Avaliação do biofertilizante Supermagro na produção de mudas de Eucalyptus dunnii Maiden
Maria Elena Bonatto Pichler
Defesa Pública: 02 de dezembro de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Ivar Wendling – EMBRAPA – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Fabiana Schmidt Bandeira Peres – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dra. Kátia Cylene Lombardi – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A produção de mudas florestais em quantidade e qualidade é uma das fases mais importantes para o estabelecimento de povoamentos florestais. Este trabalho teve como objetivo geral avaliar a qualidade de mudas de Eucalyptus dunnii Maiden produzidas com o uso do Biofertilizante supermagro® e a sua viabilidade econômica; e como objetivos específicos: Avaliar a qualidade das mudas de Eucalyptus dunnii produzidas com uso do biofertilizante Supermagro®; Identificar a melhor recomendação (Concentração versus Intervalo de aplicação) do Biofertilizante Supermagro® para produção de mudas de Eucalyptus dunnii; Comparar os custos de fertilização utilizando Supermagro® com o custo da fertilização química convencional. Os resultados obtidos são provenientes de dois experimentos realizados em agosto e setembro de 2010, na estufa do Viveiro Florestal da M & M Florestal, no Município de Palmas, Estado do Paraná. Os experimentos foram instalados com delineamento inteiramente casualizado. Foram aplicados 10 tratamentos e quatro repetições. No primeiro, havia 80 mudas por parcela experimental e no segundo 40. Nestes dois experimentos, avaliou-se primeiro a influência da adubação química e de três concentrações de Supermagro® , com intervalos de aplicação de 14 dias na produção de mudas de Eucalyptus Dunnii. Posteriormente, foi avaliada a interação entre três concentrações de Supermagro® e três intervalos de aplicação. Com a realização do presente trabalho, pôde-se concluir que mudas adubadas com biofertilizante Supermagro® com concentrações inferiores ou iguais a 5% não alcançaram os valores médios de altura e diâmetro de coleto para atender aos padrões de qualidade recomendados. Entretanto, mudas adubadas com Supermagro® em concentrações de 10, 15 ou 20%, de 14 em 14 dias, atendem aos padrões recomendados de altura e diâmetro de coleto, apesar destes terem sido inferiores aos das mudas que receberam adubação química. A partir destes resultados, as concentrações de 10, 15 ou 20 % de Supermagro® aplicadas em intervalos de 7, 14 ou 28 dias poderiam ser utilizadas como uma alternativa viável à adubação química, uma vez que o Índice de Qualidade de Dickson não foi influenciado por concentrações de Supermagro® de 10 a 20%, sendo que, o biofertilizante proporciona melhores resultados quando aplicado de 14 em 14 ou de 28 em 28 dias. O tratamento com Supermagro® a 10% aplicado a cada 28 dias foi o que apresentou o menor custo (0,3 centavos por mudas).
Influência do uso da terra na produção apícola
Mateus Ruginski Marochi
Defesa Pública: 07 de outubro de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Adalberto Brito de Novaes – UESB – Primeiro Examinado
Prof. Dr. Angelo Evaristo Sirtoli – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo estabelecer possíveis relações entre o uso da terra do entorno de cinco apiários, composto por diversos pastos apícolas, considerando diferentes raios de proximidade e suas produções de mel. Foram utilizadas imagens orbitais do satélite SPOT com resolução espacial de 5 metros para elaborar a classificação de uso da terra nas áreas de abrangência de cada apiário utilizando o método de classificação e interpretação através da vetorização sobre tela, além de intenso trabalho de campo. A seguir, os dados obtidos foram relacionados com dados de produção média de mel de cada apiário. Os resultados demonstraram que foi possível estabelecer relações entre as variações de uso da terra do entorno dos apiários, considerando diferentes raios de proximidade, e suas produções médias de mel.
