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Defesas realizadas 2012

Análise de conflitos da arborização de vias públicas utilizando sistemas de informações geográficas: caso Irati, Paraná

Cleverson Luiz Dias Mayer

Defesa Pública: 20 de dezembro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Silvia Meri Carvalho – UEPG – Primeira Examinadora
Prof. Dra. Luciene Stamato Delazari – UFPR – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A arborização de vias públicas gera inúmeros benefícios à qualidade de vida da população urbana, mas se implantada de forma inadequada também pode causar diversos transtornos para os municípios. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar os conflitos da arborização de vias públicas em Irati, Paraná por meio de técnicas de análise espacial. Para aplicação da análise espacial foi empregado o software SPRING, utilizando imagens orbitais Quickbird de 61 cm de resolução espacial e arquivos vetoriais contendo o limite dos bairros do município, a rede de distribuição elétrica, instalações subterrâneas, equipamentos urbanos e localização das árvores. Os dados alfanuméricos referentes às árvores e necessários para a formulação do SIG foram fornecidos pela Secretaria de Ecologia e Meio Ambiente do Município. Após a estruturação do modelo de dados foi realizada a confrontação das estruturas urbanas e a localização dos indivíduos arbóreos referentes às distâncias de segurança com a realidade observada, por meio de consultas ao banco de dados e aplicado o estimador de densidade Kernel aos resultados das consultas. Também foi utilizada a estatística de imagens aplicada aos resultados matriciais gerados pela análise do estimador de densidade. Os resultados das consultas detectaram 1286 (98,47%) conflitos, ou seja, indivíduos arbóreos em desconformidade com as recomendações da legislação pertinente referentes às suas características e a sua localização no meio urbano. Com uso da estatística Kernel, foram geradas imagens de densidade referente aos resultados das consultas permitindo uma melhor interpretação visual na distribuição espacial dos conflitos. A estatística de imagens demonstrou que, de forma geral, a distribuição espacial dos conflitos apresenta alta correlação entre si, comprovando a dificuldade de implantar uma arborização de vias públicas de forma não conflitante com as diversas estruturas urbanas, evidenciando assim, a necessidade de uma adequação das estruturas urbanas para a implantação de árvores, e não somente um ajuste da arborização para o meio urbano.

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Determinação de variáveis dendrométricas de Eucalyptus urograndis com dados LiDAR Aerotransportado

Caciane Peinhopf

Defesa Pública: 19 de dezembro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Christel Lingnau – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Marcos Benedito Schimalski – UDESC – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo comparar parâmetros biofísicos de um povoamento de Eucalyptus urograndis obtidos em inventário florestal convencional com aqueles derivados de perfilamento a LASER Aerotransportado, com densidades de pontos LASER de 5 e 10 pontos/m². Os plantios florestais selecionados para este estudo se localizam no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, pertencentes à empresa Fibria Celulose S.A. As parcelas amostradas no decorrer do inventário florestal são de caráter temporário, de forma circular com raio de 11,28 m e área aproximada de 400 m². A área foi sobrevoada entre os meses de janeiro a março, para aquisição da varredura a LASER com densidade de 5 e 10 pontos/m², respectivamente, além de simultânea aquisição de fotografias aéreas. Na análise dos parâmetros biofísicos, a altura total das árvores foi obtida com os dados LiDAR a partir da diferença entre os pontos que compunham a nuvem de pontos representativa do terreno e o ponto mais alto, visualmente determinado em uma área de pontos que representam a copa. Os diâmetros e volume foram estimados em função da altura, com modelo ajustado a partir de dados de campo. As médias das alturas, diâmetros e volumes obtidos nos povoamentos com variação de idade entre 3 a 8 anos de idade, derivadas das informações de campo e comparadas com os dados extraídos do LiDAR, foram comparados com o teste de Dunnett (α ≤ 0,05). Os resultados indicam que as médias de altura, diâmetro (DAP) e volume obtidos com dados LiDAR, em geral, apresentaram resultados estatisticamente iguais aos dados obtidos em campo, exceto para o povoamento com idade maior para esta área de estudo (8 anos). Por outro lado, os erros médios obtidos ficaram entre 3,97 a 12,77%; 4,54 a 20,89% e 14,46 a 59,26%, respectivamente para a altura, DAP e volume. Os dados LiDAR de densidade 10 pontos/m2 apresentou erros médios inferiores que a densidade 5 pontos/m2 . Os desvios entre os dados obtidos pelo LiDAR em relação àqueles de campo apresentaram uma boa correlação com a idade, indicando que essa variável pode ser mensurada por meio desta tecnologia. Entretanto, esses mesmos desvios não tiveram qualquer correlação com a declividade, indicando que esta variável parece não afetar a altura medida com dados LiDAR. Em síntese, há possibilidade de aplicação da técnica LiDAR para o inventário e monitoramento florestal, maximizando a acurácia e minimizando a coleta de informações básicas do povoamento pelo método tradicional, ainda necessário para ajuste de equação diamétrica e volumétrica.

