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Patogenicidade e Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary em Sementes de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage

Ana Claudia Spassin

Defesa Pública: 30 de agosto de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Álvaro Figueredo dos Santos – EMBRAPA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Celso Garcia Auer – EMBRAPA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Leandro Alvarenga Santos – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Profª. Dra. Fabiana Schmidt Bandeira Peres – UNICENTRO – Quarta Examinadora
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

No Brasil, a ocorrência de Sclerotinia sclerotiorum é verificada em culturas agrícolas de alto valor econômico e seus danos podem acarretar perdas próximas a 100% em alguns hospedeiros. Na cultura do eucalipto, S. sclerotiorum é relatada como um patógeno em potencial, mas estudos da ocorrência natural deste fungo e seus efeitos na cultura ainda não são descritos. Acredita-se, que com a expansão da fronteira agrícola no Brasil, fungos que até então não ocorriam em uma determinada cultura, podem estar migrando para novas aéreas, se adaptando e colonizando novos hospedeiros. Assim, estudos sobre o patógeno, a relação com a cultura, os danos e medidas de controle são necessárias. Na agricultura o controle utilizado para S. sclerotiorum é o químico, todavia com eficácia duvidosa. Os altos custos e o acúmulo de resíduos químicos no ambiente tornaram o controle biológico um método alternativo no controle deste fitopatógeno. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de S. sclerotiorum em sementes de Eucalyptus benthamii, e selecionar em ensaios in vitro e in vivo rizobactérias e bactérias residentes do filoplano com potencial para o biocontrole deste fitopatógeno. Avaliou-se a sanidade, germinação e emergência de sementes de E. benthamii, inoculadas com um isolado de S. sclerotiorum. A capacidade antagônica de 269 bactérias foi avaliada por meio de três ensaios in vitro. Os isolados que apresentaram potencial nos testes realizados foram selecionados para dois ensaios de controle in vivo. O fungo foi considerado patogênico às sementes de E. benthamii quando inoculado pelo método de substrato. Os sintomas observados nas sementes foram tombamento de pré e pós-emergência. Apenas quatro isolados bacterianos foram capazes de controlar in vitro o patógeno. Verificou-se a dificuldade de selecionar in vivo isolados com potencial antagônico devido ao efeito variável apresentado pelos isolados. No primeiro ensaio de controle não foi possível observar efeito benéfico dos isolados bacterianos. No segundo ensaio, os isolados identificados como Bacillus sp. e Bacillus pumilus apresentaram efeito benéfico às sementes para a maioria dos parâmetros avaliados e mostraram-se colonizadores do sistema radicular. Conclui-se que o isolado de S. sclerotiorum é patogênico às sementes de E. benthamii e que os isolados Bacillus sp. e Bacillus pumilus possuem potencial para o biocontrole deste fitopatógeno.

Sortimento do Estoque Volumétrico e Rendimento de Madeira Serrada em Floresta de Pinus spp.

Edson Luis Serpe

Defesa Pública: 07 de agosto de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UDESC – Primeiro Examinador
Profª. Dra. Fabiane Aparecida Retslaff Guimarães – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Gabriel de Magalhães Miranda – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Julio Eduardo Arce – UFPR – Quarto Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O sortimento do estoque volumétrico e rendimento de madeira serrada em floresta de Pinus spp. foi estudado no município de Bituruna, região sul do estado do Paraná. Foram realizados inventário florestal a 100% e inventário florestal por amostragem (amostragem aleatória e sistemática), com parcelas circulares e retangulares, com diferentes intensidades amostrais (1, 2 e 5%). Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado para avaliar o sortimento da floresta em pé, utilizando inventário completo ou a 100% (censo) e inventário florestal por amostragem, além de testar diferentes alternativas de sortimento. Os dados foram submetidos ao teste de Bartlett, análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey, para verificar as diferenças entre as médias dos tratamentos. As perdas relativas da colheita florestal foram estudadas, propondo-se coeficientes de downgrade de sortimentos. Foram avaliados em serraria convencional os rendimentos do desdobro de madeira serrada e realizada a simulação da otimização com o software MaxiTora. Os resultados obtidos demonstraram que o sortimento utilizado influenciou diretamente no volume comercial, variando entre -21,51 a 1,94%. As perdas na colheita florestal foram de 11,92%. O downgrade de sortimentos proporcionou perdas de 5,41% na receita bruta do povoamento florestal, as quais foram produzidas pela não simetria dos fustes (bifurcações e tortuosidades), danos por pragas e falta de precisão do cabeçote processador. O rendimento do desdobro de toras não programado proporcionou rendimentos de 35,79 a 45,09%, contudo, o rendimento do desdobro de toras considerando a utilização de software de otimização de toras, variou de 36,81 a 55,15%. O maior benefício econômico de madeira serrada foi observado em toras de 16 a 23 cm de diâmetro.

