Certificação FSC – padrão SLIMF: perfil de propriedades rurais vinculadas a programa de fomento florestal
Fernando Cechinel Passos
Defesa Pública: 28 de agosto de 2013
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Maurício Romero Gorenstein – UTFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Gabriela Schmitz Gomes – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Gabriel de Magalhães Miranda – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi realizar um diagnóstico da situação de pequenas propriedades rurais vinculadas ao programa de fomento florestal da região dos Campos Gerais do Paraná frente às exigências do processo de certificação FSC, Padrão SLIMF. A pesquisa foi realizada em uma empresa, localizada na região dos Campos Gerais e foi realizada através de entrevista estruturada, embasada no Padrão de certificação do FSC para o manejo Florestal em pequena escala e de baixa intensidade, com os fomentados e trabalhadores rurais das propriedades. Foram amostradas cem propriedades, nas quais foram averiguadas questões ambientais, econômicas e sociais. Foram avaliadas nas propriedades as documentações, Área de Preservação Permanente, Reserva Florestal Legal, obediência às leis e aos Princípios e Critérios do FSC, perfil das propriedades em relação às questões ambientais, trabalhistas e tributárias, perfil do produtor fomentado e de sua propriedade. Como resultado, todas as propriedades amostradas necessitaram de alguma adequação para atender as exigências da certificação. Houve uma parte da documentação faltando nas propriedades. Quanto às questões sociais, a maioria das propriedades já encontravam-se de acordo, todavia as empresas terceirizadas precisavam se regularizar em alguns pontos para se adequarem totalmente a certificação. Em relação às questões ambientais, as propriedades em sua maioria estavam de acordo com a legislação vigente. Os fomentados entrevistados revelaram a viabilidade do cultivo florestal, e que grande parte da renda era proveniente da propriedade, mostrando a importância social do programa de fomento florestal da empresa.
Produção e qualidade da madeira para laminação de Pinus taeda L. em diferentes sítios florestais
Bárbara Dalgallo
Defesa Pública: 28 de agosto de 2013
Banca Examinadora:
Prof. Dra. Ana Paula Dalla Corte – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. José Guilherme Prata – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi realizar a modelagem do Crescimento e da Produção para um povoamento de Pinus taeda, assim como classificar este povoamento em sítios florestais e avaliar se existe influência do sitio nas propriedades físicas da madeira e no rendimento da laminação. A área de plantio onde os dados foram coletados é de 807 ha. O povoamento está localizado no município de Guarapuava, na região Centro-sul do Paraná. Os dados para a modelagem e classificação de sítio, foram obtidos de 80 parcelas permanente de um inventário florestal contínuo, com idades variando entre nove e 20 anos. Os modelos foram avaliados com o coeficiente de determinação ajustado, erro padrão da estimativa e análise gráfica dos resíduos. Para análise da massa específica básica, estabilidade dimensional e do rendimento para laminação foram coletadas seis árvores nas três idades testadas (9, 14 e 20 anos). A massa específica básica foi determinada de acordo com a NBR 11.941 e a determinação da estabilidade dimensional foi baseada na norma NBR 7190. As avaliações foram realizadas com amostras retiradas das duas primeiras toras de cada árvore coletada, as quais foram usadas para a laminação. Os modelos hipsométricos, volumétricos e de classificação de sítio que melhor se ajustaram aos dados foram os testados por Nogueira (2003b) e Schumacher-Hall (1933). Para classificação de sítio o modelo que melhor se ajustou aos dados foi o de Silva-Bailey. A massa específica básica teve variação com a idade e não sofreu influência do sitio florestal. A estabilidade dimensional da madeira sofreu influência da idade e do sítio florestal. O rendimento efetivo também teve variação significativa dos fatores idade e sítio.