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Prospecção de isolados de rizobactérias e filoplano na promoção de crescimento de mudas de Eucalyptus benthamii

Ana Lídia Moura do Carmo

Defesa Pública: 17 de dezembro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Ricardo Magela de Souza – UFLA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Álvaro Figueredo dos Santos – EMBRAPA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de rizobactérias de Eucalyptus benthamii e de Pinus sp., bem como de bactérias residentes do filoplano, na germinação de sementes e na promoção de crescimento de mudas de E. benthamii em condições in vitro e in vivo, a partir de sementes microbiolizadas com suspensões de propágulos. Para tanto, isolou-se as rizobactérias de E. benthamii e Pinus sp. por meio da técnica de diluição seriada fator 10 e utilizou-se oito isolados de bactérias residentes de filoplano pertencentes à coleção do laboratório de proteção florestal da UNICENTRO. Em condições in vitro avaliou-se a germinação de sementes de E. benthamii e a colonização radicular de mudas em que 80% dos isolados avaliados foram capazes de colonizar o sistema radicular de mudas de E. benthamii. Aos 120 dias após a semeadura, em condições in vivo, avaliou-se a germinação de sementes, o diâmetro do coleto, altura das mudas, comprimento de raiz, relação entre peso seco da massa aérea, peso seco da massa radicular e peso seco da massa total. Também foram calculados Índice de Qualidade de Dickson (IQD), relação diâmetro de coleto/altura (Dc/H) e altura/diâmetro de coleto (H/Dc). Nenhum isolado diferiu estatisticamente do tratamento controle, que foi constituído por sementes de E. benthamii submersas em água, em relação aos parâmetros avaliados. Não foi possível selecionar nenhum isolado com potencial de promotor de crescimento de mudas de E. benthamii.

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Aspectos mercadológicos da produção de compensados no Estado do Paraná

