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Coorc

Dinâmica (2002-2011) e modelagem do incremento diamétrico em fragmento de Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de Irati, Paraná

Mailson Roik

Defesa Pública: 30 de maio de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Solon Jonas Longhi – UFSM – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Roberto Sanquetta – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo analisar a composição florística, estrutura horizontal, dinâmica florestal e, ainda, testar a hipótese de que a estratificação dos dados pela análise de agrupamento pode melhorar a modelagem do incremento em diâmetro de espécies da Floresta Ombrófila Mista, bem como avaliar o efeito da utilização de outras variáveis dimensionais, sociológicas, de sítio e competição, além do DAP na estimativa do incremento diamétrico. Para isso, foram utilizados dados provenientes de 25 parcelas permanentes de um hectare cada (100 m x 100 m). Todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito maior ou igual a 10 cm (DAP≥10 cm) foram devidamente identificados e mensurados nos anos de 2002, 2005, 2008 e 2011. A análise da alteração na composição florística foi realizada pela presença ou não dos indivíduos em cada período avaliado. A estrutura horizontal foi caracterizada por meio dos parâmetros fitossociológicos de densidade, frequência e dominância das espécies, bem como do valor de importância. Os processos dinâmicos da floresta avaliados foram o incremento, ingresso e mortalidade. A modelagem do incremento foi realizada em nível de floresta, grupo ecológico e grupo de espécies, sendo estes definidos pela análise de agrupamento, com base nos valores de incremento diamétrico médio, por espécie, por classe de diâmetro. A modelagem foi realizada de duas formas: na primeira, procedeu-se o ajuste de oito modelos matemáticos que apresentam como variável independente apenas o DAP; na segunda, foram geradas, pelo procedimento Stepwise, equações para a estimativa do incremento diamétrico com base em variáveis dimensionais, sociológicas, de sítio e competição. A floresta apresentou pequenas alterações em relação a sua composição florística e elevada riqueza de espécies. Durante os nove anos de monitoramento foram registradas 124 espécies arbóreas, 84 gêneros e 42 famílias botânicas. O número de indivíduos diminuiu durante o período de avaliação, ao passo que o número de gêneros e espécies aumentou. A família Myrtaceae apresentou ser a de maior importância, com o maior número de espécies e indivíduos ingressos (22,3% do total). A floresta apresentou um incremento médio em diâmetro de 0,23 cm/ano e em área basal de 0,21 m²/ha/ano, destacando-se a Araucaria angustifolia que apresentou os incremento mais expressivos (0,42 cm/ano e 0,12 m²/ha/ano, respectivamente). A taxa de mortalidade média da floresta foi superior a taxa de ingresso (1,69% e 1,31%, respectivamente). A utilização de outras variáveis independentes, além do DAP, para a estimativa do incremento diamétrico, melhorou os ajustes, com a redução do erro padrão de estimativa e aumento do coeficiente de determinação. As variáveis mais correlacionadas com o incremento em diâmetro foram a forma e a posição da copa. A estratificação dos dados em grupos de maior similaridade, em relação ao crescimento, pela análise de agrupamento, não tornou os modelos apropriados para estimar o incremento em diâmetro, porém trouxe melhoras, reduzindo o erro padrão de estimativa.

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Padrões e interações espaciais na regeneração de Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer na Floresta Nacional de Irati, PR

