ciclo das Secas”, da Literatura Nordestina. Ela narra à triste história do sertão nordestino nos anos de 1877, que viveu mais uma terrível seca, que devastava o gado, trazia escassez nos alimentos, entre outros. “Aproveitando” esse quadro de seca, Domingos soube ver bem os problemas de ordem social e humana surgidos entre os retirantes. Pois se mostrou tocado pela dolorosa miséria e sofrimento que assolava o sertão.

 

Sobre o autor:

DOMINGOS OLÍMPIO BRAGA CAVALCANTI ou Pojucan, um de seus pseudônimos, é cearense de Sobral. Nasceu em 18 de setembro de 1851 e faleceu em 06 e outubro de 1906, no Rio de Janeiro. Deixou diversos trabalhos, entre romances e peças, a maioria inédita em livro, além de ter trabalhado também como advogadodiplomatajornalista e parlamentar. É patrono da oitava cadeira da Academia Cearense de Letras. Apresentou candidatura para a Academia Brasileira de Letras, mas foi derrotado pelo poeta Mário de Alencar, filho do romancista cearense José de Alencar, tendo contado apenas com o apoio de Olavo Bilac, que faria um elogioso necrológio de Domingos Olímpio.

 

Resumo:

A obra trás uma mescla entre a descrição da miséria, os dias de trabalho dos retirantes e a vida de Luzia, conhecida por Luzia-Homem, denominada assim, por sua grande desenvoltura no trabalho braçal. No entanto todas as atenções estão voltadas para a personagem central, Luzia-Homem, uma retirante que, em busca de sobrevivência, sai da cidade de Ipu na companhia de sua mãe doente.”. “Luzia encontra em Sobral abrigo e emprego na construção da cadeia pública, mas pressentia um perigo iminente, pois era perseguida pelo soldado Crapiúna, o qual nutria uma obsessão pela moça e queria-a possuir a qualquer custo”. “Luzia encontra em Sobral, abrigo e fáceis meios de subsistência; mas pressentia iminente perigo do capricho ou paixão brutal de Crapiúna” (Luzia-Homem, 1984, p. 15). O decorrer da história vai trabalhar com um triângulo amoroso, entre Luzia, Crapiúna e Alexandre, o último, seu fiel escudeiro. “[…] Alexandre, o amigo dedicado e afetuoso, que se lhe deparara entre a multidão de desconhecidos e indiferentes, moço de maneiras brandas, muito paciente, muito carinhoso, com a tia Zefa (mãe de Luzia), passando serões, noites em claro junto dela e da filha, num recato de adoração muda e casta […]” (Luzia-Homem, 1984, p.8). “O escritor busca deixar claro que Luzia gosta de Alexandre, mas ela não admite a afeição que sente por ele. Alexandre acaba indo para a prisão por roubar o empório do qual fazia a segurança. Com isso, Luzia começa a visitá-lo na prisão e Teresinha, uma moça que tinha fugido da família e se prostituído, passa a cuidar da mãe de Luzia, que ficara doente. Ao final do romance, Teresinha, ao ver Crapiúna abrindo uma bolsa com a quantidade de dinheiro roubada do armazém, descobre que o responsável pelo assalto foi Crapiúna e conta para Luzia. Crapiúna é preso e jura vingança. Alexandre é absolvido. Livre, Alexandre propõe a Luzia que partam para viver na serra com sua mãe e os familiares de Teresinha. A mulher aceita e Alexandre parte no outro dia junto à família de Teresinha para procurar moradia. Porém, Luzia, Teresinha, a mãe de Luzia (D. Josefina), Raulino e outros homens combinam de ir na tarde do próximo dia. Teresinha parte para a serra acompanhada pelos homens, que carregavam D. Josefina, e por Luzia, que ia atrás. Chegando à serra, um dos homens indica um caminho mais fácil à Luzia, pois seguiriam pela estrada com D. Josefina. Para se guiar, Luzia seguiu as pegadas secas que Teresinha deixara no barro. Após chegar a um rio, Luzia depara-se com Crapiúna segurando Teresinha pelos braços. Ele avança na direção de Luzia, mas a mulher se defende com unhadas em seu rosto. Porém, o homem crava uma faca no peito de Luzia e desaparece pelo desfiladeiro. Raulino chega e vê o desespero de Teresinha. Ao olhar para Luzia no chão, percebe que a mulher está morta.”.“A importância desse romance reside no fato de ser ele um dos grandes romances regionais de um estilo de época que floresceu na segunda metade do século XIX: O naturalismo. Estilo marcado pela objetividade, concepção de amor baseado na atração sexual, com ênfase nas características negativas das personagens, o Naturalismo legou-nos romances em que é possível perceber a grande influência de Darwin e A Origem das Espécies: o meio ambiente condiciona todos os seres, deixando sobreviver apenas os mais fortes. Por isso, a natureza de todos os seres, inclusive a do homem, seria determinada por circunstâncias externas. A vida interior é reduzida a nada.
Em Luzia-Homem, tais pressupostos são nítidos, basta que o leitor observe a caracterização e trajetória das personagens. Luzia, por exemplo, está fadada a sucumbir, pois num jogo de forças com o vilão, de nada valeu sua força física, assim como não valeram seus bons sentimentos e até a doçura de alma escondida atrás de tantos músculos. Tornou-se, portanto, vítima da fatalidade das leis naturais, que a impediam de ter outro destino. A morte como desfecho vem coroar esse determinismo, pois é a única saída possível para a personagem. Não há a menor possibilidade, nos romances desse estilo, de ocorrer um acaso ou ‘‘milagre’’, comuns em romances românticos, em favor da personagem.

