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Defesas Mestrado 2017

Entomofauna Associada a Quatro Composições Florestais na Região de Irati-PR

Lucas Zappia Barcik

Defesa Pública: 20 de abril de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcelo Diniz Vitorino – FURB – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Elynton Alves do Nascimento – UNICENTRO – Segundo Examinador
Profª. Dra. Daniele Ukan – UNICENTRO – Terceira Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A entomofauna é extremamente diversa e pode ocupar os mais variados nichos ecológicos e ter uma grande importância nos processos ecológicos. Graças a esses fatores,os insetos são usados em estudos e avaliações sobre a qualidade ambiental e, identificar essa qualidade é importante para conhecer as abundâncias, riquezas, diversidade dos insetos em várias fisionomias vegetais e os fatores que podem influenciar essas variáveis. O presente estudo avaliou quatro áreas distintas, a floresta ombrófila mista na Floresta Nacional de Irati, um reflorestamento de Pinus taeda L., uma floresta ombrófila mista em sistema de faxinal e um plantio de Ilex paraguariensis St. Hil. As avaliações foram realizadas utilizando duas armadilhas de coleta: Carvalho 47 (modificada) e pitfall. Foram coletados 3474 insetos, pertencentes a 16 ordens e 55 famílias em todas as áreas. As ordens mais abundantes foram Hymenoptera, Coleoptera e Diptera. As famílias Scolytidae, Staphylinidae e Formicidae foram as mais abundantes e constantes em todas as áreas e ao longo do ano, onde a presença destes insetos foi maior entre as estações da primavera e o verão em maiores temperaturas e menores precipitações, enquanto as menores abundâncias foram observadas nas estações do outono e inverno quando as temperaturas foram baixas e as precipitações elevadas. Os índices de riqueza demonstraram que a Flona de Irati e o plantio de I. paraguariensis foram os mais ricos em famílias, já o índice de Shannon e o de Simpson demonstraram que a Flona de Irati foi a mais diversa enquanto que o reflorestamento de P.taeda foi o menos diverso em famílias, enquanto o índice de Jaccard indicou que a área do FOM em sistema Faxinal teve a maior similaridade com o plantio de I. paraguariensis e a menor similaridade com a Flona de Irati. Foram feitas correlações entre as abundâncias e variáveis meteorológicas, temperatura média, máxima, mínima, umidade relativa do ar e precipitação. A Flona de Irati obteve correlação positiva e significativa para as variáveis de temperatura média, máxima e mínima. O reflorestamento de P. taeda obteve correlações significativa e positivas para as temperaturas máximas e médias e também a correlação entre a abundância e a precipitação foi significativa, porém de forma negativa. O Faxinal teve apenas correlações significativas e positivas entre as temperaturas médias, máximas e mínimas e a abundância. O plantio de I. paraguariensis obteve correlação significativa e positivas entre a variável de abundância de insetos e as variáveis de temperatura média, máxima, mínima e a umidade relativa do ar. A cada duas armadilhas foi calculado o índice de diversidade de Shannon e os dados foram dispostos em um esquema fatorial de dois fatores onde foi observado que a interação destes fatores foi estatisticamente significativa; as médias demonstraram que as maiores diversidades ocorreram entre a primavera e o outono e as menores entre o outono e o inverno e que a menor diversidade foi no reflorestamento e a maior foi na Floresta Nacional de Irati. Foi possível concluir: que a entomofauna da Floresta ombrófila mista na Flona de Irati foi a área mais rica e diversa; que a comunidade insetos nas áreas é afetada por variáveis meteorológicas; que a relação entre a quantidade de insetos e a temperatura e umidade podem ser explicadas através de regressões e concluir que há uma maior estabilidade ambiental na Floresta Nacional de Irati e que a diferenças entre a diversidade de famílias ao longo do período e entre as áreas de estudo.

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Madeira de Pinus patula e de Pinus taeda para Laminação e Produção de Painéis Multilaminados

Everton Lorenzett Tavares

Defesa Pública: 24 de fevereiro de 2017

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Rosilani Trianoski – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Antônio José Vinha Zanuncio – UFU – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