Cilmar Antônio Dalmaso

Defesa Pública: 18 de maio de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Pedro Higuchi – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Mario Takao Inoue – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve o objetivo de analisar e descrever os padrões e interações espaciais e as características quali-quantitativas da regeneração da espécie arbórea Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer (canela-sassafrás) num fragmento de Floresta Ombrófila Mista localizado na Floresta Nacional (FLONA) de Irati, Região Centro Sul do estado do Paraná. Para tanto foram selecionados 3 ha para coleta de dados de altura, diâmetro (DAP ≥ 3 cm) e localização de todos os indivíduos de canela-sassafrás com altura total ≥ 30 cm. Análises univariadas por meio da função K de Ripley foram realizadas para descrever os padrões espaciais dos indivíduos em fases distintas de regeneração e das árvores adultas desta espécie com diferentes tamanhos. Análises bivariadas com a função K12 foram aplicadas explorando a existência de interações espaciais entre árvores adultas da própria espécie com a regeneração e entre árvores adultas de espécies diversas com a regeneração da canela-sassafrás. Foi avaliada também a ocorrência de interações espaciais das árvores adultas mortas com indivíduos regenerantes de canela-sassafrás. A distribuição de frequência dos diâmetros e alturas em classes caracterizou curvas na forma de J-invertido, sugerindo uma boa capacidade de regeneração da espécie neste ambiente. A regeneração apresentou um padrão espacial agregado em todas as escalas até 25 m, relacionado provavelmente à ocorrência de manchas de habitat favorável. Os indivíduos adultos de canela-sassafrás apresentaram em geral um padrão espacial aleatório com uma tendência ao padrão regular até uma escala de aproximadamente 5 m, sugerindo uma possível competição intraespecífica das árvores nesta escala. A mudança do padrão espacial agregado para aleatório foi comprovada com a análise dos padrões espaciais para classes de tamanho dos indivíduos de canela-sassafrás. Interação negativa foi encontrada entre árvores adultas da própria espécie e das espécies Coussarea contracta e Ocotea porosa. Interação positiva foi encontrada entre árvores de Casearia decandra e Myrcia hebepetala. Algumas inferências foram feitas em relação aos processos subjacentes associados aos resultados.

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Distribuição espacial de espécies da Floresta Ombrófila Mista na FLONA de Irati, Paraná

Gustavo Sartori Pottker

Defesa Pública: 27 de abril de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Ulisses Silva da Cunha – UFAM – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Nelson Yoshihiro Nakajima – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A análise do padrão espacial de árvores é uma forma lógica para o entendimento de fenômenos como competição e preferências ambientais de espécies florestais. O objetivo desta pesquisa foi desvendar fatores relacionados ao estabelecimento da floresta, assim como descrever e analisar preferências ambientais de algumas espécies arbóreas, com auxílio da Estatística Espacial. Para isso, utilizou-se dados do inventário da FLONA de Irati, contendo a posição das árvores em uma área de 25 hectares. Foram selecionadas sete espécies, para as quais o índice de agregação de McGuinnes foi utilizado como recurso tradicional para avaliação do padrão espacial de espécies. Em seguida, a estimativa da intensidade de primeira ordem de cada espécie foi obtida e confrontada com informações sobre altitude e tipos de solos. Em um segundo momento, as relações intraespecíficas foram estudadas com a função K de Ripley não homogênea, sendo estes resultados comparados com características ecológicas das espécies, como dispersão de sementes, tolerância a sombreamento e efeitos alelopáticos. Por meio da avaliação da intensidade das espécies, chegou-se à conclusão de que a distribuição espacial das espécies Ocotea odorifera e Ocotea porosa são afetadas claramente pela altitude. Cedrela fissilis e Casearia decandra demonstraram preferências por determinados tipos de solo. Finalmente, coincidências em relação à ocupação do espaço foram notadas para Nectandra grandiflora e Araucaria angustifolia, ocorrendo o contrário para Ocotea odorifera e Ilex paraguariensis, que ocuparam regiões distintas da área estudada. Com relação à função K de Ripley, verificou-se predominância de agregação para Araucaria angustifolia, Ilex paraguariensis e Nectandra grandiflora; uniformidade para Ocotea porosa; e aleatoriedade no padrão espacial de Casearia decandra, Ocotea odorifera e Cedrela fissilis. As técnicas utilizadas foram adequadas a descrever o padrão espacial de espécies, complementando o índice de McGuinnes, que é suscetível ao tamanho das parcelas.

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Potencialidade energética da madeira de duas espécies florestais via uso direto e através da pirólise

