• Português
  • English

Defesas realizadas

Carga tributária de empresas florestais produtoras de madeira de Pinus spp.: um estudo de caso

Leandro da Silva Bargas

Defesa Pública: 13 de dezembro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Mauricio Romero Gorenstein – UTFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Alberto Marçal Gonzaga – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Sebastião do Amaral Machado – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O nível de tributação sobre as empresas e pessoas físicas no Brasil está posicionado em um patamar elevado, chegando a inviabilizar certos negócios. A dificuldade de mensurar a carga tributária e seu efeito sobre a rentabilidade do empreendimento florestal não é possível que se faça uma análise aprofundada e assim, traçar um plano de âmbito tributário, visando reduzir a incidência de tributos (impostos, taxas e contribuições) em prol da maior lucratividade do empreendimento. O objetivo dessa pesquisa foi traçar um perfil dos tributos que incidem sobre o ciclo produtivo e sobre o faturamento de plantios comerciais de Pinus spp., e ainda apontar qual regime de tributação a empresa deve optar, com foco na redução de tributos e, por conseguinte, maximizar sua competividade no setor. Por meio da estruturação de um fluxo de caixa, chegou-se ao impacto dos tributos no custo de formação florestal de pinus até o 21º ano, que representou 8,6% em relação ao custo total, quando não considerada a tributação sobre o faturamento. Em regime de lucro presumido, esta porcentagem elevou-se para 18,4%, chegando a 36,6% em regime de lucro real. Quando analisado o VPL em diferentes regimes de tributação, obteve-se o valor de R$2.625/ha (sem tributação no faturamento), R$1.331/ha (lucro presumido) e valor negativo para o regime de lucro real, não atingindo a Taxa Mínima de Atratividade estabelecida de 8,7% a.a. Ainda foi possível determinar a rotação econômica que indicou o período de corte raso aos 21 anos. Em termos de valor presente, para se produzir um metro cúbico de madeira de pinus, houve um investimento de R$73,22, considerando a tributação sobre o faturamento em regime de lucro real, sendo que 46% da composição desse custo equivalem a tributos. O custo médio de produção da madeira, sem considerar a tributação sobre o faturamento, foi de R$50,79/m³. No cenário em que considerou o regime de tributação em lucro presumido, o custo de produção médio chegou ao valor de R$56,83/m³, sendo que desse total, 31% correspondem a tributos.

PDF

Fitossociologia, dinâmica e biomassa de um fragmento da Floresta Estacional Semidecidual