Desenvolvimento de mudas de Cedrela fissilis, Ocotea porosa e Vitex megapotamica sob diferentes luminosidades
Daiana Mara Linzmeier
Defesa Pública: 19 de agosto de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Franklin Galvão – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Antonio José de Araujo – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Mario Takao Inoue – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Este projeto teve como hipótese de trabalho que as espécies florestais têm exigências e respostas a condições luminosas diferenciadas, sendo um dos principais fatores determinantes do sucesso de projetos de recuperação florestal. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes níveis de intensidades luminosas na morfologia e no desenvolvimento das espécies florestais: Cedrela fissilis, Ocotea porosa e Vitex megapotamica. O experimento foi conduzido em campânulas, com plantas distribuídas em três condições diferentes de luz, constituídos por um gradiente de luminosidade média em relação à plena luz do dia de: 100%, 50% e 10%. No período de oito meses, a altura da muda e o diâmetro do coleto foram medidos em intervalos de 30 dias. Ao final do experimento, aos 210 dias, foram avaliados através do método destrutivo: área foliar, biomassa seca da parte aérea, de raízes e total. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, constituídos de três tratamentos (espécies) e quinze repetições (com parcelas de uma planta. Para a avaliação dos ensaios usou-se análise da variância (ANOVA), e as médias obtidas foram comparadas por meio do teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Para a avaliação das espécies em relação aos diferentes níveis de intensidades luminosa testados aplicou-se o teste t comparando-se os ensaios dois a dois. Com base nos resultados obtidos, foi possível chegar às seguintes conclusões: a altura e diâmetro do coleto das mudas de cedro-vermelha, foram superiores à ocotea-imbuia e tarumã-azeitona nos três regimes de luz testados. A área foliar não foi influenciada pelos níveis de luminosidade. Na condição luminosa de 10%, a área foliar específica do tarumã-azeitona foi evidentemente superior se comparada a cedro-vermelha e ocotea-imbuia. Sob a plena luz do dia, não foi verificada influência na produção de biomassa de raízes.
Análise operacional, ergonômica e de custos das atividades de roçada e poda em plantios florestais
Felipe Martins de Oliveira
Defesa Pública: 31 de maio de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Amaury Paulo de Souza – UFV – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise operacional, ergonômica e de custos das atividades de roçada e poda em florestas plantadas, realizadas pelos métodos manual e semimecanizado, visando o aumento de produtividade e melhoria das condições de segurança e saúde dos trabalhadores. A pesquisa foi realizada em uma empresa prestadora de serviços florestais, localizada na região do Norte Pioneiro, Estado do Paraná. A avaliação operacional consistiu em um estudo de tempos e movimentos, determinando a produtividade e a eficiência do trabalho, bem como foi realizada uma avaliação da qualidade das atividades de poda executadas por ambos os métodos de trabalho. A análise de custos foi feita por meio do levantamento dos custos operacionais e de produção em todas as atividades estudadas. A avaliação ergonômica envolveu a determinação da carga de trabalho físico utilizando um monitor de frequência cardíaca. Além disso, foi realizada uma avaliação biomecânica por meio de filmagens dos trabalhadores na execução das atividades, sendo os dados analisados nos softwares WinOWAS (Análise de Postura) e 3DSSPP (Programa de Predição de Postura e de Força Estática 3D). Os resultados indicaram que a produtividade da roçada foi semelhante em ambos os métodos de trabalho, enquanto nas três podas, o método semimecanizado apresentou melhor qualidade e maior produtividade. Em ambas as atividades, os custos de produção foram superiores no método semimecanizado. A carga cardiovascular média dos trabalhadores na execução das atividades nos diferentes métodos de trabalho esteve abaixo do limite máximo recomendado de 40%, sendo o trabalho classificado como moderadamente pesado. A atividade de roçada manual exigiu um maior esforço físico dos trabalhadores, sendo a atividade classificada como pesada, além de ter ocasionado as piores posturas, principalmente em relação à coluna lombar dos trabalhadores. As articulações do quadril e ombros foram as mais afetadas na execução da poda, porém com pouco risco de lesão aos trabalhadores. Apesar do maior custo de produção, as atividades executadas pelo método semimecanizado propiciaram diversos benefícios como maior segurança, saúde e qualidade do trabalho, comprovando a viabilidade da mecanização nas atividades silviculturais.