Heloisa Rancatti

Defesa Pública: 18 de abril de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Leif Nutto – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Dimas Agostinho da Silva – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente trabalho objetivou a avaliação do potencial energético da madeira e do carvão vegetal da bracatinga (Mimosa scabrella Bentham) e da uva-do-japão (Hovenia dulcis Thunberg). O carvão vegetal foi obtido em laboratório através da pirólise da madeira empregando-se combinações de três temperaturas finais (300, 400 e 500°C) e duas velocidades de aquecimento (3 e 5°C/min). Foram determinadas as propriedades das madeiras por meio de sua caracterização (análise química imediata e elementar, poder calorífico superior e inferior) e posteriormente os parâmetros de qualidade do carvão vegetal pelo cálculo do rendimento gravimétrico e energético em carvão vegetal; percentual de gases não condensáveis e licor pirolenhoso; análise química imediata e elementar; poder calorífico superior e inferior; e friabilidade. Com base nos resultados obtidos concluiu-se que: a) As madeiras de bracatinga e uva-do-japão apresentaram diferença estatística apenas para o teor de materiais voláteis, teor de cinzas e de nitrogênio; sendo iguais para os demais parâmetros avaliados; b) O rendimento gravimétrico e energético em carvão vegetal diminuíram com o aumento da temperatura final da pirólise para as duas espécies estudadas; c) O rendimento em licor pirolenhoso não sofreu influência significativa da temperatura final e da velocidade de aquecimento; d) O aumento da temperatura final diminuiu o teor de materiais voláteis e aumentou o teor de carbono fixo e de cinzas; e) A temperatura final provocou alterações dos percentuais de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e enxofre do carvão vegetal, enquanto que a velocidade de aquecimento não foi significativa nos seus componentes elementares; f) O poder calorífico aumentou com o aumento da temperatura final para as duas espécies estudadas; g) O rendimento em carbono fixo não foi influenciado pela temperatura final e pela velocidade de aquecimento para a bracatinga e diminuiu com o aumento da temperatura final para a uva-do-japão; h) A friabilidade do carvão vegetal da uvado-japão não foi influenciada pelos dois fatores estudados, enquanto que a do carvão de bracatinga aumentou com o aumento da velocidade de aquecimento.

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Aplicação da coagulação, floculação e sedimentação como pós-tratamento de efluente de uma indústria de papel e celulose

Jóice Cristini Kuritza

Defesa Pública: 15 de março de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Giovana Kátie Wiecheteck – UEPG – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Marcelo Real Prado – UTFPR – Segundo Examinador
Prof. Dra. Jeanette Beber de Souza – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo do trabalho foi avaliar o emprego do conjunto coagulação/floculação/sedimentação no pós-tratamento do efluente de uma estação de tratamento de efluentes de uma indústria de papel e celulose. Foram realizados testes em laboratório, em equipamento de bancada do tipo jar-test, para estabelecer as melhores configurações operacionais do tratamento empregado. Os testes foram divididos em três etapas: o objetivo da primeira etapa foi verificar a eficiência do tratamento com aplicação individual de coagulante (PAC – cloreto de polialumínio), definir os parâmetros operacionais de mistura lenta e de sedimentação, escolher o polímero a ser usado como auxiliar de floculação além de obter uma primeira indicação das melhores dosagens de coagulante e polímero. Na etapa 02 foram realizados mais testes de coagulação/floculação/sedimentação testando ampla faixa de dosagens de coagulante combinada com diferentes dosagens de polímero aniônico. Além disso, foram testados tempos menores de floculação. O êxito do tratamento foi medido em função da remoção de turbidez, cor aparente e verdadeira e DQO, além da análise de IVL – índice de volume de lodo. Na etapa 03 foram feitos dois ensaios, um de coagulação/floculação/sedimentação para definir a melhor dosagem de polímero e verificar principalmente se o tratamento era eficiente na remoção de lignina e AOX, e um ensaio de microfiltração, em uma unidade piloto, para avaliar o desempenho do sistema quando submetido a efluente tratado na melhor configuração de coagulação/floculação/sedimentação encontrada. Os resultados indicaram que a coagulação/floculação/sedimentação melhorou as características do efluente, com redução de até 98% de turbidez, 95% de cor aparente, 93% de cor verdadeira e 75% de DQO, utilizando dosagem de PAC de 250mg/L e 1mg/L de polímero aniônico. Em valores residuais, a turbidez foi reduzida a 1,86uT, a cor aparente a 92uC, a cor verdadeira a 79uC e a DQO a 78mg/L. Além disso, houve remoção de 60% dos AOX e 70% de lignina. O lodo gerado pelo tratamento com polímero apresentou melhores condições de sedimentabilidade, ao contrário das configurações em que foi utilizado somente coagulante. No emprego do efluente tratado por coagulação/floculação/sedimentação na unidade piloto de microfiltração, houve melhoria significativa no fluxo de permeado em relação ao fluxo de permeado da filtração do efluente sem pré-tratamento. Sendo assim, o tratamento empregado apresentou grande potencialidade de aplicação como pós-tratamento de efluente de indústria de papel e celulose e também como pré-tratamento de efluentes de membranas de microfiltração.

