Gustavo Sartori Pottker

Defesa Pública: 27 de abril de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Ulisses Silva da Cunha – UFAM – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Nelson Yoshihiro Nakajima – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A análise do padrão espacial de árvores é uma forma lógica para o entendimento de fenômenos como competição e preferências ambientais de espécies florestais. O objetivo desta pesquisa foi desvendar fatores relacionados ao estabelecimento da floresta, assim como descrever e analisar preferências ambientais de algumas espécies arbóreas, com auxílio da Estatística Espacial. Para isso, utilizou-se dados do inventário da FLONA de Irati, contendo a posição das árvores em uma área de 25 hectares. Foram selecionadas sete espécies, para as quais o índice de agregação de McGuinnes foi utilizado como recurso tradicional para avaliação do padrão espacial de espécies. Em seguida, a estimativa da intensidade de primeira ordem de cada espécie foi obtida e confrontada com informações sobre altitude e tipos de solos. Em um segundo momento, as relações intraespecíficas foram estudadas com a função K de Ripley não homogênea, sendo estes resultados comparados com características ecológicas das espécies, como dispersão de sementes, tolerância a sombreamento e efeitos alelopáticos. Por meio da avaliação da intensidade das espécies, chegou-se à conclusão de que a distribuição espacial das espécies Ocotea odorifera e Ocotea porosa são afetadas claramente pela altitude. Cedrela fissilis e Casearia decandra demonstraram preferências por determinados tipos de solo. Finalmente, coincidências em relação à ocupação do espaço foram notadas para Nectandra grandiflora e Araucaria angustifolia, ocorrendo o contrário para Ocotea odorifera e Ilex paraguariensis, que ocuparam regiões distintas da área estudada. Com relação à função K de Ripley, verificou-se predominância de agregação para Araucaria angustifolia, Ilex paraguariensis e Nectandra grandiflora; uniformidade para Ocotea porosa; e aleatoriedade no padrão espacial de Casearia decandra, Ocotea odorifera e Cedrela fissilis. As técnicas utilizadas foram adequadas a descrever o padrão espacial de espécies, complementando o índice de McGuinnes, que é suscetível ao tamanho das parcelas.

PDF