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Defesas realizadas 2014

Sobrevivência e Produtividade de Minicepas de Eucalyptus benthamii Cultivadas em Hidroponia na Presença de BAP

Gisele de Fátima Prates

Defesa Pública: 09 de dezembro de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Rogério Luiz da Silva – UFRRJ – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Graziela Piveta – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente trabalho teve como objetivos avaliar o efeito do regulador de crescimento BAP na sobrevivência, bem como na produtividade de brotações em minicepas de E. benthamii conduzidas em sistema hidropônico. Para tal, foram montados dois experimentos em épocas distintas. Para a formação do minijardim clonal em sistema hidropônico foram utilizadas mudas clonais de E. benthamii com aproximadamente 100 dias de idade. As mudas foram cultivadas em jardineiras contendo a solução nutritiva. Os experimentos foram conduzidos em delineamento em blocos ao acaso com 4 blocos e 5 tratamentos com 10 plantas por repetição no primeiro ensaio e 6 plantas no segundo. Os tratamentos foram constituídos de 4 doses de BAP e uma testemunha. No primeiro ensaio, aos 105 dias, a maior média de sobrevivência das minicepas (80%), e maior produção de brotações (25 brotos) foram registradas para testemunha. No segundo ensaio as minicepas apresentaram uma baixa taxa de sobrevivência. A média da sobrevivência nas 6 avaliações realizadas foram de 63, 45, 65, 64 e 58 respectivamente, para os tratamentos 1, 2, 3, 4, e 5. Foram realizadas 3 coletas sendo o melhor desempenho registrado pela testemunha com produtividade média de 20,25; 14,75 e 8 minestacas respectivamente, para 1, 2 e 3 coleta.

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Planejamento da Colheita de Madeira em Região Montanhosa com uso de Modelagem Espacial e Programação Linear Inteira

Alynne Rudek

Defesa Pública: 09 de setembro de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Christel Lingnau – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Renato Cesar Gonçalves Robert – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Tendo em vista as dificuldades encontradas na realização da colheita florestal em áreas montanhosas, o presente trabalho tem por objetivo definir o planejamento da colheita de madeira em região montanhosa utilizando Programação Linear Inteira (PLI) e Modelagem Espacial. A partir de dados coletados em campo referente à operação de colheita de madeira com o sistema de cabos aéreos, foi desenvolvido um modelo matemático para predição da alocação de torres para colheita com cabos aéreos, o qual contemplou as variáveis, produtividade do sistema, distância de extração, volume de madeira por célula (100 m²), declividade do terreno e tempo de ciclo operacional. Com esse modelo foi possível simular a alocação das torres em diferentes condições e, por conseguinte, o desempenho do sistema de cabos aéreos considerando diferentes variáveis de influência sobre o sistema, o que permite a tomada de decisões mais assertivas sobre a alocação das torres e o planejamento do sistema. O presente trabalho foi realizado nas áreas operacionais da colheita florestal, pertencente à empresa Berneck. Foi realizado o mapeamento das classes de declividade existentes na área de estudos, e utilizando a declividade como critério para definição dos sistemas mais adequados para a extração de madeira foram definidas as áreas a serem colhidas utilizando os diferentes sistemas de colheita empregados pela empresa. Foram utilizados como ferramentas para o planejamento da colheita florestal a Pesquisa Operacional e Sistemas de Informações Geográficas. Os resultados mostraram que grande porção da área estudada apresentou declividades elevadas, pertencentes às classes de 15 a 20º e 21 a 30º, correspondendo a 28,51% e 54,85% da área total, respectivamente, sendo então realizada a colheita de madeira nestas áreas com uso do sistema de cabos aéreos. O cabo aéreo representou 91,01 % das áreas a serem colhidas. A classe de distância de extração equivalente a 200 m representou 57,43% da área total a ser colhida com o uso do sistema de cabos aéreos, seguido pela distância de 201 a 400 m com 26,86% da área total, enquanto as demais áreas situaram-se nas classes com valores superiores a 400 m. Para o cenário de minimização do somatório das distâncias de extração, o modelo estimou a produtividade do sistema em diferentes condições de declividade e distância de extração. Foi verificado que a produtividade do sistema variou entre 21,0 m³ h-1 e 18,0 m³ h-1 , nas classes de distância de 50 m e 150 m, respectivamente. Para o intervalo de declividade igual a 7º e 45º, a produtividade teve variação entre 21,0 m³ h- 1 e 17,27 m³ h-1 respectivamente, para o mesmo cenário. Enquanto no cenário para minimização do tempo de ciclo operacional a produtividade do sistema variou entre 21,68 m³ h -1 e 16,0 m³ h-1 , no intervalo de distância igual a 100 m e 200 m, respectivamente. Ao variar a declividade entre 5º e 20º, a produtividade teve variação entre 20,57 m³ h-1 e 18,86 m³ h-1 respectivamente. Os resultados mostraram que a variável “Tempo de Ciclo” afeta na definição dos pontos de alocação de torres, resultando em menor número de posições a serem ocupadas pela torre e consequentemente maior área de extração por torre; a variável “Distância de Extração” afeta na definição dos pontos de alocação, resultando na seleção de maior número de locais para instalação das torres, distâncias de extração mais curtas e maior movimentação das torres. O modelo para alocação de torres é eficiente, porém precisa ser aperfeiçoado a fim de garantir maior precisão nos casos em que a extração é realizada a longas distâncias. Estas informações auxiliam na tomada de decisão na etapa de planejamento da operação de colheita com cabos aéreos.

