Comparação de métodos para estimar o volume comercial em Floresta Ombrófila Densa no Estado do Amazonas
Marilu Ramos
Defesa Pública: 20 de agosto de 2012
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Joaquim dos Santos – INPA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Adriano José Nogueira Lima – INPA – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Esta pesquisa comparou diferentes métodos para a estimativa de volume comercial em pé de espécies arbóreas amazônicas. Foram amostradas 268 árvores na Fazenda Monte Verde, Itacoatiara – AM, distribuídas em 38 espécies de 19 famílias. Os volumes das árvores foram determinados pela fórmula de Smalian e utilizados para testar os seguintes procedimentos para estimar o volume comercial: fator de forma artificial da amostra, por espécie e em classes de diâmetro; funções de afilamento; equações de volume e equações de razão, totalizando, portanto, 6 tratamentos que foram comparados com os volumes obtidos por Smalian (testemunha). A acuracidade dos modelos testados foi avaliada a partir do erro padrão da estimativa (Syx%), coeficiente de determinação corrigido para a variável de interesse (R²) e pela análise gráfica dos resíduos. Para complementar a análise das funções de afilamento, foram também utilizadas as estatísticas, desvio (D), desvio padrão das diferenças (SD), soma do quadrado dos resíduos relativo (SQRR) e porcentagem dos resíduos (RP) com a finalidade de se ter uma análise mais detalhada do desempenho das estimativas ao longo de todo o fuste. Para comparar a média entre os tratamentos foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado e o teste de Tukey para o nível crítico α ≤ 0,01. A análise de variância mostrou a existência de diferenças significativas entre os métodos, todavia, o teste de Tukey não identificou diferença entre as médias dos tratamentos. Concluiu-se que a equação de volume de dupla entrada de Meyer foi o método de melhor desempenho para estimar o volume comercial. A utilização de um fator de forma médio por classe de diâmetro gera estimativas mais precisas do que um fator de forma médio único para a amostra. O volume comercial estimado a partir das equações de afilamento testadas foi menos preciso que o estimado por equações de volume e que a utilização de equações de razão não se mostrou adequada quando o diâmetro foi usado como variável de entrada, mas muito apropriado quando a entrada adotada foi alturas comerciais.