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Eduardo Lopes

Estoque de Necromassa Lenhosa em Floresta Ombrófila Mista Usando Diferentes Métodos de Amostragem

Karina Henkel Proceke de Deus

Defesa Pública: 28 de abril de 2015

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Carlos Roberto Sanquetta – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Greyce Charllyne Benedet Maas – UFPR – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo teve como objetivo principal quantificar o estoque de necromassa, presente em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista a partir de diferentes métodos de amostragem. A área de estudo está inserida na Floresta Nacional de Irati, com 78% da área no município de Fernandes Pinheiro e 22% em Teixeira Soares, estado do Paraná. Os dados foram coletados em parcelas permanentes instaladas por professores do Departamento de Engenharia Florestal da UNICENTRO. Foram avaliados três métodos de amostragem, a) área fixa com unidades amostrais de 2500 m² (50 m x 50 m) -AF1 b) área fixa com unidades amostrais 500 m² (10 m x 50 m) – AF2 e c) método de amostragem Linha Interceptadora (LI) com linhas de 50 m. Foram medidas peças de madeira morta caída e árvores mortas em pé com diâmetro ≥ 10 cm. A madeira morta foi avaliada por espécie, classe de diâmetro e classes de decomposição. Os métodos de amostragem testados foram avaliados a partir das seguintes estatísticas: Coeficiente de Variação (CV%) e Erro de amostragem relativo (Er%). Para comparações dos resultados entre os métodos foram empregados os testes não paramétricos de Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn para comparações múltiplas. Os volumes de madeira morta caída estimados foram de 16,77 m³.ha-1 , 18,89 m³.ha-1 e 16,31 m³.ha-1 para os métodos AF1, AF2 e LI, respectivamente. Os volumes estimados de árvores mortas em pé para AF1 foram de 5,11 m³.ha-1 e para AF2 3,67 m³.ha-1 . O peso de necromassa total estimado foi de 7,39 Mg.ha-1 (AF1), 7,48 Mg.ha-1 (AF2) e 5,26 Mg.ha-1 (LI). O método AF1 teve menor variação do volume de necromassa, porém o método AF2 apresentou menor erro de amostragem. Os volumes para madeira morta caída e para árvores mortas em pé não diferiram estatisticamente entre os métodos de amostragem, os quais estimaram valores similares de volumes, peso de necromassa e carbono, porém para atingir um erro de amostragem de 10% necessita-se de elevada intensidade amostral. O método LI tem maior praticidade se comparado ao método AF, no entanto para concluir qual o melhor método para estimar estoque de necromassa são necessários estudos mais aprofundados.

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Composição Florística e Crescimento de Branquilho em Diferentes Condições da Floresta Ombrófila Mista Aluvial