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Avaliação Operacional da Colheita de Madeira em Desbastes de Pinus taeda L.

Oscar Manuel de Jesús Vera Cabral

Defesa Pública: 10 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Paulo Torres Fenner – UNESP – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve por objetivo realizar uma análise operacional comparativa envolvendo os aspectos técnicos e de custos da colheita de madeira aplicando dois tratamentos de desbaste em povoamentos de Pinus taeda L., no primeiro desbaste aos 10 anos de idade. Os dados foram obtidos da área florestal de uma empresa localizada no município de Quedas do Iguaçu, estado do Paraná. Os tratamentos foram dois modelos de desbaste determinados pela eliminação sistemática da 5a linha (modelo 1, considerado como tradicional) e 7a linha (modelo 2, considerado como alternativo) e eliminação seletiva das demais linhas do plantio. Os tratamentos foram executados por dois subsistemas de colheita: mecanizado composto pelo harvester e forwarder e misto, composto pela motosserra, harvester e forwarder, sendo a introdução da motosserra justificada pela área que ficou fora do alcance da grua do harvester empregado, denominada “centro de campo”. As mudanças propostas pelo novo modelo de desbaste e subsistema misto de colheita visaram aumento de produtividade, redução de custos das operações e melhor qualidade do povoamento remanescente, além de evitar a perda de área produtiva e distúrbios ao solo em termos de compactação. Para a comparação do desempenho de ambos os subsistemas de colheita de madeira trabalhando nas mesmas condições, foi selecionado um povoamento com caraterísticas homogêneas. Foi realizado um estudo de tempos e movimentos das máquinas de colheita de madeira em ambos os tratamentos de desbaste, permitindo uma comparação dos ciclos operacionais e determinandose a produtividade, eficiência operacional, custos operacionais e de produção. Foi realizada uma avaliação da qualidade das operações por meio da aplicação de inventário de danos no povoamento remanescente. Os resultados mostraram os principais fatores que afetaram o ciclo operacional das máquinas envolvidas nestas operações: para o harvester foram afetados principalmente a busca e corte, o deslocamento e as interrupções; para o forwarder foram afetados a viagem vazia e o carregamento. O subsistema de colheita mecanizado na execução do tratamento de desbaste 1 apresentou maior produtividade (42,3 m3 .h-1) em relação ao modelo 2 (40,5 m3 .h-1), menores custos de produção (R$ 14,98/m3 contra R$ 16,25 /m3 ) e melhor qualidade da operação devido à menor ocorrência dos danos às árvores remanescentes (13 % contra 17 %). Além de serem definidos os danos como pouco importantes, o tratamento proposto possibilitou uma melhor distribuição dos danos na floresta. Comparativamente, o tratamento de desbaste 2 não ofereceu melhores resultados operacionais e de custos de colheita de madeira, porém apresentou os melhores resultados em relação à qualidade com menores danos nas árvores remanescentes do povoamento.