Qohelet José Ianiski Veres

Defesa Pública: 31 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcos Vinicius Winckler Caldeiran – UFES – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Rafaelo Balbinot – UFSM – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo teve como objetivos abordar a Floresta Estacional Semidecidual nos aspectos das relações floristicas e fitossociologicas, conhecer os seus processos dinâmicos, estimar a quantidade de biomassa acumulada e carbono seqüestrado em seus diversos componentes, e por fim, realizar uma avaliação econômica atual e futura do capital estocado na floresta. A floresta em questão localiza-se no município de São José das Palmeiras, região Oeste do Estado do Paraná. Foram coletados os dados de diâmetro à altura do peito – DAP (cm) e altura (m) de todas as árvores com DAP ≥ 5 cm, procedentes de uma unidade amostral permanente, com área de 5000 m², subdividida em 50 subunidades de 100m², que foram instaladas em 2007 e remedidas em 2011. Em relação ao aspecto fitossociologico, realizada em 2007, foram registrados 779 indivíduos arbóreos, sendo 102 indivíduos mortos em pé e 677 vivos, distribuídos em 31 famílias, 56 gêneros, e 61 espécies. Destacaram-se em numero de espécies as famílias Fabaceae (27,47%), Verbenaceae (15,51%), Euphorbiaceae (7,39%), Meliaceae (5,61%), seguidos por Malvaceae (4,87%) e Rutaceae (4,87%), representando 65 % do total de espécies encontradas. Em relação ao aspecto florístico, o fragmento apresentou uma riqueza de espécies considerável, com altos valores de Shannon e Pielou. Com isso podese observar que o fragmento é bem conservado, caracterizando uma floresta em estagio inicial de regeneração. Em 2011, foram registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e mensurados e identificados os indivíduos recrutados (DAP > 5 cm). A área basal/hectare manteve-se praticamente a mesma, com queda de 0,30 m²/ha, sendo influenciada pela alta taxa de mortalidade anual (5,98%) e pequena taxa de ingresso (3,32%). O incremento médio anual (IMA) para todas as espécies foi de 0,20 cm, variando de 0,03 a 0,76 cm. As espécies Chorisia speciosa A.St.-Hil. e Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez obtiveram IMA de 0,86 cm e 0,32 cm respectivamente, elevando assim o IMA médio para as últimas classes de diâmetro. Foram abatidas 32 árvores-amostra para o ajuste das equações alométricas, as quais foram selecionadas por meio do ranqueamento do valor de importância (VI). Os componentes das árvores foram separados em casca, fuste, folhas, miscelânea, galhos vivos, galhos mortos e total. Foram selecionadas as equações que obtiveram os melhores valores referentes às estatísticas de regressão, R² ajustado e Syx%, bem como por análise visual do gráfico de dispersão dos resíduos. A prognose da distribuição diamétrica foi realizada pelo método da razão de movimentos. Na avaliação econômica foi estimado o Valor produtivo do povoamento referente à capacidade atual e futura de fixação do carbono. Os coeficientes de determinação (R² adj.) para as equações selecionadas variaram de 0,11 a 0,90 e erro 141,89 a 41,53%, para biomassa dos componentes, e de 0,03 a 0,87 para R² adj. e 143,64 a 46,20% de erro, para carbono estocado nos componentes. Estimou-se em 42,1 ton.ha-1 para biomassa total e 29,39 ton.ha-1 para carbono estocado total. Para o fragmento da Floresta Estacional Semidecidual, há um maior estoque de carbono na madeira do fuste > galhos vivos > folhas > casca do fuste> galhos mortos > miscelânea. Utilizando as distribuições diamétricas futuras por meio do método da razão de movimentos estimou-se o carbono estocado total (aérea + raízes), de 4 em 4 anos, até atingir o ano de 2031. Utilizou-se o valor de U$ 9,28 por tonelada de Dioxido de carbono efetivamente sequestrado. O valor produtivo para o povoamento atingiu R$ 299,95 por hectare/ano.

PDF

Análise de fatores ergonômicos em atividades de implantação florestal

Pedro Caldas de Britto

Defesa Pública: 31 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Luciano José Minette – UFV – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo desta pesquisa foi avaliar fatores ergonômicos em atividades de implantação florestal, subsidiando a tomada de decisão para melhoria do conforto, saúde e segurança dos trabalhadores florestais. O estudo foi realizado em uma empresa florestal localizada nas regiões do Norte Pioneiro e Campos Gerais, Estado do Paraná, envolvendo as atividades de plantio manual, com aplicação de hidrogel; adubação de base; aplicação de herbicida e roçada semimecanizada. Na pesquisa foram estudados os fatores humanos e as condições do trabalho, por meio de questionários aplicados aos trabalhadores na forma de entrevistas individuais. Foi determinado o perfil antropométrico da população por meio de 41 medidas coletadas em 250 trabalhadores da implantação florestal. As principais variáveis antropométricas foram relacionadas com as ferramentas utilizadas em cada atividade, propondo quando necessário, adequações de acordo com as medidas da população nos percentis de 5; 50 e 95%. Foi ainda realizada uma avaliação de desconforto postural com o uso de um questionário com o mapa de desconforto postural, por meio de entrevistas individuais aos trabalhadores, que permitiu identificar a frequência de ocorrência e a intensidade de desconforto/dor em diferentes regiões do corpo para cada atividade. Além disso, foi realizada uma avaliação biomecânica com o uso de filmagens dos trabalhadores em três percentis, classificados conforme a estatura da população, (5, 50 e 95%), para cada uma das atividades, sendo os dados analisados no “software” 3DSSPP (Programa de Predição de Postura e de Força Estática 3D). Os resultados demonstraram que a idade média dos trabalhadores foi aproximadamente 35 anos, 89,23% é de origem rural, 52% são casados e 77,53 % são de baixa escolaridade (ensino fundamental incompleto). Quanto ao tempo de serviço na empresa, a média foi de 14,9 meses e o tempo médio de experiência na função de 12,46 meses. A estatura média dos trabalhadores é de 156,8, 167 e 178,5 cm, respectivamente, representado nos percentis de 5, 50 e 95%. Os resultados da avaliação antropométrica demonstraram a necessidade de ajustes em alguns equipamentos e que sejam adaptadas às variações antropométricas dos trabalhadores, tais como as dimensões dos pés, das mãos, distância de alcance dos braços, estatura em pé, entre outros. Os questionários de desconforto/dor comprovaram que as regiões mais problemáticas foram os ombros e as pernas, podendo estas serem justificadas devido ao peso transportado e devido as distâncias percorridas em locais de difícil acesso e ainda com resíduo da colheita florestal. Nas avaliações biomecânicas as articulações do quadril e ombros foram as mais afetadas, porém com pouco risco de lesão aos trabalhadores. Nas atividades de plantio e adubação, os trabalhadores mais altos (percentil 95%) apresentaram maiores riscos potenciais de lesão, do que os trabalhadores mais baixos, que pode ser justificado pela postura inadequada adotada em consequência das dimensões inadequadas das ferramentas utilizadas na execução das atividades florestais.

