Exposição Crendices é destaque da programação pelo mês do Folclore

Folclore é o conjunto dos mitos, das histórias populares, das lendas, dos costumes e das crenças de um povo que são transmitidos de geração em geração. No Brasil, essa cultura popular tem lugar de destaque no dia a dia da população e é, mais do que lembrada, celebrada durante o mês de agosto. A Unicentro, através da Diretoria de Cultura, por exemplo, está promovendo, até a próxima sexta-feira (2), a exposição “Crendices”, que tem como objetivo mostrar a diversidade de crenças que compõem o folclore brasileiro.

Sincretismo religioso é característica cultural brasileira explorada na mostra "Crendices" (Foto: Acioli Caldas)

Sincretismo religioso é característica cultural brasileira explorada na mostra “Crendices” (Foto: Acioli Caldas)

“Folclore não é só a parte artística que a gente sempre faz aqui. Mas, também, o que vem do povo. A história, a fé e as crendices também fazem parte do povo, da cultura popular. Tudo isso a gente quis retratar e fazer esse cortejo”, explica a agente universitária Elizabete Lustoza. Sendo o folclore uma das expressões culturais mais legítima de um povo, toda a exposição foi feita com peças cedidas pela população.
O acadêmico de Jornalismo André Justos, por exemplo, trouxe para a exposição um Buda e uma mandala. “Eu trouxe várias coisas que eu acabei ganhando ou trouxe como lembrança de viagens. São peças que possuem um significado importante para mim. Eu trouxe para contribuir com a exposição, porque cada peça tem uma história cultural por trás”, conta.
A professora Vanessa Deister, do Departamento de Arte da Unicentro, explica que a exposição foi inspirada nas obras do artista brasileiro Nelson Leirner, que tem sua poética baseada em coleções de ícones da cultura popular. A exposição “Crendices” quer mostrar que, dentro e fora do folclore, todas as crenças podem conviver lado a lado. “É interessante notar que ao lado de um exu ou de um preto velho, símbolos da cultura afro-brasileira, nós podemos colocar um santo católico dentro de um oratório. Entendemos como cultura popular, entendemos como folclore, essa diversidade, esse caldeirão cultural brasileiro”.

Artesanato indígena também faz parte do caldeira cultural brasileiro e, por isso, é destacado pela exposição (Foto: Acioli Caldas)

Artesanato indígena também faz parte do caldeira cultural brasileiro e, por isso, é destacado pela exposição (Foto: Acioli Caldas)

A exposição traz uma parte do folclore brasileiro e também das culturas trazidas pelos imigrantes, que construíram suas vidas no país, incorporando elementos com outros sotaques mas que foram incorporados pela população brasileira. Um exemplo é o Buda trazido pelo André. “Fé, crendice e história estão interligadas e fazem parte do ser humano, que está ligado a nossa comunidade e ao nosso pensamento. É isso que a gente quis mostrar e eu acho que muita gente que vem aqui acaba se identificando”, avalia Betinha.
A mostra “Crendices” pode ser visitada até o dia dois de setembro, no Hall de Exposições da Proec, que fica no campus Santa Cruz.

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