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Qualidade de painéis aglomerados produzidos com mistura de madeiras de quatro espécies florestais

Felipe Luis Sanches

Defesa Pública: 28 de fevereiro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Clóvis Roberto Haselein – UFSM – Primeiro Examinador
Prof. Dr. José Guilherme Prata – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade de painéis aglomerados fabricados com partículas de madeira de Pinus taeda (pinus), Eucalyptus saligna (eucalipto), Mimosa scabrella (bracatinga) e Hovenia dulcis (uva-do-japão) em diferentes proporções de misturas e em duas composições da chapa. As chapas foram produzidas nas proporções de 100% (pinus), 50-50%, 50-25-25% e 25-25-25-25% de cada espécie para os painéis homogêneos e nas proporções de 50-50% e 100% (pinus) para os painéis multicamadas. O adesivo usado foi à base de uréia-formaldeído e a massa específica nominal estabelecida foi de 0,65 g/cm³. Foram avaliadas as propriedades de umidade de equilíbrio, absorção de água, inchamento em espessura, flexão estática, tração perpendicular à superfície da chapa (ligação interna) e arrancamento de parafusos. As análises permitiram avaliar o efeito da utilização da madeira das diferentes espécies em misturas na fabricação dos painéis aglomerados. Os resultados foram também comparados aos requisitos das normas ANSI A 208.1, DIN 68761 (1), (3) – 1967 e pelo Wood handbook (USDA). Os valores das propriedades de flexão estática, ligação interna e arrancamento de parafusos aumentaram com o aumento da proporção de pinus e uva-do-japão e diminuíram com aumento da proporção de bracatinga e eucalipto. Para as propriedades de absorção de água e inchamento em espessura, a madeira de eucalipto apresentou maiores valores em relação ao pinus. A madeira de bracatinga comportou-se de maneira semelhante à madeira de uva-do-japão, havendo vantagem para esta última espécie. Portanto, para as propriedades mecânicas, pode-se concluir que as espécies que mais se destacaram foram o pinus e a uva-do-japão e para as propriedades físicas, o eucalipto e a uvado-japão. Em relação à composição, os painéis multicamadas, em sua maioria, apresentaramse superiores aos painéis homogêneos.

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Aplicação da flotação por ar dissolvido como pós-tratamento de efluente de lodo ativado em uma indústria de papel e celulose

Larissa Quartaroli

Defesa Pública: 16 de fevereiro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Ivete Vasconcelos Lopes Ferreira – UFAL – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Miguel Mansur Aisse – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dra. Jeanette Beber de Souza – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o desempenho da flotação por ar dissolvido no pós-tratamento de efluentes de lodo ativado em uma indústria de papel e celulose. Os testes variando dosagem de coagulante e polímero (polímero aniônico e polímero catiônico) foram realizados em escala de laboratório, com o uso do equipamento flotateste. Em todos os testes foram fixados os valores de mistura rápida (500 s -1 ), o tempo de mistura rápida (60 s), pressão de saturação (5 bar) e tempo de saturação do ar na câmara de saturação (15 mim), os demais parâmetros foram investigados e variados durante a pesquisa. Os testes foram divididos em três etapas: O objetivo da etapa 1 foi avaliar a resposta do sistema de flotação sem o uso de polímeros e apenas coagulante (fase 1), com o uso de polímero aniônico (fase 2) e polímero catiônico (etapa 3). Na etapa 2 foram realizados testes de microfiltração tangencial e análise do fluxo de permeado com o efluente da melhor configuração de flotação alcançada. Na etapa 3 avaliou-se a remoção de lignina e compostos orgânicos halogenados (AOX) dos melhores resultados de flotação. Os resultados indicaram que a flotação com polímero catiônico melhorou as características do efluente, com redução de até 90% de turbidez, 85% da cor aparente, 88% de cor verdadeira e 68% de DQO, utilizando dosagem de coagulante PAC de 175 mg.L-1 e 50 mg.L-1 de polímero catiônico, com velocidade de flotação de 9,0 cm/ mim, excelentes resultados para a redução da incrustação de membranas de microfiltração. Os testes de lignina e compostos orgânicos halogenados (AOX) mostrou remoção de mais de 65% desses parâmetros. A flotação apresentou grande potencialidade de aplicação no pós-tratamento de efluente de indústria de papel e celulose e no pré-tratamento de efluentes membranas de microfiltração.