PDF

Modelagem de crescimento e da produção de Pinus taeda L.

Neumar Irineu Wolff II

Defesa Pública: 30 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Ana Paula Dalla Corte – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A presente dissertação teve por objetivo realizar o ajuste de modelos matemáticos através de dados obtidos pela análise de tronco completa para gerar as equações que melhor representem o crescimento e a produção futura dos plantios de Pinus taeda L. de uma empresa localizada na região Centro Sul do Paraná, e com isto auxiliar no planejamento estratégico de sua gestão florestal. A base de dados é composta por plantios de Pinus taeda com espaçamentos iniciais de 3,0 x 3,0 metros, 3,0 x 2,5 metros e 2,5 x 2,5 metros , implantados entre os anos de 1992 a 2005. Inicialmente utilizou-se como parâmetros iniciais os dados provenientes de um recente inventário florestal realizado nos 4594,30 hectares plantados, agrupados em classes de sítio pelo modelo de Schumacher e o método da curva guia. Em cada sítio foi realizada uma estratificação em classes de diâmetro pelo método de Sturges para a seleção das 144 árvores amostradas para a análise de tronco completa. Foram retirados os discos na base e a 1,30 m do solo, e em seções relativas de 15%, 25%, 35%, 45%, 55%, 65%, 75%, 85% e 95% de sua altura total, que totalizaram 11 fatias por árvore, medidas no equipamento LINTAB, o qual permitiu realizar estas medições rapidamente e com altíssimo grau de precisão, e após isto processadas no software Florexel. Foram ajustados dois modelos para a obtenção dos diâmetros com casca nas idades anteriores à coleta. As informações da quantidade de árvores por hectare atual e desbastada ao longo dos anos foram obtidas dos inventários florestais anteriormente feitos pela empresa. Finalmente, estes dados foram utilizados para a realização da modelagem do crescimento e produção, através do ajuste de modelos matemáticos disponíveis na literatura para a modelagem em nível de povoamento. O ajuste dos modelos foi realizado avaliando-se o Coeficiente de Determinação Ajustado e o Erro Padrão de Estimativa, além dos gráficos de distribuição de resíduos. O modelo de Clutter (1963) foi o que resultou melhores projeções da área basal e do volume para a plantação estudada. Os resultados obtidos demonstraram que a análise de tronco completa pode ser considerada uma ferramenta apropriada para a modelagem do crescimento e produção.

PDF

Qualidade de painéis de madeira compensada fabricados com lâminas de Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis

Sandra Kazmierczak

Defesa Pública: 27 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Celso Edmundo Foelkel – Pesquisador – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Roberto Pedro Bom – UNIUV – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Esta pesquisa teve como objetivo analisar a qualidade de painéis de madeira compensada produzidos com lâminas de madeira das espécies Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e do híbrido Eucalyptus urograndis, em diferentes composições, como alternativa de uso dessas espécies, buscando melhor qualidade quanto às propriedades físicas e mecânicas dos painéis fabricados. Para avaliação da qualidade e de suas propriedades físicas e mecânicas, foram produzidos painéis com dimensão de 500 x 500 x 14 mm, compostos por sete camadas de lâminas. O adesivo usado foi à base de fenol-formaldeído (FF) com teor de sólido na batida de cola de 28%, 32%, 36% e gramatura nominal de 360 g/m² em linha dupla. A prensagem dos painéis foi realizada em prensa de prato maciço com temperatura de 130°C, 12 kgf/cm² de pressão e tempo de prensagem de 15 minutos. Foi analisada a massa específica, a umidade de equilíbrio, a absorção de água, o inchamento em espessura, o cisalhamento da linha de cola, o MOR e o MOE à flexão estática. As análises permitiram avaliar o efeito da utilização da madeira de Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e Eucalypus urograndis na fabricação dos painéis de madeira compensada, utilizando diferentes proporções na batida de cola e diferentes composições de espécies. Os resultados foram também comparados aos requisitos das normas ABNT 31:000.05 (2001), European Standard EN 314-2 (1993) e Deutsches Institut für Normung – DIN 68792 (1979). Para as propriedades de absorção de água e inchamento em espessura, as três espécies apresentaram valores superiores aos exigidos pela norma. Os valores das propriedades de cisalhamento da linha de cola, MOR e MOE foram superiores para painéis de Eucalyptus saligna e quando em misturas com lâminas das madeiras de Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis. Para os painéis de Eucalyptus dunnii verificou-se menores valores de propriedades mecânicas, com tendência de aumento quando em misturas com lâminas das demais espécies. Pode-se concluir que os painéis produzidos com lâminas de Eucalyptus saligna e de Eucalyptus urograndis apresentaram bons resultados tanto no uso individual como em mistura com outras espécies, classificando seu uso para construção civil.

PDF

Espacialização da produção de Pinus taeda L. por sortimento de madeira

Isaac Kiszka Sponholz

Defesa Pública: 24 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Edilson Batista de Oliveira – EMBRAPA – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este estudo apresenta uma alternativa para a espacialização de dados de simulação da produção florestal, por sortimento de madeira, para auxiliar nos processos administrativos e nas tomadas de decisões da empresa florestal. Para este trabalho foi utilizado como sistema de informações geográficas o Sistema para Processamento de Informações Georreferenciadas – SPRING – de fonte aberta, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e para a simulação da produção foi utilizado o Sistema para Prognose do Crescimento e Produção de Plantações de Pinus – SISPINUS – desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. A integração do SPRING com o SISPINUS possibilitou a espacialização de dados de prognose de crescimento e da produção por sortimento de madeira, de uma empresa florestal até o ano de 2030, além da possibilidade de planejamento espacial e programação do rodízio de talhões. O sistema implementado, apresentou bastante praticidade, proporcionando rápida visualização de informações espaciais sobre produção por sortimento de madeira, além de fornecer informações sobre o controle da rotatividade da produção nos talhões e fazendas da empresa. O sistema permitiu agilidade operacional de informações e pode ser aplicado tanto no suporte administrativo como no planejamento das empresas do setor florestal.

PDF

Determinação de variáveis dendrométricas a partir de fotografias terrestres em florestas urbanas

Juliana Aparecida Mauloni

Defesa Pública: 22 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Christel Lingnau – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Alvaro Muriel Lima Machado – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O trabalho teve como objetivo avaliar o uso da Fotogrametria Terrestre na estimativa de alturas e diâmetros ao longo do tronco em árvores em pé de Araucaria angustifolia. Foram selecionadas 50 árvores, localizadas no município de São José dos Pinhais, variando de 12 a 20 metros de altura. Na medição das variáveis dendrométricas (altura e diâmetro) ao longo do tronco, foram utilizadas a Estação total e a Suta. Para observar nas imagens os locais medidos nas árvores, foram demarcados com spray de cor branca estes em forma de faixa. A partir de um tripé e uma câmara digital de 12 Megapixel, as fotos foram tomadas em diferentes distâncias dependendo da altura total da árvore. O tripé foi nivelado ao terreno e as árvores tomadas uma a uma centralizadas na imagem. Após a coleta de dados em campo, as imagens foram selecionadas e submetidas em software na verificação dos pixels. Foram testados três métodos fotogramétricos denominados: Método Escala/Fotografia, Método da Mira Topográfica e o Método Fotogrametria por uma Imagem-Singular. Os diâmetros ao longo do tronco medidos com a suta e estimados pelos três métodos foram estatisticamente comparados. Equações de volume e funções de afilamento foram ajustadas com os diâmetros obtidos pela suta e pelos métodos testados a fim de verificar a viabilidade das determinações realizadas com os métodos fotogramétricos propostos. Os resultados apontaram que apenas os diâmetros medidos pelo Método de Fotogrametria por uma Imagem-Singular, foram estatisticamente iguais aos diâmetros medidos com a suta. Por outro lado, não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto à variável altura, mostrando que os métodos são iguais entre si. A equação de volume e a função de afilamento ajustadas com os diâmetros gerados pelo Método de Fotogrametria por uma Imagem-Singular tiveram desempenhos similares às equações ajustadas com os dados dos diâmetros medidos com a suta. Concluiu-se que o método de Fotogrametria por uma Imagem-Singular apresentou resultados bastante promissores para a cubagem de árvores em pé.