Nayara Guetten Ribaski

Defesa Pública: 14 de dezembro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Márcio Lopes da Silva – UFV – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Alberto Marçal Gonzaga – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A sobrevivência das empresas em um mercado competitivo depende do conhecimento do progresso e do comportamento do setor em que atua, para que possam tomar as melhores decisões. O presente trabalho teve como objetivo geral descrever o perfil da indústria de compensado paranaense de acordo com a visão de seus gestores. Os objetivos específicos foram: caracterizar o setor paranaense de painéis compensados; analisar a percepção dos gestores das empresas de compensados sobre a situação atual do mercado e avaliar os fatores que afetam a produção, como os produtos substitutos e a competitividade. Os instrumentos de pesquisa utilizados para obtenção dos dados primários foram entrevistas e questionários, apresentando caráter exploratório e descritivo. A coleta de dados foi dividida em duas fases, sendo a primeira aplicada no período de julho a setembro 2010, com aplicação de 89 questionários nas empresas paranaenses produtoras de compensados. E a segunda fase no período de julho a setembro de 2012, com aplicação de 81 questionários, um número inferior à fase I devido ao fechamento de empresas e/ou incorporação a empresas maiores. Por meio das perguntas abertas foi aplicada a metodologia SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), e para as fechadas, o tratamento foi quantitativo. Na fase I 30,34% das empresas participaram da pesquisa e na fase II 27,16%, ambas obtendo um erro amostral inferior a 13,5%. De acordo com a análise da estrutura de mercado, foi constatado que na década de 80 os produtores de compensados, estrategicamente, optaram por abastecer o mercado externo, vislumbrando maiores lucros devido à valorização do dólar. Nesse período, os Estados Unidos tornaram-se o principal cliente, em detrimento do mercado interno. Esse nicho de mercado brasileiro vem sendo ocupado por painéis de madeira reconstituída, tornando tais produtos em substitutos para o compensado em diversos setores de atuação. Desse modo, alterou-se a elasticidade-preço da demanda. Observou-se que, em 2010, a produção das empresas atuantes no mercado teve uma redução de 56% em relação ao ano de 2008. E que, em 2012, 60% da produção estão sendo destinadas para o mercado interno, com o intuito de se aproveitar o aquecimento da construção civil. O restante da produção destinada à exportação apresentou novos destinos em 2010, focando os mercados emergentes, como o da América do Sul, do Oriente Médio e da África. Esses, ainda não apresentam barreiras técnicas ou comerciais específicas para o compensado, como as verificadas nos mercados dos Estados Unidos e Europa. As barreiras mais citadas foram: comprovação legal da origem da madeira e exigência em relação ao controle da qualidade. Em relação aos fatores que afetam a produção de painéis de compensado, 93% dos produtores entrevistados afirmaram que o preço da venda é o maior problema e que o custo de produção está elevado. Em relação à exportação, o valor comercializado é fator desestimulante para os produtores. De acordo com os participantes, 52% acreditam que existe um produto substituto ao compensado, dentre os quais, 57% acreditam ser o MDF. De acordo com as análises setoriais o segmento de painéis de compensados vinha apresentando sinais de queda em sua produção desde 2004, atribuída ao elevado custo de produção, baixa competitividade e elevado custo da terra, culminando com a crise imobiliária americana. No entanto, mesmo com o setor mostrando fragilidade, os participantes da pesquisa não demonstraram ter conhecimento desses acontecimentos. Conclui-se que os produtores, ou não têm domínio sobre o mercado em que atuam, o que dificulta a tomada de melhores decisões, ou não os mencionaram propositalmente para não caracterizar a situação atual como crítica e evitar dificuldade na obtenção de possíveis empréstimos ou créditos no mercado. O compensado apresenta-se em uma fase de maturidade e em declínio, isso porque a empresa nada fez para se impedir a situação. No entanto, existem estratégias para evitar o declínio.

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Carga tributária de empresas florestais produtoras de madeira de Pinus spp.: um estudo de caso

Leandro da Silva Bargas

Defesa Pública: 13 de dezembro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Mauricio Romero Gorenstein – UTFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Alberto Marçal Gonzaga – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Sebastião do Amaral Machado – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O nível de tributação sobre as empresas e pessoas físicas no Brasil está posicionado em um patamar elevado, chegando a inviabilizar certos negócios. A dificuldade de mensurar a carga tributária e seu efeito sobre a rentabilidade do empreendimento florestal não é possível que se faça uma análise aprofundada e assim, traçar um plano de âmbito tributário, visando reduzir a incidência de tributos (impostos, taxas e contribuições) em prol da maior lucratividade do empreendimento. O objetivo dessa pesquisa foi traçar um perfil dos tributos que incidem sobre o ciclo produtivo e sobre o faturamento de plantios comerciais de Pinus spp., e ainda apontar qual regime de tributação a empresa deve optar, com foco na redução de tributos e, por conseguinte, maximizar sua competividade no setor. Por meio da estruturação de um fluxo de caixa, chegou-se ao impacto dos tributos no custo de formação florestal de pinus até o 21º ano, que representou 8,6% em relação ao custo total, quando não considerada a tributação sobre o faturamento. Em regime de lucro presumido, esta porcentagem elevou-se para 18,4%, chegando a 36,6% em regime de lucro real. Quando analisado o VPL em diferentes regimes de tributação, obteve-se o valor de R$2.625/ha (sem tributação no faturamento), R$1.331/ha (lucro presumido) e valor negativo para o regime de lucro real, não atingindo a Taxa Mínima de Atratividade estabelecida de 8,7% a.a. Ainda foi possível determinar a rotação econômica que indicou o período de corte raso aos 21 anos. Em termos de valor presente, para se produzir um metro cúbico de madeira de pinus, houve um investimento de R$73,22, considerando a tributação sobre o faturamento em regime de lucro real, sendo que 46% da composição desse custo equivalem a tributos. O custo médio de produção da madeira, sem considerar a tributação sobre o faturamento, foi de R$50,79/m³. No cenário em que considerou o regime de tributação em lucro presumido, o custo de produção médio chegou ao valor de R$56,83/m³, sendo que desse total, 31% correspondem a tributos.

