Ausência, Carlos Drummond de Andrade
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Poema escrito por Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) foi um poeta brasileiro. “No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho”. Este é um trecho de uma das poesias de Drummond, que marcou o 2º Tempo do Modernismo no Brasil. Foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
o poema trata sobre o sentimento de ausência, de vazio a nossa volta é algo que acontece muito frequentemente hoje em dia e as vezes isso ocorre pela falta de alguém importante naquele momento, porém esse é um sentimento nosso, de cada um e que dificilmente sairá de nós.
Referências:
Disponível em <http://www.citador.pt/poemas/ausencia-carlos-drummond-de-andrade> acesso : 05/07/2017
CUNHA, Antonieta. Disponível em:<http://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/portugues/carlos_drummond_de_andrade > acesso 05/07/2017
Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho nasceu no dia 7 de setembro de 1901, na cidade do rio de janeiro. Foi a primeira grande autora de literatura e a principal voz feminina de nossa poesia moderna. É possível perceber a musicalidade nos escritos de Cecília. A escritora utiliza técnicas literárias tradicionais para compor seus versos, a estruturação do soneto é um exemplo. Ainda é importante lembrar que são temas constantemente retratados em seus poemas a morte, o amor, tempo, memória o eterno e o efêmero. A morte se fez presente muito cedo na vida da autora, que perdeu a mãe com apenas três anos de idade. Assim, é perceptível o quanto a vida pessoal se insere na obra literária de Meireles.
Segue uma poesia de sua autoria:
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecilia Meireles.
Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/cecilia-meireles.html> acesso em 22/05/2017.
Disponível em: <https://pensador.uol.com.br/cecilia_meireles_poemas/ >acesso em 22/05/2017.