Composição Florística e Crescimento de Branquilho em Diferentes Condições da Floresta Ombrófila Mista Aluvial
Paulo Gabriel Caleffi Guilhermeti
Defesa Pública: 16 de julho de 2015
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UnC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição e distribuição florística arbórea e a influência de variáveis ambientais ao longo de um gradiente edáfico-hidrico por meio de técnicas multivariadas, bem como analisar e correlacionar o crescimento de S. commersoniana com variáveis climáticas em um fragmento da Floresta Ombrófila Mista Aluvial em Guarapuava – PR. Para o estudo foram utilizadas as unidades amostrais constituídas a partir três transecções (A, B e C), estas foram subdivididas em 42 subunidades amostrais, em parcelas de 10 x 10 metros. As árvores que apresentam DAP ≥ 5 cm foram medidas e identificadas. Os dados da vegetação (abundância, divercidade e área basal) foram correlacionados através de técnicas multivariadas com diferentes variáveis ambientais (nível piezométrico, umidade do solo, resistência a penetração, umidade (amostras deformadas) e variáveis químicas e física do solo. Utilizou-se a técnica de agrupamento TWINPAN a qual apresentou sensitividade em agrupar parcelas em funções de características semelhantes, enquanto a técnica de Correspondência Canônica evidenciou que Sebastiania commersoniana, Ligustrum lucidum e Allophylus edulis estão mais correlacionados com as variáveis pH. nível piezométrico saturação por base e área basal, enquanto que Matayba elaeagnoide e Ocotea puberula estão mais correlacionadas com solos bem drenados. As demais espécies apresentaram alta correlação com resistência a penetração e saturação por alumínio e solos moderadamente drenados. O crescimento de S. commersoniana foi avaliado por meio de análise de tronco parcial a partir de 116 árvores, e como critério de seleção das amostras, procurou-se abranger árvores localizadas em parcelas com diferentes níveis de saturação hídrica e posição sociológica. O método utilizado para a coleta das amostras foi o não destrutivo, através do trado de Pressler (5 mm de diâmetro) Os valores de incremento para S. commersoniana variaram de 1,20 mm/ano (sub-bosque e nível piezométrico baixo) para 1,99 mm/ano (Dossel e nível piezométrico alto). Estes dados foram correlacionados com dados de precipitação, temperatura média, mínima e máxima. Através das análises foi possível constatar que S. commersoniana, apresentou menor incremento quando estavam em posição sociológica dominada e em nível piezométrico alto. Ainda, foi possível verificar que o crescimento de S. commersoniana foi correlacionado negativamente com o somatório da precipitação anual para as árvores localizadas em nível piezométrico alto. Os resultados evidenciam que o excesso hídrico é um fator limitante para a distribuição da maioria das espécies da Floresta Ombrófila Mista Aluvial, e mesmo para espécies adaptadas a estes ambientes, como S. commersoniana, a elevada saturação hídrica traz efeitos adversos para o crescimento.