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Biomassa, Carbono e Potencial Energético em um Plantio Misto de Pinus taeda L. e Pinus elliottii Engelm.

Renata Reis de Carvalho

Defesa Pública: 03 de agosto de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Joaquim dos Santos – INPA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Alexandre Behling – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Saulo Jorge Téo – UNOESC – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Dimas Agostinho da Silva – UFPR – Quarto Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo analisar a produção de biomassa e estoque de carbono em um plantio misto de Pinus taeda e Pinus elliottii, ajustar modelos e avaliar o efeito da intensidade amostral na estimativa de biomassa comparando-se com o censo florestal. Além disso, determinou-se o potencial energético das espécies. O povoamento, cuja área total é de 43,579 ha, teve a completa enumeração dos indivíduos (censo florestal) aos 16 anos de idade, estando situado no município de Bituruna, estado do Paraná. Com base na distribuição diamétrica gerada no censo florestal, foram selecionadas aleatoriamente 60 árvores, sendo 30 árvores para cada espécie e, pelo método direto destrutivo, foi determinada a biomassa e carbono. A biomassa também foi avaliada por meio da técnica da árvore estratificada em classes de diâmetro no censo florestal. Na modelagem, foram utilizadas três abordagens para estimar a biomassa aérea no plantio misto: ajuste independente, ajuste simultâneo e a técnica do vizinho mais próximo. As melhores equações foram aplicadas nas árvores do talhão para obter os valores paramétricos de biomassa aérea. Na amostragem, utilizou-se o método de área fixa, com o processo de amostragem sistemático, parcela circular de 600 m² e frações amostrais 1, 2 e 5% da população, onde aplicou-se a mesma equação. A biomassa paramétrica e estimada foi comparada com base no erro amostral e erro real. Por fim, foi avaliado o potencial energético das espécies, a fim de identificar qual espécie apresenta as melhores características. A determinação de biomassa pelo método direto revelou heterogeneidade na produção de biomassa aérea entre as espécies, Pinus taeda teve média superior de biomassa em relação a Pinus elliottii. No entanto, a diferença entre as espécies não foi significativa. O plantio misto Pinus spp. produziu 171,5 t ha-1 de biomassa aérea e estocou 77,0 t ha-1 de carbono. Dentre as abordagens utilizadas para estimar a biomassa aérea do plantio misto, o ajuste simultâneo foi similar ao ajuste independente. Entretanto, além da qualidade, a modelagem simultânea possui a vantagem que, ao somar a biomassa dos componentes, o resultado é compatível com a biomassa total. Já a técnica do vizinho mais próximo não apresentou resultados satisfatórios. Pelo ajuste simultâneo, a produção de biomassa no plantio misto revelou que a fração amostral de 5% foi a que mais se aproximou dos valores paramétricos. Do mesmo modo, a técnica da árvore estratificada revelou que a biomassa na fração amostral 5% foi a que melhor caracterizou a população, com erro real de -3,1%. Porém, a técnica não é recomendada para estimativas de biomassa por espécie em virtude do erro real ser superior a 10%. Para energia de biomassa, a espécie Pinus elliottii apresentou melhores características em relação ao Pinus taeda.