Análise temporal do uso da terra no município de Balsa Nova-PR
Luiz André Tissiani Scharlau
Defesa Pública: 18 de março de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Marcos Benedito Schimalski – UnC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Francisco Darío Maldonado – UADER – Segundo Examinador
Prof. Dr. Attilio Antonio Disperati – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo detectar mudanças no uso e cobertura da terra ocorridas entre os anos de 1980 a 2009, em uma área de 10.370,0 hectares, localizada no município de Balsa Nova-PR, utilizando fotoimagens (1980) com resolução espacial de 2 m, ortoimagens (2000) com resolução espacial de 0,84 m e imagens de satélite Landsat 5 TM (2001 e 2009) com resolução espacial de 30 m. Gerou-se mapas de uso e cobertura da terra para os anos de 1980 e 2000, onde por interpretação visual/manual em tela do computador, obteve-se sete e oito classes, respectivamente, resultando diferenças entre as áreas das classes apresentadas, porém, evidenciou-se que na classe Floresta Natural não houve alteração, nesse período, enquanto que a classe Floresta Plantada sofreu um aumento de 554,1%. Quanto ao mapa de dinâmica do uso e cobertura 1980/2000, elaborado com a técnica de detecção por comparação pós-classificação, com dezesseis classes temáticas, apresentou resultados não confiáveis, haja vista erros geométricos no mosaico de 1980, inclusive diferenças de interpretação das classes temáticas nas duas datas consideradas. Devido indisponibilidade de imagens de satélite do ano 2000, isenta de nuvens, na elaboração do mapa das mudanças, utilizou-se imagem de 2001, realizada através da técnica de Rotação Radiométrica Controlada por Eixo de Não Mudança (RCEN). O mapa de uso e cobertura da terra de 2000 sofreu reamostragem para 30 metros, onde na sequência foi cruzado com o mapa das mudanças 2001-2009, pela técnica de detecção de mudanças por comparação pós-classificação, resultando o mapa da dinâmica do uso e cobertura 2001-2009. Realizou-se ainda a coleta de pontos amostrais para validação do mapa das mudanças 2001-2009 e posterior atualização do mapa de uso e cobertura da terra de 2000 para o mapa da dinâmica do uso e cobertura 2009. Esta técnica, RCEN, dispensa menos tempo para seu processamento, mas necessita de coleta de pontos amostrais para viabilizar classes temáticas que sofrem mudanças. É uma técnica de utilização rápida, não necessitando de correção atmosférica das imagens, sobretudo para as classes temáticas que não apresentam confusão. Contudo, as classes Floresta Natural e Floresta Plantada sofreram redução de área no período de 2001-2009.
Florística, estrutura e dinâmica de uma Floresta Ombrófila Mista no norte do Estado de Santa Catarina
Rafael Cubas
Defesa Pública: 02 de março de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Solon Jonas Longhi – UFSM – Primeiro Examinador
Prof. Dr. André Felipe Hess – UDESC – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A composição florística, estrutura horizontal, distribuição diamétrica e a dinâmica (ingresso, crescimento, mortalidade) foram avaliadas em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, localizado na Floresta Nacional de Três Barras, município de Três Barras, estado de Santa Catarina, em um período de 5 anos (2004-2009). Em 2004, foram instaladas e medidas 26 parcelas permanentes, cada uma com 1 ha de área. Essas parcelas foram subdivididas em 10 m x 50 m (0,05 ha), tendo-se, portanto, 20 subunidades por parcela e um total de 520 subunidades. Em 2009, estas parcelas foram remedidas, e em ambas as ocasiões, todas as árvores com diâmetro a 1,3 m (DAP) igual ou superior a 10 cm foram medidas, identificadas botanicamente, numeradas e posicionadas de acordo com as coordenadas X, Y. Foram encontrados 18.977 fustes e 18.754 árvores (721,30 árvores/ha) em 2004 e 18.649 fustes e 18.427 árvores (708,73 árvores/ha) em 2009. Em ambas as medições, foram identificadas 72 espécies pertencentes a 29 famílias e 53 gêneros. Os índices de diversidade de Shannon (H´), Simpson (C) e índice de equabilidade de Pielou (J) indicaram que a área estudada possui uma alta diversidade e homogeneidade florística. De acordo com os parâmetros fitossociológicos de estrutura horizontal, Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Ocotea porosa (Nes & Mart.) Barroso, Cupania vernalis Cambess., Ocotea puberula (Rich.) Nes, Ilex paraguariensis A. St-Hil., Cinnamomum vesiculosum (Ness) Kostem., Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman, Jacaranda micrantha Cham., Clethra scabra Pers. e Myrcia rostrata DC. são as espécies mais importantes na floresta sob estudo. A floresta apresentou uma distribuição diamétrica decrescente, como esperado. O incremento periódico anual em diâmetro foi de 0,27 cm/ano. A área basal por hectare foi de 31,14 m2 /ha, em 2004 e de 33,49 m 2 /ha, em 2009, com um incremento médio de 0,28 m²/ha/ano. A taxa anual de mortalidade dos indivíduos arbóreos foi de 2,14% e de ingresso de 2,01%. Os resultados, notadamente os da área basal, indicam que a floresta continua crescendo para atingir seu estoque completo e sua consequente maturidade.
