Ludmila Carvalho Neves

Defesa Pública: 14 de março de 2014

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Karina Querne de Carvalho – UTFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Miguel Mansur Aisse – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dra. Jeanette Beber de Souza – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

O presente estudo avaliou e comparou a aplicação de membranas filtrantes de micro e ultrafiltração como alternativas de pós-tratamento de efluente de uma indústria de papel e celulose. Foram realizados ensaios de filtração em escala de laboratório em equipamento piloto de micro e ultrafiltração. Visando otimizar os tratamentos empregados, a primeira etapa desta pesquisa foi destinada à determinação das condições operacionais ideais de velocidade de escoamento, pressão de operação e intervalo de retrolavagem para cada membrana testada. Posteriormente, foi avaliado o desempenho das membranas de micro e ultrafiltração no que se refere às eficiências de remoção de cor, DQO, turbidez, ABS254, lignina/tanino e sólidos totais, bem como em relação ao fluxo de permeado obtido. Após os ensaios, as membranas foram submetidas ao processo de limpeza química com solução de hipoclorito. Durante os experimentos verificou-se que a formação de torta na superfície das membranas foi o principal mecanismo de incrustação no meio filtrante. Os resultados indicaram que as membranas de micro e ultrafiltração melhoraram a qualidade do efluente, sendo que as médias de rejeição foram de 84% de cor verdadeira empregando-se a UF e 75% com a MF. Para DQO houve rejeição de 84,3% para a UF e 80% para a MF. Houve 99% de turbidez para os dois tratamentos estudados; a UF removeu 82,5% da lignina e a MF 76,5%, prsente no efluente, para a ABS254 houve redução de 73,6% para a UF e 56,4% para a MF. Sendo assim, os tratamentos empregados apresentaram grande potencial como alternativa de pós-tratamento de efluente da indústria de papel e celulose estudada. Os valores de permeabilidade hidráulica obtidos na etapa de limpeza química das membranas revelaram que a limpeza química foi eficaz, pois não houve diferença estatística na permeabilidade hidráulica das membranas antes e após o procedimento de limpeza.

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