A madeira de pinus foi estabelecida no país por incentivos fiscais, sendo a principal fonte de matéria-prima na indústria de painéis compensados na região Sul. Devido a problemas com ataque de macacos nos plantios de Pinus taeda, o Pinus patula Schltdl & Cham vem ganhando destaque devido ao fato dessa espécie não ser atacada por esses animais. Algumas empresas se interessaram em estabelecer plantios com esta última espécie, porém tem dúvidas em relação à qualidade de sua madeira. Deste modo, o estudo teve como objetivos avaliar os efeitos da espécie, da classe de diâmetro da árvore e da posição longitudinal na massa específica básica da madeira; comparar o rendimento da laminação da madeira dessa espécie com a de Pinus taeda e avaliar a qualidade de painéis compensados/LVL produzidos com lâminas de madeira de Pinus patula e Pinus taeda colados com resina uréiaformaldeído, destinados para uso em interior, e fenol-formaldeído, destinados para uso exterior. Foi instalado um experimento para avaliar os efeitos da espécie de madeira e da composição de lâminas em construção balanceada nas propriedades dos painéis (massa específica, teor de umidade, espessura, absorção de água, inchamento em espessura, flexão estática paralela e perpendicular às fibras e qualidade da colagem). Foram utilizadas árvores com 12 anos de idade separadas em três classes de DAP (17 a 22,99; 23 a 32,99 e ≥ 33 cm) plantadas do município de Bituruna-PR. A madeira de Pinus patula apresentou menor massa específica básica e maior rendimento de laminação que a de Pinus taeda, os painéis produzidos com madeira de Pinus patula apresentaram propriedades que atenderam os padrões de qualidade exigidos pela ABIMCI, com exceção da massa específica aparente. A análise do efeito da construção balanceada confirmou que a espessura da lâmina é o que mais influencia no balanceamento das propriedades dos painéis e que as propriedades de estabilidade dimensional e de resistência do painel compensado podem ser estimadas em função das espessuras da lâmina com a grã disposta no sentido paralelo e perpendicular dos painéis.

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Avaliação da Ultrafiltração e da Adsorção em Carvão Ativado no Tratamento Avançado de Efluente de uma Indústria de Papel e Celulose

Hioná Valéria Dal Magro Follmann

Defesa Pública: 03 de março de 2017

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Karina Querne de Carvalho – UTFPR – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Kely Viviane de Souza – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Carlos Magno de Sousa Vidal – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo avaliou o processo de ultrafiltração e o processo de adsorção em carvão ativado como alternativas no tratamento avançado de efluente de uma indústria de papel e celulose. O processo de ultrafiltração foi realizado em um sistema de bancada. Inicialmente, foram determinadas as condições operacionais ideais de velocidade de escoamento e pressão de operação. Os resultados demonstraram que o Re 1653, correspondente à vazão de 96 L.h-1 e, a pressão de 1,5 bar foram as melhores condições para o processo de ultrafiltração. Posteriormente, foi avaliado o desempenho da membrana quanto à remoção dos poluentes e em relação ao fluxo de permeado obtido sob tais condições. Os resultados indicaram grande eficiência do processo de UF na remoção de SST e turbidez, na ordem de 93,77% e 92,30%, respectivamente. O processo de adsorção em carvão ativado foi realizado em batelada. Primeiramente, foram investigados o tempo reacional para obtenção do equilíbrio da adsorção e o pH ideal ao processo. Os resultados indicaram que o tempo mínimo necessário para obtenção do equilíbrio foi de 30 minutos e o pH não influenciou no processo. Em seguida, determinaram-se as isotermas de adsorção para os parâmetros cor e fenol. Os dados experimentais foram então ajustados aos modelos de Langmuir e Freundlich e demonstraram bom ajuste aos dois modelos. Posteriormente, foi avaliado o desempenho do processo de adsorção quanto à remoção dos poluentes sob pH 7, temperatura de 40 ºC e tempo de contato de uma hora. Os resultados demonstraram grande potencial do processo de adsorção em carvão ativado no tratamento avançado de efluente de papel e celulose, com remoção acima de 90% para os parâmetros cor, turbidez, DQO, fenol, Abs254 e Abs280, mostrando-se mais eficiente do que o processo de ultrafiltração.

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Distribuição Espacial, Dinâmica e Biometria de Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O. Berg. em Floresta Ombrófila Mista