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Composição Florística e Fitossociológica de Floresta Ombrófila Mista em Áreas sob Manejo Silvipastoril e Sucessão Secundária

Joelmir Augustinho Mazon

Defesa Pública: 17 de junho de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Solon Jonas Longhi – UFSM – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Gabriela Schmitz Gomes – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve por objetivo caracterizar e comparar por meio de parâmetros florísticos e fitossociológicos do estrato arbóreo e regenerativo as diferenças entre a composição de espécies e a estrutura florestal em duas unidades amostrais de Floresta Ombrófila Mista Alto Montana em estados de conservação e regimes de uso distintos: uma em sistema silvipastoril com 2 ha e outra em uma reserva legal com 1,8 ha, onde foi permitida a regeneração espontânea durante os últimos vinte anos e a qual encontra-se em estágio secundário de sucessão, localizadas no município de Turvo-PR. Nestes fragmentos, foram considerados para a amostragem do estrato arbóreo todos indivíduos com DAP ≥ 5 cm e no estrato regenerativo, indivíduos com DAP ≤ 5 cm, amostrados em subparcelas de três classes de tamanho de altura (C1: 0,2 m e ≤ 0,5 m; C2: ≥ 0,51 m e ≤ 1,3m e C3: > 1,3 m e DAP ≤ 5), cujo os parâmetros florísticos, síndromes de dispersão, grupos ecológicos, estrutura horizontal e vertical, índice de similaridade de Sørensen e diversidade de Shannon (H’) e Simpson (D) foram analisados e comparados estatisticamente. As unidades amostrais em sistema silvipastoril e de floresta em sucessão secundária apresentaram similaridade florística no estrato arbóreo e regenerativo, mas com menor uniformidade, densidade de indivíduos, riqueza, diversidade e agregação de espécies no estrato arbóreo. A área em sistema silvipastoril apresentou 580,5 ind.ha-¹ e 44 espécies, enquanto que na área de floresta secundária obteve-se 1.411,7 ind.ha-¹ e 68 espécies. A menor densidade e diversidade da área em sistema silvipastoril é refletida no estrato regenerativo, no qual, onde foram mensurados apenas 81 indivíduos, estimados em 19.094 ind.ha-¹ e 25 espécies, com maior porcentagem de indivíduos encontrada na classe C1, e amplo destaque para espécie herbáceo-arbustiva Mollinedia clavigera Tul. Na área de floresta secundária, foram mensurados 433 indivíduos, ou 46.840 ind.ha-¹, distribuídos de maneira mais uniforme entre as classes de altura, compostos por 54 espécies, onde o Allophylus edulis Allophylus edulis (A.St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk. se destaca. Nas duas áreas a maioria das espécies são pertencentes ao grupo ecológico das secundárias e de dispersão zoocórica, tanto no estrato arbóreo, como na regeneração natural. O valor de importância ampliado apontou como as três espécies de maior importância e possibilidade de permanecer na estrutura futura da floresta Ilex paraguariensis A. St-Hil, Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze e Ocotea porosa (Ness) Barroso na área em sistema silvipastoril e Ocotea porosa, Matayba elaeagnoides Radlk. e Myrsine umbellata Mart, na área de floresta secundária, revelando as diferenças florísticas e estruturais resultantes do sistema de utilização e conservação adotado em cada área amostral.

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Estrutura Fitossociológica e Crescimento de Cedrela Fissilis Vell. em Floresta Estacional Decidual no Extremo Oeste de Santa Catarina

