RELATÓRIO DO PROJETO Uma análise pluridisciplinar dos estrangeirismos dentro dos empréstimos linguísticos PET-LETRAS

No ano de 2017, foi desenvolvido através do PET- Letras, o presente projeto, que trabalha com a questão do estrangeirismo. Mais detalhadamente, a proposta seria orientar o usuário da língua portuguesa das diversas influências vistas na linguagem, vinda de línguas estrangeiras. Ao tratar dessa questão, entramos em dois conceitos básicos, primeiro seria de “empréstimo lingüístico” e de “estrangeirismo”.  O empréstimo lingüístico seria palavras “emprestadas” de uma língua estrangeira, mas que é usada de uma forma chamada de “abrasileirada” pelos falantes nativos do português, já o estrangeirismo seria o uso da palavra no Brasil, da mesma forma no país de origem. “Para começar a fazer estudos linguísticos, o aprendiz de pesquisa e do idioma em seus conflitos e harmonias com a langue e a parole necessita atingir um patamar inicial de onde ele possa enxergar o todo da questão. Interessada como estou em estudar problemas linguísticos, acredito que este tópico possa me permitir conhecê-los de maneira ótima em toda sua inteireza. Para tanto quis aprofundar-me num tópico que me fornecesse o maior número de lacunas. Este tópico é o estrangeirismo na língua portuguesa, considerando que na educação básica são crianças e jovens aqueles que estão mais expostos ao uso do estrangeirismo. Nesta questão, passamos do xenofobismo do passado à xenofilia do presente. De certa forma, quem estuda o problema não pode ficar com poucos argumentos, sem vê-lo com a abrangência que ele merece.”. Para tanto, propus-me a analisar esse uso recorrente de uma nova linguagem ou uma língua de fora utilizada em nosso país, ainda em processo de pesquisa, informo que esse projeto está em andamento, portanto, não foram obtidas respostas concretas para todas as questões propostas. Como discussão teórica, apresento brevemente a ideia central. “Na preservação da integridade da língua, em sua história, houve sempre a defesa de que ela deveria manter sua integridade, isolando-se dos estrangeirismos. Os gramáticos recomendaram formas que mantivessem o espírito da língua. Quando a Filologia despontou como a disciplina que forneceria a base para a pureza da língua nacional através do apoio na cultura, notadamente a literatura, que seria a melhor forma de cultivar as tradições sociais e linguísticas, uma vez que os escritores sempre se ocupariam escrevendo poesias e narrativas em retratar o desenvolvimento da cultura nacional de um povo. Na sequência houve o aparecimento da Linguística que se afastou da ideia de que a língua tinha seu principal aspecto era a nacionalidade. Os argumentos agora são especializados com o princípio de que o que interessa mesmo é pensar a situação linguística através da langue e da parole. Com o avanço dos estudos, durante o século 20, surgiu a Sociolinguística que tem grandes representantes no Brasil. De um modo geral, os professores Marcos Bagno e Stella Maris Bortoni-Ricardo que têm procurado esclarecer como deve ser o tratamento dos problemas da linguagem dentro da sociedade, sobretudo no que tange à norma culta e a sua colocação ideal na escola.”

Está pesquisa teve pouco tempo para muitas conclusões, mas ressalto aqui, o principal ponto observado. Sendo a Sociolinguística a área dentro da linguística, que trabalha a língua em uso na sociedade. Observou-se, como dito, que o estrangeirismo acaba por se tornar recurso de um público mais restrito, os jovens, isso vai acabar entrando nessa área, justamente por ser um fator linguístico em uso, principalmente, por esses falantes. Interessante ainda, dizer que, essa grande inserção e aceitação do falante por uma linguagem estrangeira trás certa riqueza para o português, visto que é um novo recurso para se expressar.

 

 

 

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