Crescimento e produção juvenil de biomassa de procedências de Eucalytus spp. em diferentes espaçamentos
Vagne José da Silva
Defesa Pública: 1º de agosto de 2013
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Luiz Cláudio Fossati – UNC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Eleandro José Brun – UTFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Antonio José de Araujo – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento e a produção de biomassa de procedências de eucaliptos plantados em diferentes espaçamentos. Os materiais genéticos foram plantados em quatro espaçamentos: a) 2 m x 2 m; b) 2 m x 1 m; c) 1 m x 1 m e d) 1 m x 0,5 m, como um teste combinado de espécies e procedências. Os lotes de sementes foram coletados, em ACS e APS de algumas localidades da Região Sul do Brasil: Curitiba, PR; Canoinhas, SC; Irineópolis, SC; Porto União, SC; Major Vieira, SC; Santa Cecília, SC e Ijuí, RS. Foram coletados 10 lotes de sementes de quatro espécies: quatro lotes de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage; quatro lotes de Eucalyptus dunnii Maiden; um lote de Eucalyptus saligna Smith e um lote de Eucalyptus viminalis Labill. Cada lote foi composto por cerca de 2000 sementes. As sementes foram semeadas em tubetes, em casa de vegetação, em condições uniformes para substrato, adubação, irrigação, temperatura e densidade. A área experimental está localizada em Canoinhas no Planalto Norte Catarinense. A área foi preparada com roçada, remoção dos resíduos, combate à formiga e subsolagem na profundidade de 40 cm. O experimento foi instalado no delineamento de blocos completos ao acaso, com 10 blocos. Cada bloco contém parcelas com os quatro espaçamentos e cada parcela contém 10 subparcelas com os 10 lotes de sementes, totalizando 40 tratamentos. As subparcelas foram compostas por quatro, oito, dezesseis e trinta e duas plantas. A partir do terceiro mês de idade, foram realizadas medições de altura total e diâmetro na altura de 0,30 m, totalizando quatro medições com um intervalo de três meses entre elas. A produção de biomassa foi avaliada aos 12 meses, por amostragem. Os dados foram analisados estatisticamente por ANOVA e teste Tukey a 5%. Em relação aos quatro espaçamentos observou-se que quando maior o espaçamento maiores são os valores da altura e diâmetro a 0,30 m. Resultado oposto ocorreu para a produção de biomassa seca/ha, sendo que quanto menor o espaçamento, maior é a produção de biomassa. Destacou-se para altura a procedência E. dunnii ACS Major Vieira (D7), para diâmetro a 0,30 m de altura destacou-se a procedência E. dunnii APS de Santa Cecília (D5) e para biomassa seca tivemos duas que foram superiores: a procedência E. dunnii APS de Santa Cecília (D5) e a procedência E. dunnii ACS Canoinhas (D6).
Compactação do solo causada por dois sistemas de colheita de madeira em florestas de Eucalyptus grandis
Carla Krulikowski Rodrigues
Defesa Pública: 12 de julho de 2013
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Reginaldo Sérgio Pereira – UnB – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Karina Maria Vieira Cavalieri – UFPR – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo principal avaliar a compactação do solo causada pelo tráfego de máquinas de colheita de madeira em dois sistemas em florestas de Eucalyptus grandis. O estudo foi realizado em uma empresa florestal, localizada no município de Telêmaco Borba, PR, sendo avaliados os sistemas de colheita de madeira de toras curtas e árvores inteiras, em solo classificado como Latossolo Vermelho de textura franco-argilo-arenosa. Foram avaliados os parâmetros físicos do solo: densidade, porosidade total e resistência à penetração. A amostragem foi feita de forma sistemática abrangendo uma área para cada sistema de colheita, sendo coletadas amostras indeformadas de solo ao longo das trilhas de extração, nas classes de distâncias de 0 a 50, 51 a 100, 101 a 150 e 151 a 200 m e nas camadas de 0 a 10, 10 a 20, 20 a 40, e 40 a 60 cm de profundidade. Com os valores, realizou-se teste de normalidade e para efeito de comparação foi utilizado o teste DMS de Fisher, ao nível de 95 % de probabilidade. Realizou-se também o mapeamento em isolinhas por método da krigagem. No sistema de toras curtas, o tráfego das máquinas acarretou alterações nas significativas nas propriedades físicas em relação à condição antes do tráfego das máquinas. Ao avaliar a compactação ao longo da trilha de extração depois de realizadas as operações de colheita de madeira, notou-se que os efeitos ao solo se comportaram de forma semelhante ao longo do talhão nas duas primeiras camadas do solo, sendo crescente em profundidade nas distâncias de 0 a 50 e 51 a 100 m, onde houve maior intensidade de tráfego. Esta variabilidade espacial da compactação ficou visível nos mapas temáticos construídos por meio das técnicas de geoestatística em todos os parâmetros avaliados. No sistema de árvores inteiras, as alterações ocorridas no solo após o tráfego das máquinas também ficaram evidentes. Na região próxima à margem do talhão, onde ocorreram às manobras do Skidder e tráfego do Processador, a condição física do solo foi mais afetada, onde todos os parâmetros físicos avaliados apresentaram valores críticos de resistência do solo à penetração até a profundidade de 60 cm. A variabilidade da compactação ao longo da trilha de extração, de uma maneira geral, diferiu nas classes de distância de 0 a 50 e 51 a 100 m, onde houve maior intensidade de tráfego, se comparado ao centro da área. Com os mapas temáticos produzidos foi possível visualizar que a região próxima à margem do talhão foi a mais compactada após as operações de colheita de madeira, devido a maior intensidade de tráfego neste local. Desta forma, verificou-se uma variabilidade espacial da compactação do solo produzida pela atividade de colheita de madeira nos dois sistemas, sendo mais intensa na região próxima a margem do talhão. Estas informações podem servir para subsidiar o planejamento do preparo do solo da empresa de acordo com a intensidade necessária, de forma a reduzir os custos de produção.