Rafael Schmitz

Defesa Pública: 16 de maio de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Evaldo Muñoz Braz – EMBRAPA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Estudos dendrocronológicos são necessários para prover conhecimentos que permitem interpretar melhor o crescimento de uma espécie e floresta ao longo do tempo. Nesse contexto, a partir da análise da composição florística, características de solos e ritmo de crescimento da Cedrela fissilis em um remanescente da Floresta Estacional Decidual no município de Descanso, SC, o presente estudo teve como objetivo, analisar os parâmetros fitossociológicos, verificar subáreas com características ambientais semelhantes, determinar o incremento, o tempo de passagem entre classes diamétricas e ajustar equações de crescimento em diâmetro em função da idade para a Cedrela fissilis no fragmento estudado. Dessa forma, árvores amostra da espécie foram identificadas por meio de transectos e 30 unidades amostrais, considerando a Cedrela fissilis como o centro da parcela, foram sorteadas. Nessas unidades foram realizados levantamentos florísticos, de parâmetros fitossociológicos, coleta de solo e de rolos de incremento da árvore amostra para análise dendrocronológica. Ao todo foram observadas 94 espécies distribuídas em 33 famílias, sendo que 33 espécies são de valor madeirável. O Índice de Diversidade de Shanon foi de 3,96 e três subáreas diferenciadas pelo solo e frequência de espécies foram observadas no remanescente em estudo. Os anéis de crescimento das árvores amostra de Cedrela fissilis foram identificados, medidos e submetidos à datação cruzada. O período cronológico obtido foi de 1844 a 2012. Pela aplicação do teste Tukey (α ≤ 0,01) os incrementos anuais das árvores amostra apresentaram homogeneidade para o crescimento da espécie no local de estudo. Os modelos matemáticos de Mitscherlich, Gompertz, Weibull e Schumacher foram ajustados para interpretar o crescimento em diâmetro em função da idade. O modelo de Schumacher forneceu a melhor acomodação para o comportamento dos dados e características da espécie em estudo. A partir da estimativa do crescimento foram identificadas as idades de 42 anos e 82 anos, respectivamente, pelo incremento em diâmetro e em área basal, como sendo as mais adequadas para intervenções na Cedrela fissilis no remanescente estudado sob condições de manejo. O tempo de passagem da espécie entre classes diamétricas aumentou consideravelmente com a diminuição do incremento em diâmetro, chegando aos 35 anos para a última classe. Dessa forma, os resultados desta pesquisa apontam que o remanescente em estudo apresenta alta diversidade de espécies, inclusive de valor madeireiro, com possibilidades de exploração em médio prazo. A dendrocronologia mostrou aplicabilidade como uma ferramenta para contribuir com o manejo sustentável da espécie e da Floresta Estacional Decidual da região do extremo oeste catarinense.

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Avaliação de Bactérias Como Promotoras de Crescimento e Enraizamento de Mudas de Eucalyptus Spp. sob Diferentes Formas de Dispensa

Ana Claudia Spassin

Defesa Pública: 18 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Cacilda Marcia Duarte Rios Faria – UNICENTRO – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Álvaro Figueiredo dos Santos – EMBRAPA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A utilização de micro-organismos benéficos como promotores de crescimento e enraizamento de plantas tem se mostrado uma excelente alternativa visando estimular o aumento da produtividade e desenvolvimento do eucalipto. Assim, objetivou-se neste trabalho avaliar o potencial de isolados de rizobactérias e residentes do filoplano na propagação vegetativa de Eucalyptus dunnii, Eucalyptus grandis e Eucalyptus viminalis com o propósito de se obter um isolado que promova o crescimento e, ou o enraizamento de miniestacas de alguma das espécies utilizadas no estudo. O experimento foi conduzido no laboratório de Proteção Florestal e no Viveiro do Departamento de Engenharia Florestal da UNICENTRO. Para a formação do minijardim clonal as espécies foram cultivadas em mini-canaletões em leito de areia, sob regime de podas seletivas visando à formação das minicepas. As miniestacas selecionadas foram coletadas no período matutino e submetidas a três métodos diferentes de dispensa de bactérias: imersão das miniestacas em suspensão bacteriana antes do plantio, pulverização de suspensão bacteriana sobre o filoplano das miniestacas e a utilização em conjunto dos dois métodos citados. Estas foram estaqueadas em casa de vegetação e, após 30 dias, foram transferidas para a casa de sombra onde permaneceram entre 20 a 30 dias. Em seguida as mudas foram acondicionadas em área de pleno sol para a rustificação. Nos sete experimentos conduzidos, avaliou-se a sobrevivência e enraizamento, altura, peso seco e fresco de parte aérea e raiz das miniestacas. Os resultados obtidos demonstraram que os isolados bacterianos testados apresentaram alta variabilidade na resposta de promoção de crescimento e enraizamento das miniestacas de E. dunnii, E. grandis e E. viminalis, não sendo observado efeito pronunciado no modo de aplicação devido à ausência de efeito promotor dos isolados bacterianos utilizados.

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Aplicação de Microfiltração e Ultrafiltração Como Pós-Tratamento de Efluente de Lodo Ativado de uma Indústria de Papel e Celulose