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Fitossociologia, dinâmica e biomassa de um fragmento da Floresta Estacional Semidecidual

Qohelet José Ianiski Veres

Defesa Pública: 31 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcos Vinicius Winckler Caldeiran – UFES – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Rafaelo Balbinot – UFSM – Segundo Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo teve como objetivos abordar a Floresta Estacional Semidecidual nos aspectos das relações floristicas e fitossociologicas, conhecer os seus processos dinâmicos, estimar a quantidade de biomassa acumulada e carbono seqüestrado em seus diversos componentes, e por fim, realizar uma avaliação econômica atual e futura do capital estocado na floresta. A floresta em questão localiza-se no município de São José das Palmeiras, região Oeste do Estado do Paraná. Foram coletados os dados de diâmetro à altura do peito – DAP (cm) e altura (m) de todas as árvores com DAP ≥ 5 cm, procedentes de uma unidade amostral permanente, com área de 5000 m², subdividida em 50 subunidades de 100m², que foram instaladas em 2007 e remedidas em 2011. Em relação ao aspecto fitossociologico, realizada em 2007, foram registrados 779 indivíduos arbóreos, sendo 102 indivíduos mortos em pé e 677 vivos, distribuídos em 31 famílias, 56 gêneros, e 61 espécies. Destacaram-se em numero de espécies as famílias Fabaceae (27,47%), Verbenaceae (15,51%), Euphorbiaceae (7,39%), Meliaceae (5,61%), seguidos por Malvaceae (4,87%) e Rutaceae (4,87%), representando 65 % do total de espécies encontradas. Em relação ao aspecto florístico, o fragmento apresentou uma riqueza de espécies considerável, com altos valores de Shannon e Pielou. Com isso podese observar que o fragmento é bem conservado, caracterizando uma floresta em estagio inicial de regeneração. Em 2011, foram registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e mensurados e identificados os indivíduos recrutados (DAP > 5 cm). A área basal/hectare manteve-se praticamente a mesma, com queda de 0,30 m²/ha, sendo influenciada pela alta taxa de mortalidade anual (5,98%) e pequena taxa de ingresso (3,32%). O incremento médio anual (IMA) para todas as espécies foi de 0,20 cm, variando de 0,03 a 0,76 cm. As espécies Chorisia speciosa A.St.-Hil. e Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez obtiveram IMA de 0,86 cm e 0,32 cm respectivamente, elevando assim o IMA médio para as últimas classes de diâmetro. Foram abatidas 32 árvores-amostra para o ajuste das equações alométricas, as quais foram selecionadas por meio do ranqueamento do valor de importância (VI). Os componentes das árvores foram separados em casca, fuste, folhas, miscelânea, galhos vivos, galhos mortos e total. Foram selecionadas as equações que obtiveram os melhores valores referentes às estatísticas de regressão, R² ajustado e Syx%, bem como por análise visual do gráfico de dispersão dos resíduos. A prognose da distribuição diamétrica foi realizada pelo método da razão de movimentos. Na avaliação econômica foi estimado o Valor produtivo do povoamento referente à capacidade atual e futura de fixação do carbono. Os coeficientes de determinação (R² adj.) para as equações selecionadas variaram de 0,11 a 0,90 e erro 141,89 a 41,53%, para biomassa dos componentes, e de 0,03 a 0,87 para R² adj. e 143,64 a 46,20% de erro, para carbono estocado nos componentes. Estimou-se em 42,1 ton.ha-1 para biomassa total e 29,39 ton.ha-1 para carbono estocado total. Para o fragmento da Floresta Estacional Semidecidual, há um maior estoque de carbono na madeira do fuste > galhos vivos > folhas > casca do fuste> galhos mortos > miscelânea. Utilizando as distribuições diamétricas futuras por meio do método da razão de movimentos estimou-se o carbono estocado total (aérea + raízes), de 4 em 4 anos, até atingir o ano de 2031. Utilizou-se o valor de U$ 9,28 por tonelada de Dioxido de carbono efetivamente sequestrado. O valor produtivo para o povoamento atingiu R$ 299,95 por hectare/ano.