Avaliação de um sistema de colheita de Pinus taeda L. em diferentes produtividades do povoamento
André Leonardo Nasser Pereira
Defesa Pública: 28 de fevereiro de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Angelo Márcio Pinto Leite – UFVJM – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Ezer Dias de Oliveira Júnior – FT – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo realizar uma análise técnica e econômica de um sistema de colheita de madeira de árvores inteiras em plantios florestais com diferentes produtividades, visando subsidiar o planejamento, aumento de produtividade e redução de custos. Devido às características operacionais da colheita de madeira e sua relevante participação nos custos de produção torna-se necessário o conhecimento da real capacidade produtiva, custos de produção e variáveis de influência no sistema de colheita de madeira. A análise técnica e econômica foi realizada por meio do estudo de tempos e movimentos, determinando os custos operacionais e de produção, produtividade e eficiência operacional dos equipamentos Feller Buncher, Skidder, Motosserra e Harvester, componentes do sistema e suas interrupções. A coleta dos dados foi realizada nas áreas de uma empresa localizada na região norte de Santa Catarina, em plantios de Pinus taeda L., com Produtividade Média do Povoamento (PMP) de 403,0, 550,0 e 670,0 m 3 /ha, PMP I, PMP II e PMP III respectivamente. Avaliando os resultados encontrados, o maior custo do sistema de colheita ocorreu na classe PMP I; o Harvester foi o equipamento que apresentou maior custo de produção, sendo o volume médio individual seu principal fator de influência; o Feller Buncher isoladamente foi o equipamento que apresentou o melhor rendimento energético na classe PMP III; a motosserra, em todas as classes foi o equipamento que apresentou o menor rendimento energético. Para o sistema como um todo, o melhor rendimento energético ocorreu na classe PMP III. O volume individual teve maior influência na produtividade da motosserra em relação ao tempo de desgalhamento por árvore. A maior produtividade do Skidder ocorreu na classe PMP III e nas distâncias ≤ 50 metros, sendo a distância de arraste o fator de maior influência na produtividade do equipamento; o volume por hectare teve influência relevante na produtividade do Feller Buncher principalmente sobre o elemento do ciclo “deslocamento vazio”. Na avaliação dos modelos o maior valor encontrado de R2 ajustado foi para o Skidder e o menor para o Harvester. Com relação ao erro padrão da estimativa, o que apresentou o menor erro foi o Harvester e o maior foi o Feller Buncher.
Avaliação dos atributos de um cambissolo háplico e crescimento inicial de Eucalyptus benthamii após a aplicação de biocarvão na região de Irati-PR
Thiago Woiciechowski
Defesa Pública: 28 de fevereiro de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dra. Claudia Maria Branco de Freitas Maia – EMBRAPA – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Antonio Carlos Vargas Motta – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dra. Kátia Cylene Lombardi – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar os atributos químicos e físicos do solo e o crescimento de Eucalyptus benthamii após a incorporação de biocarvão no solo. O estudo foi desenvolvido em área experimental do Campus da UNICENTRO, localizada em Irati, PR. Foram utilizadas quatro doses de biocarvão, 0, 10, 20 e 40 t.ha-1 com e sem adubação mineral de 340 kg/ha de NPK com 14 kg de N, 48 kg de P2O5, 28 Kg de K2O no formulado 4-14-8, com o delineamento em blocos ao acaso em quatro repetições. Os resultados mostraram que nos atributos químicos, houve diferenças estatísticas aos 60 dias após a incorporação do biocarvão para teores de K + e pH. Aos 195 dias ocorreram diferenças significativas para o pH, Ca+2 , Mg+2, Al+3, acidez potencial, saturação por bases e saturação por alumínio. A quantidade de cinzas na constituição do biocarvão contribui para a elevação de bases trocáveis no sítio de troca, ocasionando elevação do pH, redução da acidez e do alumínio tóxico e maior retenção de nutrientes na dose mais alta de biocarvão. Nos atributos físicos, na umidade do solo o tratamento de 40 t.ha-1 diferiu estatisticamente dos demais tratamentos. A estrutura porosa do biocarvão retém mais água, além de formar agregados com a parte mineral do solo contribuindo para esse aumento. Esse aumento foi observado para um solo argiloso, mostrando que o biocarvão torna-se hidrofílico quando incorporado auxiliando no aumento do teor de água. A altura e diâmetro do colo do Eucalyptus benthamii variaram conforme os tratamentos. A partir dos 120 dias após o plantio, o fator biocarvão apresentou diferença estatística. A análise de regressão mostrou uma tendência quadrática em que as doses 20 e 40 t ha-1 foram superiores à testemunha e a dose 10 t ha-1 aos 180 e 210 dias para a altura das plantas. Pode-se dizer que esse fator contribuiu durante o período para o crescimento das plantas aumentando os teores de nutrientes e de água no solo.