Ludmila Carvalho Neves

Defesa Pública: 14 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Karina Querne de Carvalho – UTFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Miguel Mansur Aisse – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dra. Jeanette Beber de Souza – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo avaliou e comparou a aplicação de membranas filtrantes de micro e ultrafiltração como alternativas de pós-tratamento de efluente de uma indústria de papel e celulose. Foram realizados ensaios de filtração em escala de laboratório em equipamento piloto de micro e ultrafiltração. Visando otimizar os tratamentos empregados, a primeira etapa desta pesquisa foi destinada à determinação das condições operacionais ideais de velocidade de escoamento, pressão de operação e intervalo de retrolavagem para cada membrana testada. Posteriormente, foi avaliado o desempenho das membranas de micro e ultrafiltração no que se refere às eficiências de remoção de cor, DQO, turbidez, ABS254, lignina/tanino e sólidos totais, bem como em relação ao fluxo de permeado obtido. Após os ensaios, as membranas foram submetidas ao processo de limpeza química com solução de hipoclorito. Durante os experimentos verificou-se que a formação de torta na superfície das membranas foi o principal mecanismo de incrustação no meio filtrante. Os resultados indicaram que as membranas de micro e ultrafiltração melhoraram a qualidade do efluente, sendo que as médias de rejeição foram de 84% de cor verdadeira empregando-se a UF e 75% com a MF. Para DQO houve rejeição de 84,3% para a UF e 80% para a MF. Houve 99% de turbidez para os dois tratamentos estudados; a UF removeu 82,5% da lignina e a MF 76,5%, prsente no efluente, para a ABS254 houve redução de 73,6% para a UF e 56,4% para a MF. Sendo assim, os tratamentos empregados apresentaram grande potencial como alternativa de pós-tratamento de efluente da indústria de papel e celulose estudada. Os valores de permeabilidade hidráulica obtidos na etapa de limpeza química das membranas revelaram que a limpeza química foi eficaz, pois não houve diferença estatística na permeabilidade hidráulica das membranas antes e após o procedimento de limpeza.

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Projeção da Produção Utilizando Curvas de Sítio Anamórficas e Polimórficas para Plantios de Eucalyptus grandis W. Hill. Ex. Maiden

Vanessa Scavinski

Defesa Pública: 11 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Ana Paula Dalla Corte – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Lucas Rezende Gomide – UFLA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de curvas de sítio anamórficas e polimórficas na modelagem do crescimento e da produção em povoamentos de Eucalyptus grandis. A região de estudo se localiza no estado de São Paulo e compreende as regiões de Botucatu e Itapetininga. Foram utilizados dados de Inventário Florestal Contínuo (IFC) com medições de 2001 a 2012, englobando idades de 12 a 96 meses. Para gerar as curvas de índice de sítio foram ajustados os modelos de Schumacher e Chapman-Richards, nas suas formas anamórficas e polimórficas. O método de construção das curvas empregado foi o da diferença algébrica. Os modelos testados foram avaliados com as estatísticas: erro padrão da estimativa percentual (Syx%), coeficiente de determinação ajustado (R²ajust) e com a distribuição gráfica dos resíduos. Testes de anamorfismo e polimorfismo foram também realizados e principalmente o critério de estabilidade das curvas no decorrer dos anos foi analisado com dados de remedições em parcelas permanentes. Para estimar a produção o modelo de Clutter (1963) foi ajustado, utilizando o índice de sítio estimado pela equação selecionada, nas formas anamórfica e polimórfica. Em seguida, foi aplicada uma análise de variância para comparar as produções observadas no inventário com as projeções da produção obtidas a partir das curvas de sítio anamórficas e polimórficas. Os resultados demonstraram que o desempenho do modelo biológico de Chapman-Richards, tanto na forma anamórfica quanto na forma polimórfica, foi superior ao modelo de Schumacher. O modelo de produção de Clutter foi adequado na obtenção das estimativas de volume e área basal, fornecendo valores coerentes do ponto de vista estatístico e biológico. A produção projetada com o modelo de produção, utilizando curvas de sítio anamórficas ou polimórficas, gerou resultados similares na região de estudo.

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Avaliação da Qualidade da Subsolagem em Diferentes Condições de Solo