Paulo Gabriel Caleffi Guilhermeti

Defesa Pública: 16 de julho de 2015

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UnC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição e distribuição florística arbórea e a influência de variáveis ambientais ao longo de um gradiente edáfico-hidrico por meio de técnicas multivariadas, bem como analisar e correlacionar o crescimento de S. commersoniana com variáveis climáticas em um fragmento da Floresta Ombrófila Mista Aluvial em Guarapuava – PR. Para o estudo foram utilizadas as unidades amostrais constituídas a partir três transecções (A, B e C), estas foram subdivididas em 42 subunidades amostrais, em parcelas de 10 x 10 metros. As árvores que apresentam DAP ≥ 5 cm foram medidas e identificadas. Os dados da vegetação (abundância, divercidade e área basal) foram correlacionados através de técnicas multivariadas com diferentes variáveis ambientais (nível piezométrico, umidade do solo, resistência a penetração, umidade (amostras deformadas) e variáveis químicas e física do solo. Utilizou-se a técnica de agrupamento TWINPAN a qual apresentou sensitividade em agrupar parcelas em funções de características semelhantes, enquanto a técnica de Correspondência Canônica evidenciou que Sebastiania commersoniana, Ligustrum lucidum e Allophylus edulis estão mais correlacionados com as variáveis pH. nível piezométrico saturação por base e área basal, enquanto que Matayba elaeagnoide e Ocotea puberula estão mais correlacionadas com solos bem drenados. As demais espécies apresentaram alta correlação com resistência a penetração e saturação por alumínio e solos moderadamente drenados. O crescimento de S. commersoniana foi avaliado por meio de análise de tronco parcial a partir de 116 árvores, e como critério de seleção das amostras, procurou-se abranger árvores localizadas em parcelas com diferentes níveis de saturação hídrica e posição sociológica. O método utilizado para a coleta das amostras foi o não destrutivo, através do trado de Pressler (5 mm de diâmetro) Os valores de incremento para S. commersoniana variaram de 1,20 mm/ano (sub-bosque e nível piezométrico baixo) para 1,99 mm/ano (Dossel e nível piezométrico alto). Estes dados foram correlacionados com dados de precipitação, temperatura média, mínima e máxima. Através das análises foi possível constatar que S. commersoniana, apresentou menor incremento quando estavam em posição sociológica dominada e em nível piezométrico alto. Ainda, foi possível verificar que o crescimento de S. commersoniana foi correlacionado negativamente com o somatório da precipitação anual para as árvores localizadas em nível piezométrico alto. Os resultados evidenciam que o excesso hídrico é um fator limitante para a distribuição da maioria das espécies da Floresta Ombrófila Mista Aluvial, e mesmo para espécies adaptadas a estes ambientes, como S. commersoniana, a elevada saturação hídrica traz efeitos adversos para o crescimento.

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Planejamento da Colheita de Madeira em Região Montanhosa com uso de Modelagem Espacial e Programação Linear Inteira

Alynne Rudek

Defesa Pública: 09 de setembro de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Christel Lingnau – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Renato Cesar Gonçalves Robert – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Tendo em vista as dificuldades encontradas na realização da colheita florestal em áreas montanhosas, o presente trabalho tem por objetivo definir o planejamento da colheita de madeira em região montanhosa utilizando Programação Linear Inteira (PLI) e Modelagem Espacial. A partir de dados coletados em campo referente à operação de colheita de madeira com o sistema de cabos aéreos, foi desenvolvido um modelo matemático para predição da alocação de torres para colheita com cabos aéreos, o qual contemplou as variáveis, produtividade do sistema, distância de extração, volume de madeira por célula (100 m²), declividade do terreno e tempo de ciclo operacional. Com esse modelo foi possível simular a alocação das torres em diferentes condições e, por conseguinte, o desempenho do sistema de cabos aéreos considerando diferentes variáveis de influência sobre o sistema, o que permite a tomada de decisões mais assertivas sobre a alocação das torres e o planejamento do sistema. O presente trabalho foi realizado nas áreas operacionais da colheita florestal, pertencente à empresa Berneck. Foi realizado o mapeamento das classes de declividade existentes na área de estudos, e utilizando a declividade como critério para definição dos sistemas mais adequados para a extração de madeira foram definidas as áreas a serem colhidas utilizando os diferentes sistemas de colheita empregados pela empresa. Foram utilizados como ferramentas para o planejamento da colheita florestal a Pesquisa Operacional e Sistemas de Informações Geográficas. Os resultados mostraram que grande porção da área estudada apresentou declividades elevadas, pertencentes às classes de 15 a 20º e 21 a 30º, correspondendo a 28,51% e 54,85% da área total, respectivamente, sendo então realizada a colheita de madeira nestas áreas com uso do sistema de cabos aéreos. O cabo aéreo representou 91,01 % das áreas a serem colhidas. A classe de distância de extração equivalente a 200 m representou 57,43% da área total a ser colhida com o uso do sistema de cabos aéreos, seguido pela distância de 201 a 400 m com 26,86% da área total, enquanto as demais áreas situaram-se nas classes com valores superiores a 400 m. Para o cenário de minimização do somatório das distâncias de extração, o modelo estimou a produtividade do sistema em diferentes condições de declividade e distância de extração. Foi verificado que a produtividade do sistema variou entre 21,0 m³ h-1 e 18,0 m³ h-1 , nas classes de distância de 50 m e 150 m, respectivamente. Para o intervalo de declividade igual a 7º e 45º, a produtividade teve variação entre 21,0 m³ h- 1 e 17,27 m³ h-1 respectivamente, para o mesmo cenário. Enquanto no cenário para minimização do tempo de ciclo operacional a produtividade do sistema variou entre 21,68 m³ h -1 e 16,0 m³ h-1 , no intervalo de distância igual a 100 m e 200 m, respectivamente. Ao variar a declividade entre 5º e 20º, a produtividade teve variação entre 20,57 m³ h-1 e 18,86 m³ h-1 respectivamente. Os resultados mostraram que a variável “Tempo de Ciclo” afeta na definição dos pontos de alocação de torres, resultando em menor número de posições a serem ocupadas pela torre e consequentemente maior área de extração por torre; a variável “Distância de Extração” afeta na definição dos pontos de alocação, resultando na seleção de maior número de locais para instalação das torres, distâncias de extração mais curtas e maior movimentação das torres. O modelo para alocação de torres é eficiente, porém precisa ser aperfeiçoado a fim de garantir maior precisão nos casos em que a extração é realizada a longas distâncias. Estas informações auxiliam na tomada de decisão na etapa de planejamento da operação de colheita com cabos aéreos.