Fertilidade e carbono orgânico dos solos de quintais agroflorestais, plantio direto e floresta nativa no município de Irati, Paraná
Mariangela Lurdes de Borba
Defesa Pública: 24 de junho de 2013
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Ivan Crespo Silva – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Celina Wisniewski – UFPR – Segunda Examinadora
Prof. Dra. Kátia Cylene Lombardi – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a fertilidade, o estoque de carbono e a qualidade da matéria orgânica existente nos solos de quintais agroflorestais em comparação com o solo de sistema plantio direto e floresta nativa. Quintais agroflorestais também chamados de hortos caseiros ou pomares caseiros contemplam a associação de espécies florestais, agrícolas, medicinais, ornamentais e animais, ao redor da residência e são frequentes em pequenas propriedades possibilitando várias formas de produtos e serviços. Como as práticas de manejo utilizadas nestes sistemas envolvem o aporte principalmente de insumos locais e do próprio sistema, ocorre o interesse em gerar dados sobre o uso, a conservação e a fertilidade destes solos. Foram realizadas análises químicas e físicas do solo de cada sistema de uso da terra: quintais de duas localidades, Pirapó e Engenheiro Gutierrez, denominado como quintais rurais e quintais periurbanos, respectivamente, sistema plantio direto na Comunidade do Pirapó e floresta nativa na Floresta Nacional de Irati (FLONA), nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20, e 20-40 cm. O manejo utilizado nos quintais o diferencia dos demais sistemas quanto à fertilidade, apresentando melhores índices de pH, Al trocável, H+Al (acidez potencial), potássio, fósforo, cálcio, magnésio, matéria orgânica, CTC e saturação por bases (V%), e quanto ao estoque de carbono, mostrando maior potencial para estoque de carbono que floresta nativa. Em relação à qualidade da matéria orgânica os solos de quintais apresentaram valores para as frações de carbono oxidável semelhantes aos de floresta nativa em todas as profundidades, sugerindo serem estes sistemas equilibrados e sustentáveis.
Influência do espaçamento no crescimento de Pinus taeda L. na região Centro-Sul do Paraná
João Maurício Pacheco
Defesa Pública: 17 de abril de 2013
Banca Examinadora:
Prof. Dr. André Felipe Hess – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Sebastião do Amaral Machado – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Nesta pesquisa foi avaliado o efeito de nove densidades iniciais no crescimento de Pinus taeda L., utilizando-se a análise de tronco completa (ANATRO). O experimento foi instalado em 2002 e está localizado no município de Irati, região Centro-Sul do Estado do Paraná. Foram estabelecidos 9 tratamentos com os espaços vitais entre 1,0 e 16,0 m² (1,0 x 1,0 m; 2,0 x 1,0 m; 2,0 x 2,0 m; 3,0 x 2,5 m; 3,0 x 3,0 m; 3,5 x 3,0 m; 4,0 x 3,0 m; 4,0 x 3,5 m e 4,0 x 4,0 m). Os dados foram coletados nos meses de junho e julho de 2012, aos nove anos de idade, estratificando-se a distribuição diamétrica de cada tratamento em nove classes de diâmetro a 1,3 m (DAP), sendo amostrada uma árvore por classe, totalizando, 81 árvores para aplicação da ANATRO. O efeito da densidade inicial no crescimento do diâmetro (DAP), área transversal, altura total, volume individual, área basal e volume por hectare foi avaliado pelo Delineamento Inteiramente Casualizado. As curvas de produção dessas variáveis foram representadas pelo modelo biológico de Chapman-Richards, assim como os incrementos corrente e médio anual. Também foi estudada a evolução da forma dos troncos com o fator de forma comum. O diâmetro (DAP), área transversal, volume individual, área basal e volume por hectare sofreram influência da densidade inicial a partir do quinto ano de idade e os espaços vitais de 14 e 4 m2 apresentaram, respectivamente, as maiores e menores taxas de incremento individuais. O espaço vital de 14 m2 teve um crescimento médio em diâmetro (DAP), 