Saulo Boldrini Gonçalves

Defesa Pública: 10 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Paulo Torres Fenner – UNESP – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A subsolagem é uma operação do preparo do solo que se consolidou na área florestal devido a seus efeitos benéficos para as plantas e vantagens operacionais. Mas qual seria o equipamento ideal a ser utilizado em cada condição de solo e qual a profundidade a ser trabalhada? Este trabalho objetivou realizar uma avaliação operacional e de qualidade do preparo mecanizado em diferentes solos e profundidades para a implantação florestal. Os dados foram coletados nas áreas operacionais da empresa Klabin S.A, localizada no município de Telêmaco Borba, PR. Foi estudado o sistema de preparo do solo composto por um trator de esteiras equipado com subsolador. Foram alocadas parcelas amostrais nas áreas florestais contemplando dois solos: Latossolo Vermelho de textura muito argilosa (solo A) e Latossolo Vermelho Amarelo de textura arenosa (solo B). Os tratamentos foram às profundidades de trabalho do subsolador a 40 e 50 cm no solo A (SA-40 e SA-50) e as mesmas profundidades para solo B (SB-40 e SB-50). Inicialmente foi determinado a disponibilidade mecânica, a eficiência operacional e a produtividade do equipamento na execução do preparo mecanizado do solo. Por fim, foi realizado uma avaliação da qualidade da operação de preparo mecanizado do solo, por meio da determinação da resistência do solo à penetração de raízes (RP), profundidade, formato do sulco e distância entre linhas de sulco. Os dados de qualidade foram analisados com uso de ferramentas de controle da qualidade (gráficos de controle e histogramas). Os resultados mostraram que não houve alterações significativas (p<0,05) na disponibilidade mecânica, eficiência operacional e produtividade, nas diferentes profundidades de trabalho avaliadas dentro do mesmo solo. Os solos estudados apresentaram valores de RP acima do valor crítico (2 MPa) na camada de 0 a 40 cm de profundidade no momento antes da subsolagem. A classe de distância que apresentou maior valor de resistência do solo à penetração foi de 0 a 50 cm, explicado pelo maior tráfego das máquinas de colheita na margem do talhão. A profundidade e formato do sulco estavam sob controle do processo de preparo do solo para os tratamentos SA-40 e SA-50. O percentual das medidas de profundidade no centro do sulco, que atingiram o limite especificado pela empresa (50 cm para solos textura muito argilosa), foi de 22,6 e 40,6 % para os tratamentos SA-40 e SA-50 respectivamente. No solo B esse percentual foi de 55,0 e 84,6 % para SB-40 e SB-50, sendo o limite estabelecido pela empresa de 40 cm para solos arenosos respectivamente.

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Efeito do Espaçamento na Produção, Variáveis Dendrométricas e Propriedades da Madeira de Eucalyptus benthamii

Cristiane Carla Benin

Defesa Pública: 18 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Setsuo Iwakiri – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Considerando que o espaçamento é um dos fatores condicionantes da produção florestal e tendo em vista que pode causar modificações nas taxas de crescimento da floresta e sobre as propriedades da madeira, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar o efeito de quatro espaçamentos de plantio na produção e desenvolvimento das variáveis dendrométricas de E. benthamii e nas propriedades físicas e mecânicas de sua madeira. As avaliações foram realizadas aos seis anos de idade, com dados e amostras de madeira obtidas a partir de um plantio experimental implantado no ano de 2006, em Guarapuava- PR. O plantio foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso, sobre quatro espaçamentos: 3 x 2m, 3 x 3m, 4 x 3m e 4 x 4m. As variáveis dendrométricas DAP (cm), altura total (m), área transversal (m²), área basal (m² .ha-1 ), volume individual (m³) e volume/ha (m³. ha-1 ) foram avaliadas em função do espaçamento de plantio. A correlação entre estas variáveis e o espaçamento também foram avaliadas. Das propriedades físicas da madeira, a variação da densidade básica média e da estabilidade dimensional da madeira foi avaliada em função dos espaçamentos de plantio e da posição de amostragem no fuste. Já a densidade básica ponderada pelo volume e as propriedades de resistência e rigidez da madeira que foram determinadas pelos ensaios mecânicos, foram caracterizadas e analisadas apenas sob o efeito do espaçamento. De modo geral, as variáveis dendrométricas apresentaram alta correlação com o espaçamento. Os espaçamentos mais amplos favoreceram o diâmetro, altura, área transversal e o volume individual, enquanto os menores espaços vitais foram responsáveis pelos maiores valores de área basal e volume por hectare. A produção oscilou de 238,90 m³.ha-1 no maior espaçamento a 392,08 m³.ha-1 no menor espaçamento. A densidade básica não sofreu influência do espaçamento, sendo que a média registrada entre os quatro espaçamentos foi de 0,49 g/cm³. Os valores de retração da madeira demostraram elevada instabilidade dimensional. Poucos efeitos do espaçamento foram registrados sobre as propriedades mecânicas da madeira, sendo que na idade avaliada a madeira pode ser caracterizada com baixa a média resistência mecânica. Nas condições deste estudo, concluiuse que os diferentes espaçamentos de plantio influenciaram as variáveis dendrométricas e a produção florestal, no entanto não foram responsáveis por alterar as propriedades físicas e mecânicas da madeira.

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