PDF

Comparação de métodos para estimar o volume comercial em Floresta Ombrófila Densa no Estado do Amazonas

Marilu Ramos

Defesa Pública: 20 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Joaquim dos Santos – INPA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Adriano José Nogueira Lima – INPA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Esta pesquisa comparou diferentes métodos para a estimativa de volume comercial em pé de espécies arbóreas amazônicas. Foram amostradas 268 árvores na Fazenda Monte Verde, Itacoatiara – AM, distribuídas em 38 espécies de 19 famílias. Os volumes das árvores foram determinados pela fórmula de Smalian e utilizados para testar os seguintes procedimentos para estimar o volume comercial: fator de forma artificial da amostra, por espécie e em classes de diâmetro; funções de afilamento; equações de volume e equações de razão, totalizando, portanto, 6 tratamentos que foram comparados com os volumes obtidos por Smalian (testemunha). A acuracidade dos modelos testados foi avaliada a partir do erro padrão da estimativa (Syx%), coeficiente de determinação corrigido para a variável de interesse (R²) e pela análise gráfica dos resíduos. Para complementar a análise das funções de afilamento, foram também utilizadas as estatísticas, desvio (D), desvio padrão das diferenças (SD), soma do quadrado dos resíduos relativo (SQRR) e porcentagem dos resíduos (RP) com a finalidade de se ter uma análise mais detalhada do desempenho das estimativas ao longo de todo o fuste. Para comparar a média entre os tratamentos foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado e o teste de Tukey para o nível crítico α ≤ 0,01. A análise de variância mostrou a existência de diferenças significativas entre os métodos, todavia, o teste de Tukey não identificou diferença entre as médias dos tratamentos. Concluiu-se que a equação de volume de dupla entrada de Meyer foi o método de melhor desempenho para estimar o volume comercial. A utilização de um fator de forma médio por classe de diâmetro gera estimativas mais precisas do que um fator de forma médio único para a amostra. O volume comercial estimado a partir das equações de afilamento testadas foi menos preciso que o estimado por equações de volume e que a utilização de equações de razão não se mostrou adequada quando o diâmetro foi usado como variável de entrada, mas muito apropriado quando a entrada adotada foi alturas comerciais.

PDF

Dinâmica (2002-2011) e modelagem do incremento diamétrico em fragmento de Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de Irati, Paraná