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Análise de fatores ergonômicos em atividades de implantação florestal

Pedro Caldas de Britto

Defesa Pública: 31 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Luciano José Minette – UFV – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo desta pesquisa foi avaliar fatores ergonômicos em atividades de implantação florestal, subsidiando a tomada de decisão para melhoria do conforto, saúde e segurança dos trabalhadores florestais. O estudo foi realizado em uma empresa florestal localizada nas regiões do Norte Pioneiro e Campos Gerais, Estado do Paraná, envolvendo as atividades de plantio manual, com aplicação de hidrogel; adubação de base; aplicação de herbicida e roçada semimecanizada. Na pesquisa foram estudados os fatores humanos e as condições do trabalho, por meio de questionários aplicados aos trabalhadores na forma de entrevistas individuais. Foi determinado o perfil antropométrico da população por meio de 41 medidas coletadas em 250 trabalhadores da implantação florestal. As principais variáveis antropométricas foram relacionadas com as ferramentas utilizadas em cada atividade, propondo quando necessário, adequações de acordo com as medidas da população nos percentis de 5; 50 e 95%. Foi ainda realizada uma avaliação de desconforto postural com o uso de um questionário com o mapa de desconforto postural, por meio de entrevistas individuais aos trabalhadores, que permitiu identificar a frequência de ocorrência e a intensidade de desconforto/dor em diferentes regiões do corpo para cada atividade. Além disso, foi realizada uma avaliação biomecânica com o uso de filmagens dos trabalhadores em três percentis, classificados conforme a estatura da população, (5, 50 e 95%), para cada uma das atividades, sendo os dados analisados no “software” 3DSSPP (Programa de Predição de Postura e de Força Estática 3D). Os resultados demonstraram que a idade média dos trabalhadores foi aproximadamente 35 anos, 89,23% é de origem rural, 52% são casados e 77,53 % são de baixa escolaridade (ensino fundamental incompleto). Quanto ao tempo de serviço na empresa, a média foi de 14,9 meses e o tempo médio de experiência na função de 12,46 meses. A estatura média dos trabalhadores é de 156,8, 167 e 178,5 cm, respectivamente, representado nos percentis de 5, 50 e 95%. Os resultados da avaliação antropométrica demonstraram a necessidade de ajustes em alguns equipamentos e que sejam adaptadas às variações antropométricas dos trabalhadores, tais como as dimensões dos pés, das mãos, distância de alcance dos braços, estatura em pé, entre outros. Os questionários de desconforto/dor comprovaram que as regiões mais problemáticas foram os ombros e as pernas, podendo estas serem justificadas devido ao peso transportado e devido as distâncias percorridas em locais de difícil acesso e ainda com resíduo da colheita florestal. Nas avaliações biomecânicas as articulações do quadril e ombros foram as mais afetadas, porém com pouco risco de lesão aos trabalhadores. Nas atividades de plantio e adubação, os trabalhadores mais altos (percentil 95%) apresentaram maiores riscos potenciais de lesão, do que os trabalhadores mais baixos, que pode ser justificado pela postura inadequada adotada em consequência das dimensões inadequadas das ferramentas utilizadas na execução das atividades florestais.

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Modelagem de crescimento e da produção de Pinus taeda L.

Neumar Irineu Wolff II

Defesa Pública: 30 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Ana Paula Dalla Corte – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A presente dissertação teve por objetivo realizar o ajuste de modelos matemáticos através de dados obtidos pela análise de tronco completa para gerar as equações que melhor representem o crescimento e a produção futura dos plantios de Pinus taeda L. de uma empresa localizada na região Centro Sul do Paraná, e com isto auxiliar no planejamento estratégico de sua gestão florestal. A base de dados é composta por plantios de Pinus taeda com espaçamentos iniciais de 3,0 x 3,0 metros, 3,0 x 2,5 metros e 2,5 x 2,5 metros , implantados entre os anos de 1992 a 2005. Inicialmente utilizou-se como parâmetros iniciais os dados provenientes de um recente inventário florestal realizado nos 4594,30 hectares plantados, agrupados em classes de sítio pelo modelo de Schumacher e o método da curva guia. Em cada sítio foi realizada uma estratificação em classes de diâmetro pelo método de Sturges para a seleção das 144 árvores amostradas para a análise de tronco completa. Foram retirados os discos na base e a 1,30 m do solo, e em seções relativas de 15%, 25%, 35%, 45%, 55%, 65%, 75%, 85% e 95% de sua altura total, que totalizaram 11 fatias por árvore, medidas no equipamento LINTAB, o qual permitiu realizar estas medições rapidamente e com altíssimo grau de precisão, e após isto processadas no software Florexel. Foram ajustados dois modelos para a obtenção dos diâmetros com casca nas idades anteriores à coleta. As informações da quantidade de árvores por hectare atual e desbastada ao longo dos anos foram obtidas dos inventários florestais anteriormente feitos pela empresa. Finalmente, estes dados foram utilizados para a realização da modelagem do crescimento e produção, através do ajuste de modelos matemáticos disponíveis na literatura para a modelagem em nível de povoamento. O ajuste dos modelos foi realizado avaliando-se o Coeficiente de Determinação Ajustado e o Erro Padrão de Estimativa, além dos gráficos de distribuição de resíduos. O modelo de Clutter (1963) foi o que resultou melhores projeções da área basal e do volume para a plantação estudada. Os resultados obtidos demonstraram que a análise de tronco completa pode ser considerada uma ferramenta apropriada para a modelagem do crescimento e produção.

