Marcelo Roveda

Defesa Pública: 11 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dr. André Felipe Hess – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Lucas Rezende Gomide – UFLA – Segundo Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo aplicar testes de identidade de modelos na construção de curvas de sítio e na projeção da produção de povoamentos de Eucalyptus grandis. Os dados utilizados na modelagem são provenientes de plantios localizados em fazendas de duas regiões do estado de São Paulo, oriundos de parcelas permanentes, com idades variando de 17 a 96 meses. As estimativas médias de altura dominante, altura total, diâmetro médio quadrático, volume individual, área basal e volume total com casca por parcela foram disponibilizados por uma empresa ligada ao setor florestal. A área amostrada totaliza 14.955 e 4.066 hectares nas regiões de Lençóis Paulista e Agudos, respectivamente. O espaçamento entre as fazendas variou de 4,50 m² (2.222,2 árvores/hectare) a 6,15 m² (1.626,0 árvores/hectare). Foram testados modelos para estimar altura dominante em função da idade para cada fazenda individualmente nas duas regiões. O ajuste dos modelos foi realizado avaliando-se o Coeficiente de Determinação Ajustado e o Erro Padrão de Estimativa, além dos gráficos de distribuição de resíduos. O teste de Regazzi (2003) foi aplicado para averiguar se um único modelo de sítio poderia ser empregado para representar o crescimento em altura dominante, entre as fazendas de cada região. Para o processo de modelagem do crescimento e da produção, empregou-se o modelo de Clutter (1963). A área basal inicial foi estimada a partir de modelos e empregando-se a média aritmética em cada sítio especificado. Após as estimativas de crescimento e produção verificou-se o comportamento destas variáveis em cada sítio médio, com intuito de averiguar se uma única equação poderia ser utilizada para cada região por meio do teste de Chow (1960). Para verificar a influência na produção por meio da construção de curvas de sítio por fazenda (Método 1) ou agrupando-se as curvas de sítio (Método 2) calculou-se o erro médio percentual para o sítio intermediário nas idades de 48, 60 e 72 meses, e ambos foram comparados com os volumes obtidos pelas parcelas permanentes com o teste de Dunnett (pvalor ≤ 0,05). Os modelos de altura dominante apresentaram ajustes adequados e uma única equação não foi suficiente para representar o crescimento entre as fazendas de cada região. Ao aplicar o teste separadamente entre as fazendas observou-se que os dados de algumas delas podem ser agrupados, sem perda de precisão. O modelo de Clutter (1963) apresentou projeções adequadas de área basal e volume. A partir do teste de Chow (1960), as estimativas de crescimento e produção para o sítio médio foram geradas individualmente para cada fazenda, indicando que algumas fazendas poderiam ser agrupadas e outras não deveriam ser agrupadas. A projeção da produção empregando-se a modelagem com ou sem agrupamento das fazendas na classificação de sítio de cada região propiciaram projeções do volume por unidade de área estatisticamente semelhantes. No entanto, a pequena diferença entre as duas projeções volumétricas pode ser muito importante do ponto de vista econômico ao fazer inferências da produção média para grandes áreas plantadas, recomendando-se, portanto, o uso de curvas de sítio por fazenda.

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