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Modelagem em nível de povoamento para Eucalyptus sp. com estratificação em classes de precipitação pluviométrica

Rodrigo Otávio Veiga de Miranda

Defesa Pública: 14 de fevereiro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Gilciano Saraiva Nogueira – UFVJM – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Maria Augusta Doetzer Rosot – EMBRAPA – Segunda Examinadora
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo desta pesquisa foi realizar a modelagem do crescimento e da produção para povoamentos de Eucalyptus sp., considerando áreas estratificadas por classes de precipitação pluviométrica. Os dados provem de plantios clonais de Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla, obtidos de uma rede de parcelas permanentes de um inventário florestal contínuo, com idades variando de 15 a 84 meses, localizados na região Nordeste do Estado da Bahia. Foram ajustados modelos hipsométricos e volumétricos, sendo estes últimos ajustados da maneira tradicional e também por classe de diâmetro, aplicando-se o teste F (Graybill, 1976) para detectar possíveis diferenças estatísticas entre as estimativas obtidas por estas duas alternativas. Foram testados modelos para estimar altura dominante em função da idade, utilizando-se os dados sem estratificação (tradicional) e estratificados por classes de precipitação. Para analisar a possibilidade de diferenças estatísticas entre as estimativas de altura dominante em cada uma destas classes, foi empregado o teste de Dette e Neumeyer (2001). Para o processo de modelagem do crescimento e da produção, empregou-se o modelo de Clutter (1963). A área basal inicial foi baseada na média aritmética em cada sítio especificado, nas duas alternativas empregadas. Para averiguar possíveis diferenças estatísticas das estimativas de produção do ajuste sem e com estratificação por classe de precipitação, em relação aos respectivos valores observados, foram selecionadas 120 parcelas e aplicado o teste F (Graybill, 1976). Os resultados demonstraram que não ocorreram diferenças estatísticas entre as estimativas de volume individual obtidas da maneira tradicional e por classe de diâmetro com os respectivos valores observados. A partir do teste de Dette e Neumeyer (2001), as classes de precipitação foram validadas, indicando haver diferença estatística entre as estimativas de altura dominante. Em termos de projeção da produção, não ocorreram diferenças estatísticas entre as duas alternativas em relação aos valores observados, com leve superioridade dos dados sem estratificação por classes de precipitação.

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Dinâmica e projeção em remanescente de Floresta Ombrófila Mista na Flona de São Francisco de Paula, RS

Ângelo Augusto Ebling

Defesa Pública: 10 de fevereiro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Sylvio Pellico Netto – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Solon Jonas Longhi – UFSM – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O estudo dos processos dinâmicos que configuram as florestas naturais são essenciais para a compreensão do funcionamento das comunidades vegetais, direcionar planos de manejo sustentados, recuperar e restaurar áreas degradadas. O presente estudo tem como objetivo analisar os processos dinâmicos de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, no município de São Francisco de Paula, RS. Para isso, foram utilizados dados provenientes de inventário florestal contínuo com amostragem de repetição total em dez conglomerados permanentes de 100 x 100 m remedidos anualmente, entre os anos de 2000 a 2009. Todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito maior ou igual a 9,5 cm (DAP ≥ 9,5 cm) foram identificados e tiveram suas informações dendrométricas mensuradas, considerando os recrutamentos e a mortalidade para o mesmo período. Foram avaliados o comportamento estrutural da floresta e sua interação com os dados meteorológicos locais e realizada a projeção da estrutura diamétrica da floresta. Os resultados indicaram que a floresta não sofreu alterações profundas em sua estrutura no período avaliado. Observou-se elevada Densidade (DA = 787 ind/ha) e Dominância (DoA = 46,13m²/ha), altos valores relacionados aos índices de diversidade de Shannon (H’ = 3,71 nats/ind), Dominância de Simpson (D = 0,96) e Equabilidade de Pielou (J’ = 0,79). As taxas referentes à mortalidade superaram as de recrutamento, sugerindo uma gradual redução dos indivíduos e com aumento de área transversal, justificando o amadurecimento do remanescente. A floresta apresentou um crecimento intermediário comparado à demais remanescentes ( = 0,126 cm/ano). A espécie Araucaria angustifolia indicou ser a mais importante na floresta, com crescimento intermediário ( = 0,152 cm/ano) e sua projeção diamétrica demonstra uma estrutura praticamente estagnada, com redução gradual de seus indivíduos ao longo do tempo. A espécie com maior potencial de crescimento foi a Cinnamomum glaziovii ( = 0,332 cm/ano), e a projeção diamétrica da família Lauraceae indicou aumento de sua importância na floresta no decorrer do tempo. As taxas de crescimento, mortalidade e recrutamento apresentaram plasticidade ao longo do período amostrado, com simetria em relação aos dados de precipitação, em que as menores taxas de crescimento e maiores de mortalidade coincidiram com as de menor precipitação. De modo geral, as condições climáticas influenciaram no comportamento da floresta, porém, não impediram o seu avanço sucessional, o qual configura cada vez mais sua composição primária.