Viabilidade econômica de plantios de Pinus taeda L. em duas mesorregiões do estado do Paraná
William Tomaz Folmann
Defesa Pública: 24 de fevereiro de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Márcio Lopes da Silva – UFV – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Fernando Franco Netto – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Gabriel de Magalhães Miranda – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi analisar a viabilidade econômica de projetos florestais de Pinus taeda com base em dados de uma empresa florestal localizada no Estado do Paraná. A análise de rentabilidade foi feita contemplando 16 projetos, subdividos em três diferentes regimes de manejo, em duas mesorregiões do Paraná. A viabilidade econômica foi avaliada por meio do Valor Presente Líquido (VPL), Relação Benefício x Custo (B/C), Taxa Interna de Retorno (TIR), Valor Periódico Equivalente (VPE), Custo Médio de Produção (CMP) e Valor Esperado da Terra (VET), os quais foram calculados com base em um fluxo de caixa, utilizando-se uma taxa de juros de 6,75% ao ano. Os volumes utilizados foram obtidos de acordo com os sortimentos adotados para a espécie no Paraná, e os custos obtidos junto ao setor de planejamento da empresa. Os preços de venda da madeira em pé utilizados na análise foram obtidos por meio do preço médio de mercado no Estado, de acordo com o sortimento. O regime de manejo que apresentou os melhores resultados foi o multiple use, em ambas as mesorregiões analisadas, e dentre as mesorregiões, a Centro-Oriental foi a que apresentou os melhores resultados, com VPL de R$2.606; B/C de 1,51; TIR de 10,2%; VPE de R$241,26; CMP de R$32,26 e VET R$4.193,39.
Classificação orientada ao objeto de imagem Quickbird-2 para a identificação da Araucária
Vagner Alex Pesck
Defesa Pública: 10 de fevereiro de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dra. Christel Lingnau – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. João Roberto dos Santos – INPE – Segundo Examinador
Prof. Dr. Attilio Antonio Disperati – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi mapear as copas de Araucaria angustifolia em uma imagem Quickbird-2 através da classificação orientada ao objeto. A área de estudos está inserida em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista localizada na Floresta Nacional de Irati – PR. Baseado em fotografias aéreas em escala 1:2.000, foi realizado o trabalho de campo em uma área de 10 hectares, coletando informações sobre as copas isoladas e agrupadas das Araucárias. Na imagem Quickbird-2 foram realizados diversos processamentos como: fusão, correção geométrica, segmentação e classificação orientada ao objeto. Testaram-se quatro métodos de fusão de imagens, e através de avaliação qualitativa e quantitativa, os métodos de Gram-Schmidt e Principais Componentes se mostraram superiores aos demais, com coeficientes de correlação de 0,93 e 0,95 respectivamente. A correção geométrica foi feita sobre a imagem fusionada, pelo método de Principais Componentes, e foram obtidos erros abaixo de um pixel, aceitáveis para a presente pesquisa. Na segmentação foram utilizados os seguintes valores de escala: 80 para a segmentação, e 90 para a fusão dos segmentos. Na classificação orientada ao objeto, utilizando a composição 4R3G2B, testaram-se o algoritmo K Nearest Neighbor na classificação supervisionada e a lógica fuzzy na classificação baseada em regras. Para as duas classes temáticas de maior interesse, Araucaria angustifolia e Folhosas, foram destacadas os valores mínimos e máximos da banda infravermelho próximo, NDVI (razão de bandas) e o atributo espacial ―área‖. Para a classe temática ―sombra‖ destacou-se os valores mínimos e máximos da banda verde e intensidade (razão de bandas). O índice Kappa resultou os valores de 0,83 e 0,82 para as classificações supervisionada e por regras respectivamente, considerados como excelentes. A imagem Quickbird-2 se mostrou eficiente para a identificação da espécie Araucaria angustifolia nas duas classificações testadas.