Produção de Lâminas e Painel Compensado Multilaminado com Madeira de Hovenia Dulcis Thunberg (UVA-DO-JAPÃO)
Ezaquel Bednarczuk
Defesa Pública: 13 de agosto de 2015
Banca Defensora:
Prof. Dr. José Guilherme Prata – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Flávia Alves Pereira – UTFPR – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O estudo objetivou avaliar a qualidade de painéis compensados multilaminados produzidos com lâminas de alburno e de cerne da madeira de Hovenia dulcis Thunberg, e em combinação com lâminas de Pinus elliottii, considerando o efeito do uso de diferentes pressões de prensagem e a influência das características da madeira nas propriedades dos painéis. Foi realizada a caracterização anatômica e física da madeira de alburno e cerne de Hovenia dulcis e a caracterização física da madeira de pinus. Também foi realizada a determinação do rendimento da laminação e a classificação da qualidade das lâminas. Os painéis foram produzidos sob três pressões específicas de prensagem (9, 12 e 15 kgf/cm²) e em seis combinações de lâminas de madeira, utilizando cerne e alburno da Hovenia dulcis e Pinus elliottii, para após serem avaliadas suas propriedades físico-mecânicas por meio das normas da ABNT. Utilizou-se resina fenol-formaldeído, na gramatura de 160 g/m² em linha simples e teor de sólidos de 35%. A análise anatômica mostrou que a madeira de alburno é mais permeável que a de cerne de Hovenia dulcis. As madeiras de alburno e de cerne de Hovenia dulcis não apresentaram diferença estatística significativa para densidade básica, porém ambas apresentaram maior densidade básica que a madeira de Pinus elliotti. A estabilidade dimensional das madeiras de Hovenia dulcis e de Pinus elliottii foi equivalente. O rendimento médio da laminação para as toras de Hovenia dulcis foi menor que à do pinus, com média de 55,56%, mas forneceu lâminas contendo nós com diâmetros menores. Os painéis produzidos apresentaram propriedades físico-mecânicas em conformidade com os parâmetros definidos pela ABIMCI. O aumento da pressão de prensagem resultou no aumento da densidade aparente, inchamento e inchamento mais recuperação em espessura dos painéis, e redução da absorção de água. Os painéis produzidos com lâminas de Hovenia dulcis tiveram maior densidade aparente, rigidez e resistência da linha de cola e menor absorção de água e teor de umidade em relação aos painéis produzidos com lâminas de pinus.
Influência da Mancha Foliar de Mycosphaerella no Desenvolvimento de Eucalyptus dunnii na Região Serrana de Santa Catarina
Alexandre Techy de Almeida Garrett
Defesa Pública: 1º de abril de 2015
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Henrique da Silva Silveira Duarte – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Graziela Piveta – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Com o objetivo de inferir a influência da mancha foliar causada por espécies de Mycosphaerella spp. e Teratosphaeria em plantios de Eucalyptus dunnii foi analisado o desenvolvimento de povoamentos de diferentes materiais genéticos em duas classes de idade acometidos pela doença, na região sul do Brasil em áreas da empresa Klabin S.A. O desenvolvimento expresso pela altura, diâmetro de colo e biomassa da base do fuste das plantas e a severidade da doença foram avaliados em avaliações nos meses de abril, junho, setembro e novembro de 2014 em talhões que apresentavam manchas foliares características às de Mycosphaerella e Teratosphaeria. Em um total de 2232 plantas avaliou-se o desenvolvimento das plantas em função da severidade, o crescimento e a severidade em função de desrama de 25%, 50% e 75% da altura da copa no inicio do experimento e duas aplicações de fungicidas dos grupos químicos Trifloxistrobina e Tebuconazol em volume de calda de 200 L/ha com 0,5 L/ha e 0,75 L/ha do produto comercial e Azoxistrobina e Ciproconazol em volume de calda de 100 L/ha com 0,3 L/ha e 0,45 L/ha do produto comercial. Do material vegetal infectado coletado nas áreas amostradas não foi possível obter isolados para a confirmação do agente etiológico associado às manchas foliares nos plantios de Eucalyptus dunnii. Os clones com maior severidade das manchas foliares e desfolha que apresentaram padrão de infecção da base para o ápice da copa, principalmente para as plantas jovens, apresentaram menor crescimento em altura, diâmetro de colo e de massa da base do fuste. A desfolha levou a aumento da severidade da doença com influência no desenvolvimento em diâmetro das plantas, para o controle da mancha foliar nos plantios as aplicações dos fungicidas testados não apresentaram efetividade no controle da doença.