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Qualidade de painéis de madeira compensada fabricados com lâminas de Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis

Sandra Kazmierczak

Defesa Pública: 27 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Celso Edmundo Foelkel – Pesquisador – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Roberto Pedro Bom – UNIUV – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Esta pesquisa teve como objetivo analisar a qualidade de painéis de madeira compensada produzidos com lâminas de madeira das espécies Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e do híbrido Eucalyptus urograndis, em diferentes composições, como alternativa de uso dessas espécies, buscando melhor qualidade quanto às propriedades físicas e mecânicas dos painéis fabricados. Para avaliação da qualidade e de suas propriedades físicas e mecânicas, foram produzidos painéis com dimensão de 500 x 500 x 14 mm, compostos por sete camadas de lâminas. O adesivo usado foi à base de fenol-formaldeído (FF) com teor de sólido na batida de cola de 28%, 32%, 36% e gramatura nominal de 360 g/m² em linha dupla. A prensagem dos painéis foi realizada em prensa de prato maciço com temperatura de 130°C, 12 kgf/cm² de pressão e tempo de prensagem de 15 minutos. Foi analisada a massa específica, a umidade de equilíbrio, a absorção de água, o inchamento em espessura, o cisalhamento da linha de cola, o MOR e o MOE à flexão estática. As análises permitiram avaliar o efeito da utilização da madeira de Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e Eucalypus urograndis na fabricação dos painéis de madeira compensada, utilizando diferentes proporções na batida de cola e diferentes composições de espécies. Os resultados foram também comparados aos requisitos das normas ABNT 31:000.05 (2001), European Standard EN 314-2 (1993) e Deutsches Institut für Normung – DIN 68792 (1979). Para as propriedades de absorção de água e inchamento em espessura, as três espécies apresentaram valores superiores aos exigidos pela norma. Os valores das propriedades de cisalhamento da linha de cola, MOR e MOE foram superiores para painéis de Eucalyptus saligna e quando em misturas com lâminas das madeiras de Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis. Para os painéis de Eucalyptus dunnii verificou-se menores valores de propriedades mecânicas, com tendência de aumento quando em misturas com lâminas das demais espécies. Pode-se concluir que os painéis produzidos com lâminas de Eucalyptus saligna e de Eucalyptus urograndis apresentaram bons resultados tanto no uso individual como em mistura com outras espécies, classificando seu uso para construção civil.

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Espacialização da produção de Pinus taeda L. por sortimento de madeira

Isaac Kiszka Sponholz

Defesa Pública: 24 de agosto de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Edilson Batista de Oliveira – EMBRAPA – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este estudo apresenta uma alternativa para a espacialização de dados de simulação da produção florestal, por sortimento de madeira, para auxiliar nos processos administrativos e nas tomadas de decisões da empresa florestal. Para este trabalho foi utilizado como sistema de informações geográficas o Sistema para Processamento de Informações Georreferenciadas – SPRING – de fonte aberta, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e para a simulação da produção foi utilizado o Sistema para Prognose do Crescimento e Produção de Plantações de Pinus – SISPINUS – desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. A integração do SPRING com o SISPINUS possibilitou a espacialização de dados de prognose de crescimento e da produção por sortimento de madeira, de uma empresa florestal até o ano de 2030, além da possibilidade de planejamento espacial e programação do rodízio de talhões. O sistema implementado, apresentou bastante praticidade, proporcionando rápida visualização de informações espaciais sobre produção por sortimento de madeira, além de fornecer informações sobre o controle da rotatividade da produção nos talhões e fazendas da empresa. O sistema permitiu agilidade operacional de informações e pode ser aplicado tanto no suporte administrativo como no planejamento das empresas do setor florestal.

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