Referências

Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/luzia-homem-obra-naturalista.htm  Acesso em: 30 de agosto de 2017

https://pt.wikipedia.org/wiki/Domingos_Ol%C3%ADmpio Acesso: 31  de agosto de 2017

RESUMO DA OBRA “QUARTO DE DESPEJO”, DE CAROLINA MARIA DE JESUS

Contexto histórico:
Carolina Maria de Jesus escreveu os diários que compõem a obra entre 1955 e 1960, quando foi finalmente editado e publicado pelo repórter Audálio Dantas, que havia sido encarregado de escrever uma matéria sobre a crescente favela ao redor do Rio Tietê, o Canindé, e acabou por encontrar a escritora e também catadora de papel. Os textos foram produzidos sob o governo de Juscelino Kubitschek, o espírito de “50 anos em 5”, a construção de Brasília e inúmeras outras obras simbolizavam a expansão e crescimento da infraestrutura do Brasil, no entanto, assim como o país se desenvolvia, mais e mais pessoas eram marginalizadas e aglutinadas em favelas sob condições miseráveis, vide o Canindé, lar de Carolina Maria de Jesus e os sofrimentos que relata em seus cadernos.
Resumo da obra:
Quarto de despejo (1960) consiste de um compilado de diários editados por Audálio Dantas, escritos por Carolina Maria de Jesus de maneira intermitente ao longo de 5 anos (entre 1955-1960). Carolina criou sozinha 3 filhos: João José, José Carlos e Vera Eunice na favela do Canindé trabalhando como catadora de papel, e vendendo materiais recicláveis, apesar de ter estudado apenas 2 anos, ela prezava muito pela educação dos filhos e os fazia ir à escola mesmo com medo da violência da favela. Nunca foi casada por escolha, ela retrata dois envolvimentos amorosos (Manoel e Raimundo), não fica com nenhum pois afirmava que conseguia sustentar os filhos sem precisar de homem nenhum. Outro traço sempre presente nos diários é a fome, Carolina muitas vezes sente-se doente e fraca devido à pobre alimentação, ou às vezes nenhuma; fome que deixa o mundo triste e amarelo, segundo a escritora. O leitor se sente tocado ao ver a angústia de Carolina por não conseguir juntar dinheiro o suficiente para comprar comida para alimentar os filhos, e emociona-se igualmente ao ler sobre a felicidade estampada no rosto das crianças quando a mãe conseguia comprar arroz, feijão e carne. Em momentos de maior dificuldade, quando não havia dinheiro algum, a família comia restos encontrados no lixão. Além de seus próprios sofrimentos, Carolina escreve sobre a realidade na favela, ela toca em assuntos presente no seu cotidiano, como a violência doméstica, muitas vezes causada pelo alcoolismo, e brigas entre vizinhos. A escritora, como sempre foi contra todo tipo de violência sempre chamando a polícia era chamada pelos vizinhos de intrometida. Carolina Maria de Jesus, preocupava-se com a situação político- social do país, falando em nome de todos os marginalizados do país, seus diários são a melhor descrição de realidade das favelas brasileiras da época (ou até mesmo das atuais). Após a publicação de Quarto de despejo (1960), que foi traduzido para 13 línguas, Carolina mudou-se para uma casa no subúrbio, e se por um lado Carolina conquistou o apreço dos leitores com sua escrita ora coloquial, ora rebuscada, conquistou também o desprezo de seus vizinhos do Canindé por escrever “coisas ruins” sobre eles.

RESUMO DA OBRA “TODA POESIA”, DE PAULO LEMINSKI

No Livro Toda Poesia é possível encontrar tudo que foi escrito e publicado por Leminski. O texto é curto, mas possui muita profundidade naquelas palavras. Caminhar pelas páginas do livro é viajar pelos sentimentos que perpassam cada poesia. Deparamos com temas sobre o amor, a vida, alegrias, medos, tristezas são assuntos que permeiam o cotidiano de cada um. Quem é Paulo Leminski?
Poeta, escritor, crítico literário, letrista. Sua poesia deixou marcas, porque ele inventou uma maneira própria de escrever (trocadilhos, brincadeiras, ditados populares e influência do haicai), como também se utiliza muito das gírias, palavrões de uma forma bem interessante. Paulo Leminski Filho nasceu em 24 de Agosto de 1944. Filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira Mendes. Ingressa aos 12 anos no Mosteiro de São Bento (SP) e aprende latim, teologia, filosofia e literatura clássica. Entretanto em 1963, abandona a vocação religiosa. Participa da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, no mesmo ano. Nessa semana conhece Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos – criadores do movimento Poesia Concreta. Paulo Leminski faleceu em Curitiba em 7 de junho de 1989.
 
Em sua trajetória, Leminski aproxima-se de Augusto de Campos. Essa aproximação rende a participação na Revista Invenção, onde publicará seus primeiros poemas. A influência do Concretismo pode é perceptível na sua disposição poética para o humor, pois entre os elementos do movimento é o exercício de (des) montagem de palavras sobre o papel que coloca em jogo as relações sintáticas e semânticas. Esses traços, do concretismo, na poesia leminskiana traz a eminência do rigor formal, da estrutura que acarreta a construção do poeta crítico.
 
Leminski recebe influencias dos poetas modernas como Mallarmé, Rimbaud e vários outros que vivenciaram posturas de ruptura, além de que o poeta é formado em um contexto de contracultura. A linha do poeta está voltada para a poética da resistência, da negação da modernidade. Essa resistência mostra um elemento que segue para o espírito das vanguardas (concretismo). Podemos citar as posturas marginais que encontramos em suas poesias, foi absorvido entre os concretos e equilibrados com o seu despojamento contracultural. Toda Poesia é a coletânea completa das poesias que fogem dos clássicos que sempre vemos nas escolas, no dia a dia.