Efeitos de Diferentes Dosagens de Adubação no Crescimento Inicial de Eucalyptus benthamii na Região Sul do Estado do Paraná
Edson Luis Serpe
Defesa Pública: 04 de março de 2015
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Antônio Carlos Vargas Motta – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Julio Eduardo Arce – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Os efeitos de diferentes dosagens de adubação no crescimento inicial de Eucalyptus benthamii foram estudados no município de General Carneiro, região sul do estado do Paraná. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado sob diferentes dosagens de adubação com unidades amostrais de 250 m² (seis tratamentos e oito repetições) e espaçamento inicial de 2,5 m x 2,5 m aos seis anos de idade. Foi avaliado o crescimento médio individual em diâmetro, altura total, área transversal e volume, assim como a produção média por hectare da área basal, volume total, comercial e por sortimento, além da sobrevivência. O estudo avaliou o crescimento e a produção de E. benthamii em região com invernos rigorosos, sob diferentes dosagens de adubação de superfosfato simples com adição ou não de adubação de base com NPK aplicada em diferentes períodos. Foram ajustados modelos hipsométricos por tratamento e funções de afilamento a partir da cubagem de 27 árvores. Os dados foram submetidos ao teste de Bartlett para todas as variáveis estudadas, análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey, para verificar as diferenças entre as médias dos tratamentos. Os ajustes demonstram que o modelo hipsométrico de Trorey é o melhor modelo para estimar a altura total e o polinômio de potências fracionárias de Hradetzky a função de afilamento mais apropriada para estimar diâmetros a diferentes alturas e estimar o volume total. Comprova-se pelos resultados obtidos que a aplicação de adubação de base (28,8 Kg ha-1 de P2O5, 30,4 Kg ha-1 de Ca e 17,6 Kg ha-1 de S) e adubações de cobertura aos 30 dias (14,4 kg ha-1 de N, 72 Kg ha-1 de P2O5, 14,4 Kg ha-1 de K2O, 0,12 Kg ha-1 de B e 0,48 Kg ha-1 de Zn) e aos 60 e 90 dias (2 aplicações de 36 kg ha-1 de N, 12 Kg ha-1 de P2O5, 72 Kg ha-1 de K2O, 0,48 Kg ha-1 de B e 0,05 Kg ha-1 de Zn) proporciona maior crescimento em volume médio individual, volume total, volume comercial e IMA volumétrico. A espécie é resistente à geadas frequentes no sul do Brasil, apresentando valores de IMA de 54,4 m³ ha -1 ano-1, onde a receita bruta do tratamento que recebeu adubação quando comparado à testemunha é superior em R$ 4.769,00 por hectare.
Avaliação do Emprego da Flotação por ar Dissolvido para Remoção de Fibras de Efluentes Água Clara de Máquina de Papel
Bruna Luiza Managó
Defesa Pública: 10 de março de 2015
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Sandro Xavier de Campos – UEPG – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Ana Claudia Barana – UEPG – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Carlos Magno de Sousa Vidal – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A perda de fibra celulósica fica em torno de 1 a 3% de todas as fibras que entram no processo de produção de papel. Parte destas fibras pode retornar ao processo caso esteja associado à máquina de papel algum tipo de recuperador de fibras. O efluente água clara estudado nesta pesquisa é resultado do tratamento primário de água branca através do equipamento filtro de disco de uma máquina de papel. Foi investigado nesta pesquisa o uso da flotação por ar dissolvido (FAD) visando à recuperação de fibras do efluente água clara gerada na produção de dois tipos de papel. Avaliou-se a influência dos parâmetros dosagem de polímero catiônico (0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5 mg/L), velocidade de flotação (18 e 9 cm/min) e efluente água clara de dois tipos de papel (print e gloss). Os dados foram submetidos à análise estatística através de arranjo fatorial 6 x 2 x 2 – delineamento inteiramente casualizado (DIC). Os resultados obtidos indicaram que o processo de FAD nas condições otimizadas, com dosagem de 1 mg/L de polímero catiônico e velocidade de flotação de 18 cm/min, demonstrou ser uma alternativa viável para a remoção de sólidos suspensos totais (fibras), sólidos totais, cor, turbidez e DQO do efluente estudado com eficiências de remoção de 99%, 25,5%, 98% e 48,5% respectivamente, no efluente água clara do papel gloss, e remoção de 92,9% de SST, 42,7% de ST, 73% de cor, 97% de turbidez, não ocorrendo remoção de DQO no caso do efluente água clara do papel print.