Requerimento de Matrícula – Aluno Não-Regular

Solicitação de Matrícula – Aluno Não Regular

Entomofauna Associada a Quatro Composições Florestais na Região de Irati-PR

Lucas Zappia Barcik

Defesa Pública: 20 de abril de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcelo Diniz Vitorino – FURB – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Elynton Alves do Nascimento – UNICENTRO – Segundo Examinador
Profª. Dra. Daniele Ukan – UNICENTRO – Terceira Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A entomofauna é extremamente diversa e pode ocupar os mais variados nichos ecológicos e ter uma grande importância nos processos ecológicos. Graças a esses fatores,os insetos são usados em estudos e avaliações sobre a qualidade ambiental e, identificar essa qualidade é importante para conhecer as abundâncias, riquezas, diversidade dos insetos em várias fisionomias vegetais e os fatores que podem influenciar essas variáveis. O presente estudo avaliou quatro áreas distintas, a floresta ombrófila mista na Floresta Nacional de Irati, um reflorestamento de Pinus taeda L., uma floresta ombrófila mista em sistema de faxinal e um plantio de Ilex paraguariensis St. Hil. As avaliações foram realizadas utilizando duas armadilhas de coleta: Carvalho 47 (modificada) e pitfall. Foram coletados 3474 insetos, pertencentes a 16 ordens e 55 famílias em todas as áreas. As ordens mais abundantes foram Hymenoptera, Coleoptera e Diptera. As famílias Scolytidae, Staphylinidae e Formicidae foram as mais abundantes e constantes em todas as áreas e ao longo do ano, onde a presença destes insetos foi maior entre as estações da primavera e o verão em maiores temperaturas e menores precipitações, enquanto as menores abundâncias foram observadas nas estações do outono e inverno quando as temperaturas foram baixas e as precipitações elevadas. Os índices de riqueza demonstraram que a Flona de Irati e o plantio de I. paraguariensis foram os mais ricos em famílias, já o índice de Shannon e o de Simpson demonstraram que a Flona de Irati foi a mais diversa enquanto que o reflorestamento de P.taeda foi o menos diverso em famílias, enquanto o índice de Jaccard indicou que a área do FOM em sistema Faxinal teve a maior similaridade com o plantio de I. paraguariensis e a menor similaridade com a Flona de Irati. Foram feitas correlações entre as abundâncias e variáveis meteorológicas, temperatura média, máxima, mínima, umidade relativa do ar e precipitação. A Flona de Irati obteve correlação positiva e significativa para as variáveis de temperatura média, máxima e mínima. O reflorestamento de P. taeda obteve correlações significativa e positivas para as temperaturas máximas e médias e também a correlação entre a abundância e a precipitação foi significativa, porém de forma negativa. O Faxinal teve apenas correlações significativas e positivas entre as temperaturas médias, máximas e mínimas e a abundância. O plantio de I. paraguariensis obteve correlação significativa e positivas entre a variável de abundância de insetos e as variáveis de temperatura média, máxima, mínima e a umidade relativa do ar. A cada duas armadilhas foi calculado o índice de diversidade de Shannon e os dados foram dispostos em um esquema fatorial de dois fatores onde foi observado que a interação destes fatores foi estatisticamente significativa; as médias demonstraram que as maiores diversidades ocorreram entre a primavera e o outono e as menores entre o outono e o inverno e que a menor diversidade foi no reflorestamento e a maior foi na Floresta Nacional de Irati. Foi possível concluir: que a entomofauna da Floresta ombrófila mista na Flona de Irati foi a área mais rica e diversa; que a comunidade insetos nas áreas é afetada por variáveis meteorológicas; que a relação entre a quantidade de insetos e a temperatura e umidade podem ser explicadas através de regressões e concluir que há uma maior estabilidade ambiental na Floresta Nacional de Irati e que a diferenças entre a diversidade de famílias ao longo do período e entre as áreas de estudo.

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Estruturação de Bases Temáticas como Subsídio à Proposição de Tratamentos Silviculturais para Fragmentos de Floresta Ombrófila Mista

