Efeitos de Diferentes Dosagens de Adubação no Crescimento Inicial de Eucalyptus benthamii na Região Sul do Estado do Paraná
Edson Luis Serpe
Defesa Pública: 04 de março de 2015
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Antônio Carlos Vargas Motta – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Julio Eduardo Arce – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Os efeitos de diferentes dosagens de adubação no crescimento inicial de Eucalyptus benthamii foram estudados no município de General Carneiro, região sul do estado do Paraná. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado sob diferentes dosagens de adubação com unidades amostrais de 250 m² (seis tratamentos e oito repetições) e espaçamento inicial de 2,5 m x 2,5 m aos seis anos de idade. Foi avaliado o crescimento médio individual em diâmetro, altura total, área transversal e volume, assim como a produção média por hectare da área basal, volume total, comercial e por sortimento, além da sobrevivência. O estudo avaliou o crescimento e a produção de E. benthamii em região com invernos rigorosos, sob diferentes dosagens de adubação de superfosfato simples com adição ou não de adubação de base com NPK aplicada em diferentes períodos. Foram ajustados modelos hipsométricos por tratamento e funções de afilamento a partir da cubagem de 27 árvores. Os dados foram submetidos ao teste de Bartlett para todas as variáveis estudadas, análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey, para verificar as diferenças entre as médias dos tratamentos. Os ajustes demonstram que o modelo hipsométrico de Trorey é o melhor modelo para estimar a altura total e o polinômio de potências fracionárias de Hradetzky a função de afilamento mais apropriada para estimar diâmetros a diferentes alturas e estimar o volume total. Comprova-se pelos resultados obtidos que a aplicação de adubação de base (28,8 Kg ha-1 de P2O5, 30,4 Kg ha-1 de Ca e 17,6 Kg ha-1 de S) e adubações de cobertura aos 30 dias (14,4 kg ha-1 de N, 72 Kg ha-1 de P2O5, 14,4 Kg ha-1 de K2O, 0,12 Kg ha-1 de B e 0,48 Kg ha-1 de Zn) e aos 60 e 90 dias (2 aplicações de 36 kg ha-1 de N, 12 Kg ha-1 de P2O5, 72 Kg ha-1 de K2O, 0,48 Kg ha-1 de B e 0,05 Kg ha-1 de Zn) proporciona maior crescimento em volume médio individual, volume total, volume comercial e IMA volumétrico. A espécie é resistente à geadas frequentes no sul do Brasil, apresentando valores de IMA de 54,4 m³ ha -1 ano-1, onde a receita bruta do tratamento que recebeu adubação quando comparado à testemunha é superior em R$ 4.769,00 por hectare.