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Produção de Lâminas e Painel Compensado Multilaminado com Madeira de Hovenia Dulcis Thunberg (UVA-DO-JAPÃO)

Ezaquel Bednarczuk

Defesa Pública: 13 de agosto de 2015

Banca Defensora:

Prof. Dr. José Guilherme Prata – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Flávia Alves Pereira – UTFPR – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O estudo objetivou avaliar a qualidade de painéis compensados multilaminados produzidos com lâminas de alburno e de cerne da madeira de Hovenia dulcis Thunberg, e em combinação com lâminas de Pinus elliottii, considerando o efeito do uso de diferentes pressões de prensagem e a influência das características da madeira nas propriedades dos painéis. Foi realizada a caracterização anatômica e física da madeira de alburno e cerne de Hovenia dulcis e a caracterização física da madeira de pinus. Também foi realizada a determinação do rendimento da laminação e a classificação da qualidade das lâminas. Os painéis foram produzidos sob três pressões específicas de prensagem (9, 12 e 15 kgf/cm²) e em seis combinações de lâminas de madeira, utilizando cerne e alburno da Hovenia dulcis e Pinus elliottii, para após serem avaliadas suas propriedades físico-mecânicas por meio das normas da ABNT. Utilizou-se resina fenol-formaldeído, na gramatura de 160 g/m² em linha simples e teor de sólidos de 35%. A análise anatômica mostrou que a madeira de alburno é mais permeável que a de cerne de Hovenia dulcis. As madeiras de alburno e de cerne de Hovenia dulcis não apresentaram diferença estatística significativa para densidade básica, porém ambas apresentaram maior densidade básica que a madeira de Pinus elliotti. A estabilidade dimensional das madeiras de Hovenia dulcis e de Pinus elliottii foi equivalente. O rendimento médio da laminação para as toras de Hovenia dulcis foi menor que à do pinus, com média de 55,56%, mas forneceu lâminas contendo nós com diâmetros menores. Os painéis produzidos apresentaram propriedades físico-mecânicas em conformidade com os parâmetros definidos pela ABIMCI. O aumento da pressão de prensagem resultou no aumento da densidade aparente, inchamento e inchamento mais recuperação em espessura dos painéis, e redução da absorção de água. Os painéis produzidos com lâminas de Hovenia dulcis tiveram maior densidade aparente, rigidez e resistência da linha de cola e menor absorção de água e teor de umidade em relação aos painéis produzidos com lâminas de pinus.

