Carla Krulikowski Rodrigues

Defesa Pública: 20 de fevereiro de 2017

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Paulo Torres Fenner – UNESP – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Carlos Roberto Sanquetta – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Nilton Cesar Fiedler – UFES – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Quarto Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Esta pesquisa teve por objetivo realizar uma avaliação operacional, quantificar e caracterizar a biomassa energética e determinar o estoque de energia e carbono em povoamentos de Pinus taeda L. de diferentes idades submetidos ao regime de desbaste. Especificamente, objetivou-se: quantificar a biomassa energética produzida nos povoamentos por meio das operações de colheita da madeira; verificar as variáveis de influência nas operações de corte e extração; e quantificar o potencial de energia da biomassa e as emissões de dióxido de carbono nas diferentes idades dos povoamentos. O estudo foi realizado na empresa Araupel, localizada no município de Quedas do Iguaçu, estado do Paraná, sendo os dados obtidos em povoamentos com 7, 8, 9 e 10 anos de idade no modelo de desbaste misto com remoção total de 50% das árvores, realizado de forma sistemática na quinta linha do plantio e nas linhas adjacentes de forma seletiva. Inicialmente, o volume e a biomassa florestal aérea foram quantificados pelo método destrutivo, segmentando as árvores em toras grossas, toras finas, ponteira, acículas, casca e galhos. Em seguida, foi realizada uma avaliação técnica e de custos do harvester e forwarder determinando a eficiência operacional, o rendimento energético, a produtividade e os custos operacionais e de produção. As variáveis que influenciaram na execução das operações foram analisadas por modelagem estatística. As toras finas, ponteiras, acículas, casca e galhos foram analisados para a determinação do potencial energético dos povoamentos, com a determinação da massa específica básica, poder calorífico superior e inferior, composição química e determinação do índice valor de combustível. Os resultados mostraram que as melhores idades para execução do desbaste para a geração de biomassa lenhosa foram aos 9 e 10 anos, com maior produção de toras grossas para fins industriais. Ao avaliar a colheita da madeira no desbaste nestas idades, constatou-se que a produtividade média do harvester foi de 26,5 e 25,1 m³ por hora efetiva (he), com custo médio de produção de R$ 4,74 m-3 e R$ 5,00 m-3, enquanto do forwarder foi de 37,0 e 37,6 m³ he-1, com custo médio de produção de R$ 4,89 m-3 e R$ 4,81 m-3 para as idades de 9 e 10 anos, respectivamente. Na estimativa da produtividade e custos das máquinas, comprovou-se que o volume individual influenciou significativamente na produtividade e nos custos de produção do harvester, enquanto o volume de carga influenciou na produtividade e custos de produção do forwarder. Ao avaliar a produção de energia a partir da biomassa energética verificou-se que o potencial foi similar em todas as idades avaliadas. Em relação às características energéticas das toras finas e dos resíduos, as idades 9 e 10 anos se destacaram em relação ao índice valor de combustível, principalmente nos componentes toras finas, ponteiras e galhos. Desta maneira, comprovou-se que o aproveitamento da biomassa residual da colheita de madeira apresenta viabilidade na geração de energia, sendo semelhante a quantidade de energia e o potencial de emissão de CO2 nas diferentes idades dos povoamentos.

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