Efeito do Espaçamento na Produção, Variáveis Dendrométricas e Propriedades da Madeira de Eucalyptus benthamii
Cristiane Carla Benin
Defesa Pública: 18 de março de 2014
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Setsuo Iwakiri – UFPR – Primeiro Examinador
Prof. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Considerando que o espaçamento é um dos fatores condicionantes da produção florestal e tendo em vista que pode causar modificações nas taxas de crescimento da floresta e sobre as propriedades da madeira, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar o efeito de quatro espaçamentos de plantio na produção e desenvolvimento das variáveis dendrométricas de E. benthamii e nas propriedades físicas e mecânicas de sua madeira. As avaliações foram realizadas aos seis anos de idade, com dados e amostras de madeira obtidas a partir de um plantio experimental implantado no ano de 2006, em Guarapuava- PR. O plantio foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso, sobre quatro espaçamentos: 3 x 2m, 3 x 3m, 4 x 3m e 4 x 4m. As variáveis dendrométricas DAP (cm), altura total (m), área transversal (m²), área basal (m² .ha-1 ), volume individual (m³) e volume/ha (m³. ha-1 ) foram avaliadas em função do espaçamento de plantio. A correlação entre estas variáveis e o espaçamento também foram avaliadas. Das propriedades físicas da madeira, a variação da densidade básica média e da estabilidade dimensional da madeira foi avaliada em função dos espaçamentos de plantio e da posição de amostragem no fuste. Já a densidade básica ponderada pelo volume e as propriedades de resistência e rigidez da madeira que foram determinadas pelos ensaios mecânicos, foram caracterizadas e analisadas apenas sob o efeito do espaçamento. De modo geral, as variáveis dendrométricas apresentaram alta correlação com o espaçamento. Os espaçamentos mais amplos favoreceram o diâmetro, altura, área transversal e o volume individual, enquanto os menores espaços vitais foram responsáveis pelos maiores valores de área basal e volume por hectare. A produção oscilou de 238,90 m³.ha-1 no maior espaçamento a 392,08 m³.ha-1 no menor espaçamento. A densidade básica não sofreu influência do espaçamento, sendo que a média registrada entre os quatro espaçamentos foi de 0,49 g/cm³. Os valores de retração da madeira demostraram elevada instabilidade dimensional. Poucos efeitos do espaçamento foram registrados sobre as propriedades mecânicas da madeira, sendo que na idade avaliada a madeira pode ser caracterizada com baixa a média resistência mecânica. Nas condições deste estudo, concluiuse que os diferentes espaçamentos de plantio influenciaram as variáveis dendrométricas e a produção florestal, no entanto não foram responsáveis por alterar as propriedades físicas e mecânicas da madeira.