Julio Cesar Cochmanski

Defesa Pública: 31 de agosto de 2015

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Yeda Maria Malheiros de Oliveira – EMBRAPA Florestas – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Profª. Dra. Maria Augusta Doetzer Rosot – EMBRAPA Florestas – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo teve como objetivo estruturar bases temáticas como subsídio para o ordenamento de fragmentos da Floresta Ombrófila Mista, envolvendo pequenas propriedades com características de práticas de agricultura familiar e de subsistência. O estudo foi realizado na região centro sul do estado do Paraná, no município de Fernandes Pinheiro, envolvendo 36 propriedades daquela região. Para o mapeamento das classes de uso e cobertura da terra utilizou-se uma imagem satelitária WorldView2 com resolução de 0,5 metros por pixel quadrado na banda pancromática e com 2,0 m nas bandas multiespectrais. Delimitou-se as propriedades envolvidas e classificou-se as camadas de uso da terra por propriedade. Com a demarcação dos rios na imagem, criaram-se buffers das APPs conforme a Lei 4.771 e a Lei 12.651, possibilitando comparações, no que se refere à diminuição de áreas de recuperação de APPs, no que tange às APPs de uso consolidado e às novas concessões de que trata a Lei 12.651. Dos 140,47 ha de APPs em toda área de estudo – que deveriam estar recobertos por florestas naturais em bom estado de conservação – apenas 95,6 ha apresentam uso não consolidado e com cobertura florestal natural. Dos 42,87 ha com uso consolidado em APPs, segundo a Lei 12.651, é exigida a recuperação de apenas 4,53 ha, aproximadamente 10%. Foram definidas oito Unidades Silviculturais (USs) nas propriedades, sendo cada US formada por polígonos com cobertura florestal homogênea em relação à subtipologia e condição legal (área de APP ou não), para a qual se recomenda o mesmo tratamento. Descontinuidades físicas como limites de propriedades, cercas, rios e estradas determinaram a subdivisão de uma mesma US, gerando dois ou mais talhões, considerados unidades administrativas onde se aplica o manejo. Os talhões foram agrupados por subtipologia florestal semelhante, tendo-se proposto oito tratamentos silviculturais, distintos para cada grupo de talhões. Foram indicadas seis espécies nativas como espécies-chave para o manejo, sendo elas: Araucaria angustifolia, Ocotea porosa, Ocotea odorifera, Cedrela fissilis, Ilex paraguariensi e Mimosa scabrela; além disso, recomenda-se o controle da espécie exótica Hovenia dulcis Thunb. nas APPs.

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Viabilidade do Aproveitamento da Biomassa Energética na Colheita de Povoamento de Pinus em Primeiro Desbaste

Carla Krulikowski Rodrigues

Defesa Pública: 20 de fevereiro de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Paulo Torres Fenner – UNESP – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Roberto Sanquetta – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Quarto Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Esta pesquisa teve por objetivo realizar uma avaliação operacional, quantificar e caracterizar a biomassa energética e determinar o estoque de energia e carbono em povoamentos de Pinus taeda L. de diferentes idades submetidos ao regime de desbaste. Especificamente, objetivou-se: quantificar a biomassa energética produzida nos povoamentos por meio das operações de colheita da madeira; verificar as variáveis de influência nas operações de corte e extração; e quantificar o potencial de energia da biomassa e as emissões de dióxido de carbono nas diferentes idades dos povoamentos. O estudo foi realizado na empresa Araupel, localizada no município de Quedas do Iguaçu, estado do Paraná, sendo os dados obtidos em povoamentos com 7, 8, 9 e 10 anos de idade no modelo de desbaste misto com remoção total de 50% das árvores, realizado de forma sistemática na quinta linha do plantio e nas linhas adjacentes de forma seletiva. Inicialmente, o volume e a biomassa florestal aérea foram quantificados pelo método destrutivo, segmentando as árvores em toras grossas, toras finas, ponteira, acículas, casca e galhos. Em seguida, foi realizada uma avaliação técnica e de custos do harvester e forwarder determinando a eficiência operacional, o rendimento energético, a produtividade e os custos operacionais e de produção. As variáveis que influenciaram na execução das operações foram analisadas por modelagem estatística. As toras finas, ponteiras, acículas, casca e galhos foram analisados para a determinação do potencial energético dos povoamentos, com a determinação da massa específica básica, poder calorífico superior e inferior, composição química e determinação do índice valor de combustível. Os resultados mostraram que as melhores idades para execução do desbaste para a geração de biomassa lenhosa foram aos 9 e 10 anos, com maior produção de toras grossas para fins industriais. Ao avaliar a colheita da madeira no desbaste nestas idades, constatou-se que a produtividade média do harvester foi de 26,5 e 25,1 m³ por hora efetiva (he), com custo médio de produção de R$ 4,74 m-3 e R$ 5,00 m-3, enquanto do forwarder foi de 37,0 e 37,6 m³ he-1, com custo médio de produção de R$ 4,89 m-3 e R$ 4,81 m-3 para as idades de 9 e 10 anos, respectivamente. Na estimativa da produtividade e custos das máquinas, comprovou-se que o volume individual influenciou significativamente na produtividade e nos custos de produção do harvester, enquanto o volume de carga influenciou na produtividade e custos de produção do forwarder. Ao avaliar a produção de energia a partir da biomassa energética verificou-se que o potencial foi similar em todas as idades avaliadas. Em relação às características energéticas das toras finas e dos resíduos, as idades 9 e 10 anos se destacaram em relação ao índice valor de combustível, principalmente nos componentes toras finas, ponteiras e galhos. Desta maneira, comprovou-se que o aproveitamento da biomassa residual da colheita de madeira apresenta viabilidade na geração de energia, sendo semelhante a quantidade de energia e o potencial de emissão de CO2 nas diferentes idades dos povoamentos.