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Influência da Mancha Foliar de Mycosphaerella no Desenvolvimento de Eucalyptus dunnii na Região Serrana de Santa Catarina

Alexandre Techy de Almeida Garrett

Defesa Pública: 1º de abril de 2015

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Henrique da Silva Silveira Duarte – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Graziela Piveta – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Com o objetivo de inferir a influência da mancha foliar causada por espécies de Mycosphaerella spp. e Teratosphaeria em plantios de Eucalyptus dunnii foi analisado o desenvolvimento de povoamentos de diferentes materiais genéticos em duas classes de idade acometidos pela doença, na região sul do Brasil em áreas da empresa Klabin S.A. O desenvolvimento expresso pela altura, diâmetro de colo e biomassa da base do fuste das plantas e a severidade da doença foram avaliados em avaliações nos meses de abril, junho, setembro e novembro de 2014 em talhões que apresentavam manchas foliares características às de Mycosphaerella e Teratosphaeria. Em um total de 2232 plantas avaliou-se o desenvolvimento das plantas em função da severidade, o crescimento e a severidade em função de desrama de 25%, 50% e 75% da altura da copa no inicio do experimento e duas aplicações de fungicidas dos grupos químicos Trifloxistrobina e Tebuconazol em volume de calda de 200 L/ha com 0,5 L/ha e 0,75 L/ha do produto comercial e Azoxistrobina e Ciproconazol em volume de calda de 100 L/ha com 0,3 L/ha e 0,45 L/ha do produto comercial. Do material vegetal infectado coletado nas áreas amostradas não foi possível obter isolados para a confirmação do agente etiológico associado às manchas foliares nos plantios de Eucalyptus dunnii. Os clones com maior severidade das manchas foliares e desfolha que apresentaram padrão de infecção da base para o ápice da copa, principalmente para as plantas jovens, apresentaram menor crescimento em altura, diâmetro de colo e de massa da base do fuste. A desfolha levou a aumento da severidade da doença com influência no desenvolvimento em diâmetro das plantas, para o controle da mancha foliar nos plantios as aplicações dos fungicidas testados não apresentaram efetividade no controle da doença.

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Avaliação Operacional da Colheita de Madeira em Desbastes de Pinus taeda L.

Oscar Manuel de Jesús Vera Cabral

Defesa Pública: 10 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Paulo Torres Fenner – UNESP – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve por objetivo realizar uma análise operacional comparativa envolvendo os aspectos técnicos e de custos da colheita de madeira aplicando dois tratamentos de desbaste em povoamentos de Pinus taeda L., no primeiro desbaste aos 10 anos de idade. Os dados foram obtidos da área florestal de uma empresa localizada no município de Quedas do Iguaçu, estado do Paraná. Os tratamentos foram dois modelos de desbaste determinados pela eliminação sistemática da 5a linha (modelo 1, considerado como tradicional) e 7a linha (modelo 2, considerado como alternativo) e eliminação seletiva das demais linhas do plantio. Os tratamentos foram executados por dois subsistemas de colheita: mecanizado composto pelo harvester e forwarder e misto, composto pela motosserra, harvester e forwarder, sendo a introdução da motosserra justificada pela área que ficou fora do alcance da grua do harvester empregado, denominada “centro de campo”. As mudanças propostas pelo novo modelo de desbaste e subsistema misto de colheita visaram aumento de produtividade, redução de custos das operações e melhor qualidade do povoamento remanescente, além de evitar a perda de área produtiva e distúrbios ao solo em termos de compactação. Para a comparação do desempenho de ambos os subsistemas de colheita de madeira trabalhando nas mesmas condições, foi selecionado um povoamento com caraterísticas homogêneas. Foi realizado um estudo de tempos e movimentos das máquinas de colheita de madeira em ambos os tratamentos de desbaste, permitindo uma comparação dos ciclos operacionais e determinandose a produtividade, eficiência operacional, custos operacionais e de produção. Foi realizada uma avaliação da qualidade das operações por meio da aplicação de inventário de danos no povoamento remanescente. Os resultados mostraram os principais fatores que afetaram o ciclo operacional das máquinas envolvidas nestas operações: para o harvester foram afetados principalmente a busca e corte, o deslocamento e as interrupções; para o forwarder foram afetados a viagem vazia e o carregamento. O subsistema de colheita mecanizado na execução do tratamento de desbaste 1 apresentou maior produtividade (42,3 m3 .h-1) em relação ao modelo 2 (40,5 m3 .h-1), menores custos de produção (R$ 14,98/m3 contra R$ 16,25 /m3 ) e melhor qualidade da operação devido à menor ocorrência dos danos às árvores remanescentes (13 % contra 17 %). Além de serem definidos os danos como pouco importantes, o tratamento proposto possibilitou uma melhor distribuição dos danos na floresta. Comparativamente, o tratamento de desbaste 2 não ofereceu melhores resultados operacionais e de custos de colheita de madeira, porém apresentou os melhores resultados em relação à qualidade com menores danos nas árvores remanescentes do povoamento.

