Análise operacional, ergonômica e de custos das atividades de roçada e poda em plantios florestais
Felipe Martins de Oliveira
Defesa Pública: 31 de maio de 2011
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Amaury Paulo de Souza – UFV – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Segundo Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise operacional, ergonômica e de custos das atividades de roçada e poda em florestas plantadas, realizadas pelos métodos manual e semimecanizado, visando o aumento de produtividade e melhoria das condições de segurança e saúde dos trabalhadores. A pesquisa foi realizada em uma empresa prestadora de serviços florestais, localizada na região do Norte Pioneiro, Estado do Paraná. A avaliação operacional consistiu em um estudo de tempos e movimentos, determinando a produtividade e a eficiência do trabalho, bem como foi realizada uma avaliação da qualidade das atividades de poda executadas por ambos os métodos de trabalho. A análise de custos foi feita por meio do levantamento dos custos operacionais e de produção em todas as atividades estudadas. A avaliação ergonômica envolveu a determinação da carga de trabalho físico utilizando um monitor de frequência cardíaca. Além disso, foi realizada uma avaliação biomecânica por meio de filmagens dos trabalhadores na execução das atividades, sendo os dados analisados nos softwares WinOWAS (Análise de Postura) e 3DSSPP (Programa de Predição de Postura e de Força Estática 3D). Os resultados indicaram que a produtividade da roçada foi semelhante em ambos os métodos de trabalho, enquanto nas três podas, o método semimecanizado apresentou melhor qualidade e maior produtividade. Em ambas as atividades, os custos de produção foram superiores no método semimecanizado. A carga cardiovascular média dos trabalhadores na execução das atividades nos diferentes métodos de trabalho esteve abaixo do limite máximo recomendado de 40%, sendo o trabalho classificado como moderadamente pesado. A atividade de roçada manual exigiu um maior esforço físico dos trabalhadores, sendo a atividade classificada como pesada, além de ter ocasionado as piores posturas, principalmente em relação à coluna lombar dos trabalhadores. As articulações do quadril e ombros foram as mais afetadas na execução da poda, porém com pouco risco de lesão aos trabalhadores. Apesar do maior custo de produção, as atividades executadas pelo método semimecanizado propiciaram diversos benefícios como maior segurança, saúde e qualidade do trabalho, comprovando a viabilidade da mecanização nas atividades silviculturais.