37% maior do que o espaço vital de menor crescimento (4 m²) aos nove anos de idade. A altura média até os nove anos de idade não apresentou diferença estatística, demonstrando que essa variável é pouco influenciada pelo espaçamento, sendo a maior altura encontrada no espaço vital 14 m², 11% superior ao espaço vital de menor crescimento para essa variável (1 m²). A área basal (G) e o volume por hectare foram afetados pelo espaçamento e mostraram diferenças de crescimento entre tratamentos a partir do quinto ano de idade, onde o espaços vitais de 1 e 2 m² tiveram o maior crescimento para as duas variáveis, respectivamente. O fator de forma artificial indicou que densidades iniciais maiores resultam em troncos 17% mais cilíndricos do que os encontrados para as menores densidades iniciais. O crescimento avaliado com ANATRO e com Parcelas Permanentes (PP) apresentou resultados próximos para as médias individuais do diâmetro, área transversal e volume. Os resultados indicam que o espaço vital de 7,5 m2 divide os tratamentos em dois grandes grupos, ou seja, espaços vitais menores (1 a 7,5 m²) em rotações curtas poderiam ser empregados para produzir biomassa (regime de manejo pulpwood), enquanto os maiores (7,5 m2 a 16 m2 ) seriam mais indicados para gerar multiprodutos em rotações mais longas. Espaços vitais com cerca de 7,5 m2 poderiam ser usados quando ao implantar a floresta, o proprietário ainda não tem certeza do destino final do produto, podendo, portanto, optar pelo regime de manejo pulpwood ou utility.
Análise de conflitos da arborização de vias públicas utilizando sistemas de informações geográficas: caso Irati, Paraná
Cleverson Luiz Dias Mayer
Defesa Pública: 20 de dezembro de 2012
Banca Examinadora:
Prof. Dra. Silvia Meri Carvalho – UEPG – Primeira Examinadora
Prof. Dra. Luciene Stamato Delazari – UFPR – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A arborização de vias públicas gera inúmeros benefícios à qualidade de vida da população urbana, mas se implantada de forma inadequada também pode causar diversos transtornos para os municípios. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar os conflitos da arborização de vias públicas em Irati, Paraná por meio de técnicas de análise espacial. Para aplicação da análise espacial foi empregado o software SPRING, utilizando imagens orbitais Quickbird de 61 cm de resolução espacial e arquivos vetoriais contendo o limite dos bairros do município, a rede de distribuição elétrica, instalações subterrâneas, equipamentos urbanos e localização das árvores. Os dados alfanuméricos referentes às árvores e necessários para a formulação do SIG foram fornecidos pela Secretaria de Ecologia e Meio Ambiente do Município. Após a estruturação do modelo de dados foi realizada a confrontação das estruturas urbanas e a localização dos indivíduos arbóreos referentes às distâncias de segurança com a realidade observada, por meio de consultas ao banco de dados e aplicado o estimador de densidade Kernel aos resultados das consultas. Também foi utilizada a estatística de imagens aplicada aos resultados matriciais gerados pela análise do estimador de densidade. Os resultados das consultas detectaram 1286 (98,47%) conflitos, ou seja, indivíduos arbóreos em desconformidade com as recomendações da legislação pertinente referentes às suas características e a sua localização no meio urbano. Com uso da estatística Kernel, foram geradas imagens de densidade referente aos resultados das consultas permitindo uma melhor interpretação visual na distribuição espacial dos conflitos. A estatística de imagens demonstrou que, de forma geral, a distribuição espacial dos conflitos apresenta alta correlação entre si, comprovando a dificuldade de implantar uma arborização de vias públicas de forma não conflitante com as diversas estruturas urbanas, evidenciando assim, a necessidade de uma adequação das estruturas urbanas para a implantação de árvores, e não somente um ajuste da arborização para o meio urbano.