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Madeira de Pinus patula e de Pinus taeda para Laminação e Produção de Painéis Multilaminados

Everton Lorenzett Tavares

Defesa Pública: 24 de fevereiro de 2017

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Rosilani Trianoski – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Antônio José Vinha Zanuncio – UFU – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A madeira de pinus foi estabelecida no país por incentivos fiscais, sendo a principal fonte de matéria-prima na indústria de painéis compensados na região Sul. Devido a problemas com ataque de macacos nos plantios de Pinus taeda, o Pinus patula Schltdl & Cham vem ganhando destaque devido ao fato dessa espécie não ser atacada por esses animais. Algumas empresas se interessaram em estabelecer plantios com esta última espécie, porém tem dúvidas em relação à qualidade de sua madeira. Deste modo, o estudo teve como objetivos avaliar os efeitos da espécie, da classe de diâmetro da árvore e da posição longitudinal na massa específica básica da madeira; comparar o rendimento da laminação da madeira dessa espécie com a de Pinus taeda e avaliar a qualidade de painéis compensados/LVL produzidos com lâminas de madeira de Pinus patula e Pinus taeda colados com resina uréiaformaldeído, destinados para uso em interior, e fenol-formaldeído, destinados para uso exterior. Foi instalado um experimento para avaliar os efeitos da espécie de madeira e da composição de lâminas em construção balanceada nas propriedades dos painéis (massa específica, teor de umidade, espessura, absorção de água, inchamento em espessura, flexão estática paralela e perpendicular às fibras e qualidade da colagem). Foram utilizadas árvores com 12 anos de idade separadas em três classes de DAP (17 a 22,99; 23 a 32,99 e ≥ 33 cm) plantadas do município de Bituruna-PR. A madeira de Pinus patula apresentou menor massa específica básica e maior rendimento de laminação que a de Pinus taeda, os painéis produzidos com madeira de Pinus patula apresentaram propriedades que atenderam os padrões de qualidade exigidos pela ABIMCI, com exceção da massa específica aparente. A análise do efeito da construção balanceada confirmou que a espessura da lâmina é o que mais influencia no balanceamento das propriedades dos painéis e que as propriedades de estabilidade dimensional e de resistência do painel compensado podem ser estimadas em função das espessuras da lâmina com a grã disposta no sentido paralelo e perpendicular dos painéis.

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Avaliação da Ultrafiltração e da Adsorção em Carvão Ativado no Tratamento Avançado de Efluente de uma Indústria de Papel e Celulose

Hioná Valéria Dal Magro Follmann

Defesa Pública: 03 de março de 2017

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Karina Querne de Carvalho – UTFPR – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Kely Viviane de Souza – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Carlos Magno de Sousa Vidal – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo avaliou o processo de ultrafiltração e o processo de adsorção em carvão ativado como alternativas no tratamento avançado de efluente de uma indústria de papel e celulose. O processo de ultrafiltração foi realizado em um sistema de bancada. Inicialmente, foram determinadas as condições operacionais ideais de velocidade de escoamento e pressão de operação. Os resultados demonstraram que o Re 1653, correspondente à vazão de 96 L.h-1 e, a pressão de 1,5 bar foram as melhores condições para o processo de ultrafiltração. Posteriormente, foi avaliado o desempenho da membrana quanto à remoção dos poluentes e em relação ao fluxo de permeado obtido sob tais condições. Os resultados indicaram grande eficiência do processo de UF na remoção de SST e turbidez, na ordem de 93,77% e 92,30%, respectivamente. O processo de adsorção em carvão ativado foi realizado em batelada. Primeiramente, foram investigados o tempo reacional para obtenção do equilíbrio da adsorção e o pH ideal ao processo. Os resultados indicaram que o tempo mínimo necessário para obtenção do equilíbrio foi de 30 minutos e o pH não influenciou no processo. Em seguida, determinaram-se as isotermas de adsorção para os parâmetros cor e fenol. Os dados experimentais foram então ajustados aos modelos de Langmuir e Freundlich e demonstraram bom ajuste aos dois modelos. Posteriormente, foi avaliado o desempenho do processo de adsorção quanto à remoção dos poluentes sob pH 7, temperatura de 40 ºC e tempo de contato de uma hora. Os resultados demonstraram grande potencial do processo de adsorção em carvão ativado no tratamento avançado de efluente de papel e celulose, com remoção acima de 90% para os parâmetros cor, turbidez, DQO, fenol, Abs254 e Abs280, mostrando-se mais eficiente do que o processo de ultrafiltração.