Mailson Roik

Defesa Pública: 30 de maio de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Solon Jonas Longhi – UFSM – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Roberto Sanquetta – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo analisar a composição florística, estrutura horizontal, dinâmica florestal e, ainda, testar a hipótese de que a estratificação dos dados pela análise de agrupamento pode melhorar a modelagem do incremento em diâmetro de espécies da Floresta Ombrófila Mista, bem como avaliar o efeito da utilização de outras variáveis dimensionais, sociológicas, de sítio e competição, além do DAP na estimativa do incremento diamétrico. Para isso, foram utilizados dados provenientes de 25 parcelas permanentes de um hectare cada (100 m x 100 m). Todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito maior ou igual a 10 cm (DAP≥10 cm) foram devidamente identificados e mensurados nos anos de 2002, 2005, 2008 e 2011. A análise da alteração na composição florística foi realizada pela presença ou não dos indivíduos em cada período avaliado. A estrutura horizontal foi caracterizada por meio dos parâmetros fitossociológicos de densidade, frequência e dominância das espécies, bem como do valor de importância. Os processos dinâmicos da floresta avaliados foram o incremento, ingresso e mortalidade. A modelagem do incremento foi realizada em nível de floresta, grupo ecológico e grupo de espécies, sendo estes definidos pela análise de agrupamento, com base nos valores de incremento diamétrico médio, por espécie, por classe de diâmetro. A modelagem foi realizada de duas formas: na primeira, procedeu-se o ajuste de oito modelos matemáticos que apresentam como variável independente apenas o DAP; na segunda, foram geradas, pelo procedimento Stepwise, equações para a estimativa do incremento diamétrico com base em variáveis dimensionais, sociológicas, de sítio e competição. A floresta apresentou pequenas alterações em relação a sua composição florística e elevada riqueza de espécies. Durante os nove anos de monitoramento foram registradas 124 espécies arbóreas, 84 gêneros e 42 famílias botânicas. O número de indivíduos diminuiu durante o período de avaliação, ao passo que o número de gêneros e espécies aumentou. A família Myrtaceae apresentou ser a de maior importância, com o maior número de espécies e indivíduos ingressos (22,3% do total). A floresta apresentou um incremento médio em diâmetro de 0,23 cm/ano e em área basal de 0,21 m²/ha/ano, destacando-se a Araucaria angustifolia que apresentou os incremento mais expressivos (0,42 cm/ano e 0,12 m²/ha/ano, respectivamente). A taxa de mortalidade média da floresta foi superior a taxa de ingresso (1,69% e 1,31%, respectivamente). A utilização de outras variáveis independentes, além do DAP, para a estimativa do incremento diamétrico, melhorou os ajustes, com a redução do erro padrão de estimativa e aumento do coeficiente de determinação. As variáveis mais correlacionadas com o incremento em diâmetro foram a forma e a posição da copa. A estratificação dos dados em grupos de maior similaridade, em relação ao crescimento, pela análise de agrupamento, não tornou os modelos apropriados para estimar o incremento em diâmetro, porém trouxe melhoras, reduzindo o erro padrão de estimativa.

PDF

Padrões e interações espaciais na regeneração de Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer na Floresta Nacional de Irati, PR

Cilmar Antônio Dalmaso

Defesa Pública: 18 de maio de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Pedro Higuchi – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Mario Takao Inoue – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve o objetivo de analisar e descrever os padrões e interações espaciais e as características quali-quantitativas da regeneração da espécie arbórea Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer (canela-sassafrás) num fragmento de Floresta Ombrófila Mista localizado na Floresta Nacional (FLONA) de Irati, Região Centro Sul do estado do Paraná. Para tanto foram selecionados 3 ha para coleta de dados de altura, diâmetro (DAP ≥ 3 cm) e localização de todos os indivíduos de canela-sassafrás com altura total ≥ 30 cm. Análises univariadas por meio da função K de Ripley foram realizadas para descrever os padrões espaciais dos indivíduos em fases distintas de regeneração e das árvores adultas desta espécie com diferentes tamanhos. Análises bivariadas com a função K12 foram aplicadas explorando a existência de interações espaciais entre árvores adultas da própria espécie com a regeneração e entre árvores adultas de espécies diversas com a regeneração da canela-sassafrás. Foi avaliada também a ocorrência de interações espaciais das árvores adultas mortas com indivíduos regenerantes de canela-sassafrás. A distribuição de frequência dos diâmetros e alturas em classes caracterizou curvas na forma de J-invertido, sugerindo uma boa capacidade de regeneração da espécie neste ambiente. A regeneração apresentou um padrão espacial agregado em todas as escalas até 25 m, relacionado provavelmente à ocorrência de manchas de habitat favorável. Os indivíduos adultos de canela-sassafrás apresentaram em geral um padrão espacial aleatório com uma tendência ao padrão regular até uma escala de aproximadamente 5 m, sugerindo uma possível competição intraespecífica das árvores nesta escala. A mudança do padrão espacial agregado para aleatório foi comprovada com a análise dos padrões espaciais para classes de tamanho dos indivíduos de canela-sassafrás. Interação negativa foi encontrada entre árvores adultas da própria espécie e das espécies Coussarea contracta e Ocotea porosa. Interação positiva foi encontrada entre árvores de Casearia decandra e Myrcia hebepetala. Algumas inferências foram feitas em relação aos processos subjacentes associados aos resultados.

PDF