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Efeitos de Diferentes Dosagens de Adubação no Crescimento Inicial de Eucalyptus benthamii na Região Sul do Estado do Paraná

Edson Luis Serpe

Defesa Pública: 04 de março de 2015

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Antônio Carlos Vargas Motta – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Julio Eduardo Arce – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Os efeitos de diferentes dosagens de adubação no crescimento inicial de Eucalyptus benthamii foram estudados no município de General Carneiro, região sul do estado do Paraná. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado sob diferentes dosagens de adubação com unidades amostrais de 250 m² (seis tratamentos e oito repetições) e espaçamento inicial de 2,5 m x 2,5 m aos seis anos de idade. Foi avaliado o crescimento médio individual em diâmetro, altura total, área transversal e volume, assim como a produção média por hectare da área basal, volume total, comercial e por sortimento, além da sobrevivência. O estudo avaliou o crescimento e a produção de E. benthamii em região com invernos rigorosos, sob diferentes dosagens de adubação de superfosfato simples com adição ou não de adubação de base com NPK aplicada em diferentes períodos. Foram ajustados modelos hipsométricos por tratamento e funções de afilamento a partir da cubagem de 27 árvores. Os dados foram submetidos ao teste de Bartlett para todas as variáveis estudadas, análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey, para verificar as diferenças entre as médias dos tratamentos. Os ajustes demonstram que o modelo hipsométrico de Trorey é o melhor modelo para estimar a altura total e o polinômio de potências fracionárias de Hradetzky a função de afilamento mais apropriada para estimar diâmetros a diferentes alturas e estimar o volume total. Comprova-se pelos resultados obtidos que a aplicação de adubação de base (28,8 Kg ha-1 de P2O5, 30,4 Kg ha-1 de Ca e 17,6 Kg ha-1 de S) e adubações de cobertura aos 30 dias (14,4 kg ha-1 de N, 72 Kg ha-1 de P2O5, 14,4 Kg ha-1 de K2O, 0,12 Kg ha-1 de B e 0,48 Kg ha-1 de Zn) e aos 60 e 90 dias (2 aplicações de 36 kg ha-1 de N, 12 Kg ha-1 de P2O5, 72 Kg ha-1 de K2O, 0,48 Kg ha-1 de B e 0,05 Kg ha-1 de Zn) proporciona maior crescimento em volume médio individual, volume total, volume comercial e IMA volumétrico. A espécie é resistente à geadas frequentes no sul do Brasil, apresentando valores de IMA de 54,4 m³ ha -1 ano-1, onde a receita bruta do tratamento que recebeu adubação quando comparado à testemunha é superior em R$ 4.769,00 por hectare.