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Distribuição Espacial, Dinâmica e Biometria de Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O. Berg. em Floresta Ombrófila Mista

Isabel Homczinski

Defesa Pública: 06 de março de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Mario Takao Inoue – UNICENTRO – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Enrique Orellana – IUCN – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a distribuição espacial, a dinâmica e a interação ecológica, bem como a biometria, fenologia reprodutiva e estimar a produtividade frutífera de Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O. Berg. – guabiroba, em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista. A pesquisa foi realizada em parcelas permanentes (25 ha) na Floresta Nacional de Irati (Flona de Irati), que está situada entre os municípios de Fernandes Pinheiro e Teixeira Soares, estado do Paraná. Os dados são provenientes do inventário florestal contínuo (2014) realizado nas parcelas permanentes (25 ha) instaladas em 2002, o qual é coordenado por professores do Laboratório de Manejo Florestal da Universidade Estadual do Centro-Oeste, Campus de Irati, estado do Paraná. Para a análise da distribuição espacial da espécie foi usada a função K de Ripley. Na dinâmica da espécie foram analisadas a fitossociologia, mortalidade, ingresso e incremento (DAP e área basal) em 12 anos de monitoramento, sendo também avaliadas as variáveis qualitativas da espécie (forma do fuste, posição sociológica, fitossanidade, forma e posição da copa). Para o estudo da fitossociologia da comunidade associada à C. xanthocarpa e a relação ecológica interespecífica da espécie, foram selecionadas 92 parcelas de 0,04 ha tendo a árvore da espécie adotada como centro da parcela. Na análise da interação ecológica foi utilizado o índice de sociabilidade e os índices de competição de Glover e Hool e o índice BAL. Para a análise da caracterização biométrica da espécie, dos seus frutos, fenologia reprodutiva e estimativa da produtividade frutífera, foram selecionados 31 indivíduos. Foram utilizadas como variáveis biométricas da árvore: altura total, DAP, diâmetro e comprimento da copa. O estudo da atividade fenológica foi dividido em: início de floração (botões), antese (flor), frutos imaturos e maduros. Para a caracterização biométrica dos frutos foram analisados: o comprimento e largura, o peso fresco, o número de sementes/fruto e o seu volume. A produtividade foi estimada pela relação dos frutos por galhos em função do número de galhos por planta em classes de DAP. A espécie apresentou uma distribuição espacial agregada, com um total de 168 indivíduos tendo uma densidade de sete ind. ha-1 e uma área basal de 0,388 m².ha-1, com pouca variação entre os anos nos parâmetros avaliados. Em 12 anos de monitoramento a espécie apresentou uma taxa média anual de ingresso e mortalidade 1,53 e 0,63%, respectivamente, com um incremento periódico anual em diâmetro e em área basal de 0,291 cm.ano-1 e 0,0071 m².ha-1.ano-1, respectivamente. Na área da comunidade associada à C. xanthocarpa foram amostrados em 2014, 96 espécies arbóreas incluídas em 65 gêneros e 38 famílias. As espécies com maior valor de importância dentro da comunidade foram: Araucaria angustifolia, Ilex paraguariensis, Ocotea porosa, Ocotea odorifera e Nectandra grandiflora, estando essas espécies entre as que mais se associam e as que mais competem com C. xanthocarpa. Quanto à biometria a espécie apresentou valores médios de altura total, DAP, comprimento e diâmetro de copa de 14,2 m; 31,59 cm; 7,17 m e 9,44 m, respectivamente. Quanto à fenologia reprodutiva, a espécie tem fenologia sazonal, com floração nos meses de setembro a outubro e frutificação nos meses de outubro a dezembro. As características biométricas dos frutos tiveram valores médios para largura, comprimento, peso fresco, número de semente/fruto e volume de 22,01 mm; 19,74 mm; 6,64 g, 8,00e 5,32 x 10-3 mm³, respectivamente. A classe diamétrica de maior produtividade foi a de DAP maior ou igual a 40 cm, sendo que em média a espécie produz 1.273 frutos, com peso médio de 8,64 kg.árvore-1.

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