Isabel Homczinski

Defesa Pública: 06 de março de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Mario Takao Inoue – UNICENTRO – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Enrique Orellana – IUCN – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a distribuição espacial, a dinâmica e a interação ecológica, bem como a biometria, fenologia reprodutiva e estimar a produtividade frutífera de Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O. Berg. – guabiroba, em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista. A pesquisa foi realizada em parcelas permanentes (25 ha) na Floresta Nacional de Irati (Flona de Irati), que está situada entre os municípios de Fernandes Pinheiro e Teixeira Soares, estado do Paraná. Os dados são provenientes do inventário florestal contínuo (2014) realizado nas parcelas permanentes (25 ha) instaladas em 2002, o qual é coordenado por professores do Laboratório de Manejo Florestal da Universidade Estadual do Centro-Oeste, Campus de Irati, estado do Paraná. Para a análise da distribuição espacial da espécie foi usada a função K de Ripley. Na dinâmica da espécie foram analisadas a fitossociologia, mortalidade, ingresso e incremento (DAP e área basal) em 12 anos de monitoramento, sendo também avaliadas as variáveis qualitativas da espécie (forma do fuste, posição sociológica, fitossanidade, forma e posição da copa). Para o estudo da fitossociologia da comunidade associada à C. xanthocarpa e a relação ecológica interespecífica da espécie, foram selecionadas 92 parcelas de 0,04 ha tendo a árvore da espécie adotada como centro da parcela. Na análise da interação ecológica foi utilizado o índice de sociabilidade e os índices de competição de Glover e Hool e o índice BAL. Para a análise da caracterização biométrica da espécie, dos seus frutos, fenologia reprodutiva e estimativa da produtividade frutífera, foram selecionados 31 indivíduos. Foram utilizadas como variáveis biométricas da árvore: altura total, DAP, diâmetro e comprimento da copa. O estudo da atividade fenológica foi dividido em: início de floração (botões), antese (flor), frutos imaturos e maduros. Para a caracterização biométrica dos frutos foram analisados: o comprimento e largura, o peso fresco, o número de sementes/fruto e o seu volume. A produtividade foi estimada pela relação dos frutos por galhos em função do número de galhos por planta em classes de DAP. A espécie apresentou uma distribuição espacial agregada, com um total de 168 indivíduos tendo uma densidade de sete ind. ha-1 e uma área basal de 0,388 m².ha-1, com pouca variação entre os anos nos parâmetros avaliados. Em 12 anos de monitoramento a espécie apresentou uma taxa média anual de ingresso e mortalidade 1,53 e 0,63%, respectivamente, com um incremento periódico anual em diâmetro e em área basal de 0,291 cm.ano-1 e 0,0071 m².ha-1.ano-1, respectivamente. Na área da comunidade associada à C. xanthocarpa foram amostrados em 2014, 96 espécies arbóreas incluídas em 65 gêneros e 38 famílias. As espécies com maior valor de importância dentro da comunidade foram: Araucaria angustifolia, Ilex paraguariensis, Ocotea porosa, Ocotea odorifera e Nectandra grandiflora, estando essas espécies entre as que mais se associam e as que mais competem com C. xanthocarpa. Quanto à biometria a espécie apresentou valores médios de altura total, DAP, comprimento e diâmetro de copa de 14,2 m; 31,59 cm; 7,17 m e 9,44 m, respectivamente. Quanto à fenologia reprodutiva, a espécie tem fenologia sazonal, com floração nos meses de setembro a outubro e frutificação nos meses de outubro a dezembro. As características biométricas dos frutos tiveram valores médios para largura, comprimento, peso fresco, número de semente/fruto e volume de 22,01 mm; 19,74 mm; 6,64 g, 8,00e 5,32 x 10-3 mm³, respectivamente. A classe diamétrica de maior produtividade foi a de DAP maior ou igual a 40 cm, sendo que em média a espécie produz 1.273 frutos, com peso médio de 8,64 kg.árvore-1.

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Fungos Promotores de Crescimento e Produção de Mudas de Pinus taeda L.

Fernanda Bortolanza Pereira

Defesa Pública: 22 de fevereiro de 2017

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Graziela Piveta – UFSM – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Fabiana Schmidt Bandeira Peres – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Evandro Vagner Tambarussi – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Apesar dos avanços técnicos e científicos experimentados pelo setor florestal ao longo das últimas décadas, quando se trata da produção de mudas, problemas enfrentados há 20 anos ainda persistem na atualidade, apesar de serem o insumo preponderante ao sucesso dos empreendimentos florestais. Neste escopo, explorar a riqueza de microrganismos capazes de promover o crescimento de plantas demonstra ser uma alternativa viável para obtenção de mudas de qualidade morfológica e fisiológica superior, aumentando as possibilidades de sobrevivência das mesmas às adversidades de campo. Uma grande diversidade de microrganismos associados às plantas pode ser utilizada com o objetivo de se promover o crescimento de mudas ou ainda atuar na proteção das mesmas contra microrganismos patogênicos. Dessa forma, o presente trabalho dividiu-se em três partes, buscando obter ao menos um isolado fúngico com propriedades de promoção de crescimento em mudas de Pinus taeda L.: i) Isolar fungos a partir de material de campo e avaliar o efeito da inoculação destes sobre o crescimento das mudas, a fim de selecionar ao menos dois isolados com potencial de promoção de crescimento; ii) Confirmar o efeito promotor de crescimento dos isolados selecionados, determinando a melhor fase da produção de mudas seminais para inoculação; iii) Verificar se os isolados selecionados apresentam capacidade de controle biológico de Fusarium proliferatum Schltdl. associado às sementes de P. taeda. Da seleção massal, dois isolados foram selecionados, I14R e I51, ambos pertencentes ao gênero Trichoderma Pers., reconhecido amplamente na literatura pelos efeitos de promoção de crescimento e controle biológico. Entretanto, no ensaio de confirmação, apenas o isolado I51 demonstrou efeito sobre as variáveis de crescimento avaliadas, dada a interação com condições ambientais do ensaio. No experimento de controle biológico de F. proliferatum, ambos os isolados foram eficientes no teste de confrontação direta in vitro. Contudo, no ensaio in vivo, nenhum dos isolados mostrou-se eficiente possivelmente devido à forma de inoculação dos mesmos.