Determinação de variáveis dendrométricas de Eucalyptus urograndis com dados LiDAR Aerotransportado
Caciane Peinhopf
Defesa Pública: 19 de dezembro de 2012
Banca Examinadora:
Prof. Dra. Christel Lingnau – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Marcos Benedito Schimalski – UDESC – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo comparar parâmetros biofísicos de um povoamento de Eucalyptus urograndis obtidos em inventário florestal convencional com aqueles derivados de perfilamento a LASER Aerotransportado, com densidades de pontos LASER de 5 e 10 pontos/m². Os plantios florestais selecionados para este estudo se localizam no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, pertencentes à empresa Fibria Celulose S.A. As parcelas amostradas no decorrer do inventário florestal são de caráter temporário, de forma circular com raio de 11,28 m e área aproximada de 400 m². A área foi sobrevoada entre os meses de janeiro a março, para aquisição da varredura a LASER com densidade de 5 e 10 pontos/m², respectivamente, além de simultânea aquisição de fotografias aéreas. Na análise dos parâmetros biofísicos, a altura total das árvores foi obtida com os dados LiDAR a partir da diferença entre os pontos que compunham a nuvem de pontos representativa do terreno e o ponto mais alto, visualmente determinado em uma área de pontos que representam a copa. Os diâmetros e volume foram estimados em função da altura, com modelo ajustado a partir de dados de campo. As médias das alturas, diâmetros e volumes obtidos nos povoamentos com variação de idade entre 3 a 8 anos de idade, derivadas das informações de campo e comparadas com os dados extraídos do LiDAR, foram comparados com o teste de Dunnett (α ≤ 0,05). Os resultados indicam que as médias de altura, diâmetro (DAP) e volume obtidos com dados LiDAR, em geral, apresentaram resultados estatisticamente iguais aos dados obtidos em campo, exceto para o povoamento com idade maior para esta área de estudo (8 anos). Por outro lado, os erros médios obtidos ficaram entre 3,97 a 12,77%; 4,54 a 20,89% e 14,46 a 59,26%, respectivamente para a altura, DAP e volume. Os dados LiDAR de densidade 10 pontos/m2 apresentou erros médios inferiores que a densidade 5 pontos/m2 . Os desvios entre os dados obtidos pelo LiDAR em relação àqueles de campo apresentaram uma boa correlação com a idade, indicando que essa variável pode ser mensurada por meio desta tecnologia. Entretanto, esses mesmos desvios não tiveram qualquer correlação com a declividade, indicando que esta variável parece não afetar a altura medida com dados LiDAR. Em síntese, há possibilidade de aplicação da técnica LiDAR para o inventário e monitoramento florestal, maximizando a acurácia e minimizando a coleta de informações básicas do povoamento pelo método tradicional, ainda necessário para ajuste de equação diamétrica e volumétrica.
Prospecção de isolados de rizobactérias e filoplano na promoção de crescimento de mudas de Eucalyptus benthamii
Ana Lídia Moura do Carmo
Defesa Pública: 17 de dezembro de 2012
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Ricardo Magela de Souza – UFLA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Álvaro Figueredo dos Santos – EMBRAPA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de rizobactérias de Eucalyptus benthamii e de Pinus sp., bem como de bactérias residentes do filoplano, na germinação de sementes e na promoção de crescimento de mudas de E. benthamii em condições in vitro e in vivo, a partir de sementes microbiolizadas com suspensões de propágulos. Para tanto, isolou-se as rizobactérias de E. benthamii e Pinus sp. por meio da técnica de diluição seriada fator 10 e utilizou-se oito isolados de bactérias residentes de filoplano pertencentes à coleção do laboratório de proteção florestal da UNICENTRO. Em condições in vitro avaliou-se a germinação de sementes de E. benthamii e a colonização radicular de mudas em que 80% dos isolados avaliados foram capazes de colonizar o sistema radicular de mudas de E. benthamii. Aos 120 dias após a semeadura, em condições in vivo, avaliou-se a germinação de sementes, o diâmetro do coleto, altura das mudas, comprimento de raiz, relação entre peso seco da massa aérea, peso seco da massa radicular e peso seco da massa total. Também foram calculados Índice de Qualidade de Dickson (IQD), relação diâmetro de coleto/altura (Dc/H) e altura/diâmetro de coleto (H/Dc). Nenhum isolado diferiu estatisticamente do tratamento controle, que foi constituído por sementes de E. benthamii submersas em água, em relação aos parâmetros avaliados. Não foi possível selecionar nenhum isolado com potencial de promotor de crescimento de mudas de E. benthamii.