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Avaliação do Emprego da Flotação por ar Dissolvido para Remoção de Fibras de Efluentes Água Clara de Máquina de Papel

Bruna Luiza Managó

Defesa Pública: 10 de março de 2015

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Sandro Xavier de Campos – UEPG – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Ana Claudia Barana – UEPG – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Carlos Magno de Sousa Vidal – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A perda de fibra celulósica fica em torno de 1 a 3% de todas as fibras que entram no processo de produção de papel. Parte destas fibras pode retornar ao processo caso esteja associado à máquina de papel algum tipo de recuperador de fibras. O efluente água clara estudado nesta pesquisa é resultado do tratamento primário de água branca através do equipamento filtro de disco de uma máquina de papel. Foi investigado nesta pesquisa o uso da flotação por ar dissolvido (FAD) visando à recuperação de fibras do efluente água clara gerada na produção de dois tipos de papel. Avaliou-se a influência dos parâmetros dosagem de polímero catiônico (0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5 mg/L), velocidade de flotação (18 e 9 cm/min) e efluente água clara de dois tipos de papel (print e gloss). Os dados foram submetidos à análise estatística através de arranjo fatorial 6 x 2 x 2 – delineamento inteiramente casualizado (DIC). Os resultados obtidos indicaram que o processo de FAD nas condições otimizadas, com dosagem de 1 mg/L de polímero catiônico e velocidade de flotação de 18 cm/min, demonstrou ser uma alternativa viável para a remoção de sólidos suspensos totais (fibras), sólidos totais, cor, turbidez e DQO do efluente estudado com eficiências de remoção de 99%, 25,5%, 98% e 48,5% respectivamente, no efluente água clara do papel gloss, e remoção de 92,9% de SST, 42,7% de ST, 73% de cor, 97% de turbidez, não ocorrendo remoção de DQO no caso do efluente água clara do papel print.

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Composição Florística e Fitossociológica de Floresta Ombrófila Mista em Áreas sob Manejo Silvipastoril e Sucessão Secundária

Joelmir Augustinho Mazon

Defesa Pública: 17 de junho de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Solon Jonas Longhi – UFSM – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Gabriela Schmitz Gomes – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve por objetivo caracterizar e comparar por meio de parâmetros florísticos e fitossociológicos do estrato arbóreo e regenerativo as diferenças entre a composição de espécies e a estrutura florestal em duas unidades amostrais de Floresta Ombrófila Mista Alto Montana em estados de conservação e regimes de uso distintos: uma em sistema silvipastoril com 2 ha e outra em uma reserva legal com 1,8 ha, onde foi permitida a regeneração espontânea durante os últimos vinte anos e a qual encontra-se em estágio secundário de sucessão, localizadas no município de Turvo-PR. Nestes fragmentos, foram considerados para a amostragem do estrato arbóreo todos indivíduos com DAP ≥ 5 cm e no estrato regenerativo, indivíduos com DAP ≤ 5 cm, amostrados em subparcelas de três classes de tamanho de altura (C1: 0,2 m e ≤ 0,5 m; C2: ≥ 0,51 m e ≤ 1,3m e C3: > 1,3 m e DAP ≤ 5), cujo os parâmetros florísticos, síndromes de dispersão, grupos ecológicos, estrutura horizontal e vertical, índice de similaridade de Sørensen e diversidade de Shannon (H’) e Simpson (D) foram analisados e comparados estatisticamente. As unidades amostrais em sistema silvipastoril e de floresta em sucessão secundária apresentaram similaridade florística no estrato arbóreo e regenerativo, mas com menor uniformidade, densidade de indivíduos, riqueza, diversidade e agregação de espécies no estrato arbóreo. A área em sistema silvipastoril apresentou 580,5 ind.ha-¹ e 44 espécies, enquanto que na área de floresta secundária obteve-se 1.411,7 ind.ha-¹ e 68 espécies. A menor densidade e diversidade da área em sistema silvipastoril é refletida no estrato regenerativo, no qual, onde foram mensurados apenas 81 indivíduos, estimados em 19.094 ind.ha-¹ e 25 espécies, com maior porcentagem de indivíduos encontrada na classe C1, e amplo destaque para espécie herbáceo-arbustiva Mollinedia clavigera Tul. Na área de floresta secundária, foram mensurados 433 indivíduos, ou 46.840 ind.ha-¹, distribuídos de maneira mais uniforme entre as classes de altura, compostos por 54 espécies, onde o Allophylus edulis Allophylus edulis (A.St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk. se destaca. Nas duas áreas a maioria das espécies são pertencentes ao grupo ecológico das secundárias e de dispersão zoocórica, tanto no estrato arbóreo, como na regeneração natural. O valor de importância ampliado apontou como as três espécies de maior importância e possibilidade de permanecer na estrutura futura da floresta Ilex paraguariensis A. St-Hil, Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze e Ocotea porosa (Ness) Barroso na área em sistema silvipastoril e Ocotea porosa, Matayba elaeagnoides Radlk. e Myrsine umbellata Mart, na área de floresta secundária, revelando as diferenças florísticas e estruturais resultantes do sistema de utilização e conservação adotado em cada área amostral.