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Biomassa e Flora Epifítica de Copas de Araucaria angustifolia

Emílio Carlos Zilli Ruiz

Defesa Pública: 22 de fevereiro de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Franklin Galvão – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Francelo Mognon – IAP – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar e modelar a biomassa aérea de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze em fragmentos de Floresta Ombrófila Mista, bem como analisar a riqueza, diversidade e distribuição de epífitas vasculares em forófitos dessa espécie. Utilizou-se de dados primários oriundos de 30 árvores nativas manejadas em um Projeto de Pesquisa e Extensão do Departamento de Engenharia Florestal da UNICENTRO. A metodologia da pesquisa foi descritiva, analítica com dados primários, de abordagem quantitativa. Para a biomassa de fuste com casca foram retiradas amostras da árvore para determinar a densidade básica média e então extrapolar para toda a árvore por meio da cubagem. Em relação aos galhos e grimpas, foi mensurada a circunferência de base e comprimento de 209 galhos e pesados para ajustar equações. Foi também mensurada a circunferência do nó dos galhos quebrados para estimar a massa seca desses galhos. Para as epífitas, dividiram-se as árvores em três zonas de amostragem vertical e todos os indivíduos foram identificados e registrados em suas respectivas zonas. A média do comprimento dos galhos foi 4,06 m e da circunferência de base, 24,04 cm, ou seja, diâmetro de 7,65 cm. As médias das massas secas de galhos e ramos foliares (grimpas) foram de 6,473 e 1,644 kg, respectivamente. Para as estimativas das massas secas de galho e ramos foliares, quando inseridos no modelo variáveis relacionadas com comprimento e circunferência, os ajustes proporcionaram melhores resultados, seguido apenas da circunferência, com resultados próximos, e do comprimento. Para todos os casos, foi necessária transformação na variável dependente para atender a normalidade de resíduos e homogeneidade nas variâncias. Em relação à biomassa aérea parcial e total, 77,00% da massa seca foi proveniente do fuste com casca, 18,26% dos galhos e 4,74% dos ramos foliares. Para as estimativas da massa seca aérea total, fuste com casca e de galhos, o DAP apresentou maior Correlação de Pearson (r) com valores de 0,93, 0,95 e 0,79, respectivamente. Para a massa seca de ramos foliares, a maior correlação foi com o comprimento de copa (r = 0,76). Tanto para massa seca de ramos foliares, galhos e fuste, quanto total aérea, o modelo de Spurr apresentou os melhores resultados de R²adj e Syx, porém os coeficientes β0 de todas as equações foram não significativos a 1% de significância. Assim, para massa seca de ramos foliares, o modelo mais adequado foi o linear de simples entrada com o comprimento de copa (R²adj = 0,515 e Syx = 24,48%); para os galhos, o de simples entrada com o DAP em valor absoluto (R²adj = 0,604 e Syx = 35,30%); para o fuste com casca foi o de Schumacher-Hall linearizado (R²adj = 0,936 e Syx = 8,92%) sendo esse modelo, também o mais adequado para o total (R²adj = 0,885 e Syx = 12,82%). Ainda, foram levantados 2.837 indivíduos de epífitas vasculares pertencentes a 25 espécies. A família Orchidaceae apresentou maior riqueza de espécies (11) seguida de Polypodiaceae (sete). Para abundância, essas famílias também apresentaram mais indivíduos sendo a Polypodiaceae com 54,38% do total e Orchidaceae, 13,57%. A copa apresentou maior riqueza de espécies (21), seguido da base e do fuste, e maior abundância com 69,16% do total levantado. Dez espécies ocorreram apenas na copa, três na base e seis nas três zonas de amostragens. Microgramma squamulosa e Pleopeltis hirsutissima foram as espécies mais representativas e, o Índice de Shannon foi de 0,202 e de Pielou 0,684. Portanto, como principais conclusões pode se afirmar que os galhos de Araucárias nativas apresentam grandes dimensões podendo ser utilizados em usos específicos, além dessas árvores possuírem elevada biomassa sendo o DAP bastante correlacionado com esta variável. A flora epifítica em Araucária apresentou-se muito rica e diversa, sendo a copa o principal ambiente deste grupo de plantas.

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