Aspectos mercadológicos da produção de compensados no Estado do Paraná
Nayara Guetten Ribaski
Defesa Pública: 14 de dezembro de 2012
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Márcio Lopes da Silva – UFV – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Alberto Marçal Gonzaga – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A sobrevivência das empresas em um mercado competitivo depende do conhecimento do progresso e do comportamento do setor em que atua, para que possam tomar as melhores decisões. O presente trabalho teve como objetivo geral descrever o perfil da indústria de compensado paranaense de acordo com a visão de seus gestores. Os objetivos específicos foram: caracterizar o setor paranaense de painéis compensados; analisar a percepção dos gestores das empresas de compensados sobre a situação atual do mercado e avaliar os fatores que afetam a produção, como os produtos substitutos e a competitividade. Os instrumentos de pesquisa utilizados para obtenção dos dados primários foram entrevistas e questionários, apresentando caráter exploratório e descritivo. A coleta de dados foi dividida em duas fases, sendo a primeira aplicada no período de julho a setembro 2010, com aplicação de 89 questionários nas empresas paranaenses produtoras de compensados. E a segunda fase no período de julho a setembro de 2012, com aplicação de 81 questionários, um número inferior à fase I devido ao fechamento de empresas e/ou incorporação a empresas maiores. Por meio das perguntas abertas foi aplicada a metodologia SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), e para as fechadas, o tratamento foi quantitativo. Na fase I 30,34% das empresas participaram da pesquisa e na fase II 27,16%, ambas obtendo um erro amostral inferior a 13,5%. De acordo com a análise da estrutura de mercado, foi constatado que na década de 80 os produtores de compensados, estrategicamente, optaram por abastecer o mercado externo, vislumbrando maiores lucros devido à valorização do dólar. Nesse período, os Estados Unidos tornaram-se o principal cliente, em detrimento do mercado interno. Esse nicho de mercado brasileiro vem sendo ocupado por painéis de madeira reconstituída, tornando tais produtos em substitutos para o compensado em diversos setores de atuação. Desse modo, alterou-se a elasticidade-preço da demanda. Observou-se que, em 2010, a produção das empresas atuantes no mercado teve uma redução de 56% em relação ao ano de 2008. E que, em 2012, 60% da produção estão sendo destinadas para o mercado interno, com o intuito de se aproveitar o aquecimento da construção civil. O restante da produção destinada à exportação apresentou novos destinos em 2010, focando os mercados emergentes, como o da América do Sul, do Oriente Médio e da África. Esses, ainda não apresentam barreiras técnicas ou comerciais específicas para o compensado, como as verificadas nos mercados dos Estados Unidos e Europa. As barreiras mais citadas foram: comprovação legal da origem da madeira e exigência em relação ao controle da qualidade. Em relação aos fatores que afetam a produção de painéis de compensado, 93% dos produtores entrevistados afirmaram que o preço da venda é o maior problema e que o custo de produção está elevado. Em relação à exportação, o valor comercializado é fator desestimulante para os produtores. De acordo com os participantes, 52% acreditam que existe um produto substituto ao compensado, dentre os quais, 57% acreditam ser o MDF. De acordo com as análises setoriais o segmento de painéis de compensados vinha apresentando sinais de queda em sua produção desde 2004, atribuída ao elevado custo de produção, baixa competitividade e elevado custo da terra, culminando com a crise imobiliária americana. No entanto, mesmo com o setor mostrando fragilidade, os participantes da pesquisa não demonstraram ter conhecimento desses acontecimentos. Conclui-se que os produtores, ou não têm domínio sobre o mercado em que atuam, o que dificulta a tomada de melhores decisões, ou não os mencionaram propositalmente para não caracterizar a situação atual como crítica e evitar dificuldade na obtenção de possíveis empréstimos ou créditos no mercado. O compensado apresenta-se em uma fase de maturidade e em declínio, isso porque a empresa nada fez para se impedir a situação. No entanto, existem estratégias para evitar o declínio.