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Dinâmica e correlações ambientais em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista Aluvial em Guarapuava, PR

Aurélio Lourenço Rodrigues

Defesa Pública: 10 de fevereiro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Carlos Roberto Sanquetta – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. André Felipe Hess – UDESC – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo teve como objetivo caracterizar a composição florística e estrutura de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Aluvial no município de Guarapuava, PR; avaliar a dinâmica da floresta no período de 2007 e 2011; bem como analisar a influência de variáveis ambientais sobre a vegetação arbórea ao longo de um gradiente ambiental. Para as avaliações florísticas, fitossociológicas e de dinâmica da floresta foram utilizadas 6 unidades amostrais permanentes de 500 m², divididas em 30 subunidades de 100 m² cada, totalizando uma área amostral de 0,3 ha. As unidades foram instaladas em 2007 e as árvores com DAP ≥ 5 cm foram medidas, identificadas e plaqueadas para as avaliações posteriores. Em 2011 as árvores tiveram o DAP remedido, sendo contabilizados a mortalidade e ingresso. Para o estudo das correlações entre variáveis ambientais e a vegetação foram empregados 3 transecções (A, B e C) ao longo de um gradiente ambiental. As transecções foram divididas em subunidades de 100 m² onde as árvores com DAP ≥ 5 foram medidas, identificadas e plaqueadas. Amostras de solos foram coletadas em cada subunidade para as análises químicas e físicas e a compactação foi avaliada também em cada subunidade com o uso de penetrômetro digital. Ao todo foram observadas 44 espécies na área de estudo, com o Índice de Diversidade de Shannon variando entre 2,62 em 2007 e 2,67 em 2011. Sebastiania commersoniana foi apontada como a espécie mais representativa da comunidade arbórea, apresentando os maiores valores de Densidade, Dominância, Frequência e, consequentemente, de Valor de Importância em ambas as avaliações (22,20% e 22,72%, respectivamente), seguida por Matayba elaeagnoides, Prunus myrtifolia e Ilex theezans. A floresta apresentou incremento médio em área basal de 0,86 m².ha.ano-1, e incremento diamétrico médio de 0,24 cm.ano-1, A taxa de mortalidade média para a floresta foi superior à taxa de ingresso (3,77% ano-1 e 2,88% ano-1, respectivamente). Quanto à caracterização do solo da área de estudo, este apresentou de modo geral acidez elevada, alta concentração de Al+3, e baixa saturação por bases, caracterizando solos de baixa fertilidade. A análise granulométrica indicou a predominância da textura argilosa em todas as subunidades e a análise da compactação não demonstrou a existência de solos significantemente compactados. Evidenciou-se com base na análise de agrupamentos a existência de gradiente edáfico nas transecções B e C e a análise de componentes principais identificou as variáveis pH e Ca como as mais determinantes entre as variáveis analisadas. A análise de correspondência canônica evidenciou a ocorrência preferencial das espécies Sebastiania commersoniana, Allophylus edulis e a exótica Ligustrum lucidum em locais com maiores concentrações dos nutrientes Ca, Mg, e P, e em locais de maior competição, representada pela área basal. Por outro lado, as espécies Prunus myrtifolia e Vitex megapotamica apresentaram ocorrência preferencial em locais de menor pH e consequentemente, com maiores concentrações de Al+3, e solos mais compactados. Conclui-se que a baixa diversidade florística, grande predomínio de poucas espécies e desequilíbrio entre taxas de mortalidade e ingresso, como observados na área de estudo, podem sem consequência dos fatores ambientais limitantes em ambientes aluviais, e as questões relacionadas à drenagem do solo e nível do lençol freático podem ser mais restritivas ao estabelecimento e desenvolvimento de espécies arbóreas que as questões de fertilidade do solo.

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