Thiago Woiciechowski

Defesa Pública: 28 de fevereiro de 2011

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Claudia Maria Branco de Freitas Maia – EMBRAPA – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Antonio Carlos Vargas Motta – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dra. Kátia Cylene Lombardi – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo dessa pesquisa foi avaliar os atributos químicos e físicos do solo e o crescimento de Eucalyptus benthamii após a incorporação de biocarvão no solo. O estudo foi desenvolvido em área experimental do Campus da UNICENTRO, localizada em Irati, PR. Foram utilizadas quatro doses de biocarvão, 0, 10, 20 e 40 t.ha-1 com e sem adubação mineral de 340 kg/ha de NPK com 14 kg de N, 48 kg de P2O5, 28 Kg de K2O no formulado 4-14-8, com o delineamento em blocos ao acaso em quatro repetições. Os resultados mostraram que nos atributos químicos, houve diferenças estatísticas aos 60 dias após a incorporação do biocarvão para teores de K + e pH. Aos 195 dias ocorreram diferenças significativas para o pH, Ca+2 , Mg+2, Al+3, acidez potencial, saturação por bases e saturação por alumínio. A quantidade de cinzas na constituição do biocarvão contribui para a elevação de bases trocáveis no sítio de troca, ocasionando elevação do pH, redução da acidez e do alumínio tóxico e maior retenção de nutrientes na dose mais alta de biocarvão. Nos atributos físicos, na umidade do solo o tratamento de 40 t.ha-1 diferiu estatisticamente dos demais tratamentos. A estrutura porosa do biocarvão retém mais água, além de formar agregados com a parte mineral do solo contribuindo para esse aumento. Esse aumento foi observado para um solo argiloso, mostrando que o biocarvão torna-se hidrofílico quando incorporado auxiliando no aumento do teor de água. A altura e diâmetro do colo do Eucalyptus benthamii variaram conforme os tratamentos. A partir dos 120 dias após o plantio, o fator biocarvão apresentou diferença estatística. A análise de regressão mostrou uma tendência quadrática em que as doses 20 e 40 t ha-1 foram superiores à testemunha e a dose 10 t ha-1 aos 180 e 210 dias para a altura das plantas. Pode-se dizer que esse fator contribuiu durante o período para o crescimento das plantas aumentando os teores de nutrientes e de água no solo.

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