João Fábio Machado

Defesa Pública: 23 de setembro de 2016

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Setsuo Iwakiri – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Alexsandro Bayestorff da Cunha – UDESC – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade técnica de utilização das madeiras de paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex. Ducke) e embaúba (Cecropia palmata Willd.) para produção de lâminas, e compensados de uso externo, utilizando dois tipos de adesivos e diferentes composições de lâminas. As árvores de paricá e de embaúba foram coletadas em uma área de floresta plantada a partir do enriquecimento de clareira no município de Dom Eliseu no estado do Pará. As lâminas de pinus foram doadas por uma empresa situada no município de Irati, estado do Paraná. Determinou-se a densidade básica das madeiras através da norma NBR11941/2003, avaliou-se o rendimento da laminação das espécies paricá e embaúba e a qualidade das lâminas das três espécies, através das normas para classificação de painéis de madeira compensada de folhosa e conífera (NBR/ABNT 2426, 2006). Os painéis com dimensões (60x60cm) foram produzidos em laboratório e utilizaram madeiras puras das três espécies, e duas combinações entre as espécies paricá e embaúba, totalizando cinco composições coladas com os adesivos, fenol-formaldeído (FF) com 35,3% de sólidos, tanino-formaldeído (TF) com 43,9% de sólidos e gramatura de 145 g/m² em linha simples. As propriedades tecnológicas dos painéis foram avaliadas de acordo com as recomendações descritas nas normas ABNT. Como resultados, tem-se: (i) as densidades básicas das espécies, sendo 0,42 g/cm³ para o pinus, 0,37 g/cm³ para a embaúba e 0,28 g/cm³ para o paricá; (ii) o rendimento em lâminas para o paricá foi de80,03% e o da Embaúba 46,37%; (iii) a maior quantidade de lâminas para as espécies paricá e embaúba foram obtidas na classe II, e para o pinus na classe IV; (iv) os painéis produzidos com adesivo fenol-formaldeído apresentaram melhores resultados de colagem; (v) os painéis produzidos com madeira de embaúba e adesivo fenol-formaldeído, tanto puro como em combinação com a madeira de paricá, apresentaram propriedades tecnológicas satisfatórias para uso exterior; (vi) em geral verificou-se neste estudo que a embaúba com paricá e embaúba pura, como sendo as melhores composições, e o melhor adesivo para os painéis foi o fenol formaldeído, pois o tanino não apresentou bom desempenho na gramatura em que foi utilizado.

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