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Estrutura Fitossociológica e Crescimento de Cedrela Fissilis Vell. em Floresta Estacional Decidual no Extremo Oeste de Santa Catarina

Rafael Schmitz

Defesa Pública: 16 de maio de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Evaldo Muñoz Braz – EMBRAPA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Estudos dendrocronológicos são necessários para prover conhecimentos que permitem interpretar melhor o crescimento de uma espécie e floresta ao longo do tempo. Nesse contexto, a partir da análise da composição florística, características de solos e ritmo de crescimento da Cedrela fissilis em um remanescente da Floresta Estacional Decidual no município de Descanso, SC, o presente estudo teve como objetivo, analisar os parâmetros fitossociológicos, verificar subáreas com características ambientais semelhantes, determinar o incremento, o tempo de passagem entre classes diamétricas e ajustar equações de crescimento em diâmetro em função da idade para a Cedrela fissilis no fragmento estudado. Dessa forma, árvores amostra da espécie foram identificadas por meio de transectos e 30 unidades amostrais, considerando a Cedrela fissilis como o centro da parcela, foram sorteadas. Nessas unidades foram realizados levantamentos florísticos, de parâmetros fitossociológicos, coleta de solo e de rolos de incremento da árvore amostra para análise dendrocronológica. Ao todo foram observadas 94 espécies distribuídas em 33 famílias, sendo que 33 espécies são de valor madeirável. O Índice de Diversidade de Shanon foi de 3,96 e três subáreas diferenciadas pelo solo e frequência de espécies foram observadas no remanescente em estudo. Os anéis de crescimento das árvores amostra de Cedrela fissilis foram identificados, medidos e submetidos à datação cruzada. O período cronológico obtido foi de 1844 a 2012. Pela aplicação do teste Tukey (α ≤ 0,01) os incrementos anuais das árvores amostra apresentaram homogeneidade para o crescimento da espécie no local de estudo. Os modelos matemáticos de Mitscherlich, Gompertz, Weibull e Schumacher foram ajustados para interpretar o crescimento em diâmetro em função da idade. O modelo de Schumacher forneceu a melhor acomodação para o comportamento dos dados e características da espécie em estudo. A partir da estimativa do crescimento foram identificadas as idades de 42 anos e 82 anos, respectivamente, pelo incremento em diâmetro e em área basal, como sendo as mais adequadas para intervenções na Cedrela fissilis no remanescente estudado sob condições de manejo. O tempo de passagem da espécie entre classes diamétricas aumentou consideravelmente com a diminuição do incremento em diâmetro, chegando aos 35 anos para a última classe. Dessa forma, os resultados desta pesquisa apontam que o remanescente em estudo apresenta alta diversidade de espécies, inclusive de valor madeireiro, com possibilidades de exploração em médio prazo. A dendrocronologia mostrou aplicabilidade como uma ferramenta para contribuir com o manejo sustentável da espécie e da Floresta Estacional Decidual da região do extremo oeste catarinense.

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